
O livro dos Salmos foi escrito principalmente pelo Rei Davi, mas também por outros escritores. O fim da obra composicional seria no século V Antes Era Comum.
O livro dos Salmos é uma coleção de poesias cantadas. O estilo é bastante figurativo, o que permite uma melhor memorização da ideia poética. Por exemplo, o Salmo 1 compara um ser humano que lê a Bíblia a uma árvore perto dum rio que nunca ficará sem água: “Ele será como uma árvore plantada junto a correntes de água, Uma árvore que dá fruto na sua estação E cuja folhagem não murcha. Tudo o que ele fizer será bem-sucedido” (Salmo 1:3). Depois dessa imagem fácil de lembrar, o salmista faz uma aplicação simples: “Tudo o que ele fizer será bem-sucedido”. Durante esta caminhada meditativa através destes poemas cantados, haverá muitas ilustrações fáceis de memorizar, para então vermos seu valor prático em nossas vidas.
Existe outra maneira de memorizar e entender bem uma ideia, através do paralelismo sinônimo. Neste caso, a mesma ideia é repetida duma maneira diferente. Por exemplo, Salmo 1: “Feliz é o homem que não anda segundo o conselho dos maus, Não pisa no caminho dos pecadores, Nem se senta com o grupo dos zombadores” (Salmos 1:1). A ideia simples é que o homem que não anda segundo o conselho dos maus será feliz. A primeira expressão “Feliz é o homem” não se repete. No entanto, a razão pela qual ele é feliz é explicada com uma primeira ideia, depois é esclarecida por outras duas expressões paralelas que nos permitem entender a primeira expressão expressa de forma abstrata. Assim, o leitor atento dos Salmos entenderá que não andar segundo o conselho dos ímpios, significa não ter a mesma conduta que eles, não seguindo o seu caminho ou vereda e não se associando a eles, sentando-se num assento ao lado deles.
Existe o paralelismo antitético: “Pois os maus serão eliminados, Mas os que esperam em Jeová possuirão a terra” (Salmos 37:9). Tese: “Os maus serão eliminados”. Antítese: “Os que esperam em Jeová possuirão a terra”.
O paralelismo sintético consiste em adicionar outras ideias à mesma repetição, a fim de amplificá-la. Por exemplo, Salmo 19:
“A lei de Jeová é perfeita, renova as forças.
As advertências de Jeová são confiáveis, tornam sábio o inexperiente.
As ordens de Jeová são justas, fazem o coração se alegrar.
Os mandamentos de Jeová são limpos, iluminam os olhos.
O temor de Jeová é puro, dura para sempre.
Os julgamentos de Jeová são verdadeiros, justos em todos os sentidos” (Salmo 19:7–9).
A primeira expressão “A lei de Jeová” é explicada de cinco maneiras diferentes: As advertências de Jeová, As ordens de Jeová, Os mandamentos de Jeová, O temor de Jeová, Os julgamentos de Jeová. Então está escrito que a lei de Jeová é “perfeita”, embora fácil de entender, essa designação precisa ser especificado e foi isso que o salmista fez cinco vezes: confiável, justa, limpa, pura e verdadeira.
Voltando à primeira ideia, o salmista explica por que a lei de Jeová é perfeita: “renova as forças”. Embora esta expressão seja fácil de entender, ela permanece muito abstrata e precisa ser esclarecida e é isso que o salmista faz: trazer de volta a alma significa tornar sábio o inexperiente, alegrar o coração, fazer brilhar os olhos, sendo inalterado e justo. Síntese é o ato de completar uma primeira ideia com uma segunda que a explica: “A lei de Jeová é perfeita, (por quê?) trazendo de volta a alma”. O paralelismo sintético especifica ou explica uma ideia, amplificando-a com outras designações ou outros pensamentos.
Existem outras variações para essas três formas de paralelismos mencionadas acima: O paralelismo emblemático que não é nada mais nada menos que uma comparação metafórica:
“Tão longe como o nascente é do poente, Tão longe ele põe de nós as nossas transgressões” (Salmo 103:12).
Paralelismo escalonado é a repetição duma expressão, amplificando-a com outros qualificadores:
“Deem a Jeová o que lhe é devido, ó filhos dos poderosos,
Deem a Jeová o que lhe é devido por sua glória e força.
Deem a Jeová a glória que o seu nome merece.
Curvem-se diante de Jeová com vestes santas” (Salmo 29:1,2).
O paralelismo introvertido:
1) “Os ídolos das nações são prata e ouro,
2) Trabalho de mãos humanas.
3) Têm boca, mas não podem falar;
4) Olhos, mas não podem ver;
5) Têm orelhas, mas não podem ouvir.
6) Não há respiração na sua boca.
7) As pessoas que os fazem ficarão iguais a eles,
8) também todos os que neles confiam” (Salmos 135:15–18).
Qual é o paralelismo introvertido no Salmo 135?
A ideia (1) corresponde à ideia (8):
1) Os ídolos das nações são prata e ouro. 8) também todos os que neles confiam.
A ideia (2) corresponde à ideia (7):
2) Trabalho de mãos humanas. 7) As pessoas que os fazem ficarão iguais a eles.
A ideia (3) corresponde à ideia (6):
3) Têm boca, mas não podem falar. 6) Não há respiração na sua boca.
A ideia (4) corresponde à ideia (5):
4) Olhos, mas não podem ver. 5) Têm orelhas, mas não podem ouvir.
É possível que este cântico (e outros) fossem cantados com dois (ou mais) grupos de cantores, um cantando uma estrofe, enquanto o outro respondia com a estrofe correspondente. O canto e a música no templo eram responsabilidade de pessoas que eram especializadas nessa arte (1 Crônicas 25:1,2,7,8; 2 Crônicas 34:12b “E todos os levitas, que eram músicos habilidosos”; Esdras 2:65; Neemias 7:67).
Uma forma simplificada de paralelismo introvertido é pelas palavras: “Efraim não terá ciúmes de Judá, Nem Judá será hostil a Efraim” (Isaías 11:13).
Aos Salmos com paralelismos somam-se os Salmos acrósticos ou alfabéticos que permitiam uma boa memorização (Salmos 9, 10, 25, 34, 37, 111, 112, 119, 145).
Os Salmos têm conteúdo profético. Jesus Cristo mostrou a dimensão profética dos Salmos: “Ele lhes disse então: “Estas são as minhas palavras, que lhes falei enquanto ainda estava com vocês, que todas as coisas escritas a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos têm de se cumprir”” (Lucas 24:44). No caminho de Emaús, Jesus Cristo mostrou que nos Salmos há profecias messiânicas.
Os Salmos ajudam a enriquecer nossas orações a Jeová Deus, o Pai Celestial: “Que a minha oração seja como o incenso preparado diante de ti, Que as minhas mãos erguidas sejam como a oferta de cereais do anoitecer” (Salmo 141:2).
Os Salmos nos permitem ver que os salmistas tinham sentimentos semelhantes aos nossos: “Elias era um homem com sentimentos iguais aos nossos; contudo, quando ele orou com fervor para que não chovesse, não choveu naquela terra por três anos e seis meses” (Tiago 5:17). Certamente o profeta Elias não escreveu os Salmos, porém o discípulo Tiago explica bem que esses escritores ou os profetas do passado tinham os mesmos sentimentos que nós. Esses sentimentos comuns aos humanos são expressos nos Salmos. Por exemplo, lendo o Salmo 73, vemos como Asafe foi afetado pela impunidade dos ímpios. O Salmo 51 expressa muito bem os sentimentos de culpa quando um ser humano comete um pecado grave. Esta meditação sobre o livro dos Salmos será muito rica espiritualmente, seu objetivo é nos encorajar a lê-los ou relê-los para fortalecer nossa fé.
***
SALMO 1 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Comentário: A leitura da Bíblia é muito mais importante do que os comentários. Se possível, devemos nos esforçar para ler a Bíblia todos os dias e meditar nela. A leitura da Bíblia é para a nutrição, o que a meditação é para a digestão. Claro, devemos pedir a Deus por essa compreensão de seus pensamentos escritos (Mateus 11:25; Tiago 1:5). Os comentários bíblicos devem ser simples sinalizadores quanto à compreensão do texto. Cabe a cada um de nós aceitar ou rejeitar as indicações. Deus nos criou com a capacidade de pensar por nós mesmos e somos livres para escolher o que parece verdadeiro para nós. E se esse for realmente o caso, Jesus Cristo disse que seria visto: “No entanto, a sabedoria se prova justa pelas suas obras” (Mateus 11:19). E ao fazer isso, como está escrito neste Salmo, seremos como uma árvore perto das correntes de água, constantemente irrigada, que dá seu fruto no tempo certo, e isso, não importa quais sejam as provações da vida que possamos enfrentar.
SALMO 2 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Você é meu filho, hoje eu me tornei seu pai (Salmos 2:7)
Comentário sobre o Salmo 2: Este é o primeiro Salmo profético sobre Cristo sendo ungido como Rei. Essa unção de Cristo, por seu Pai Celestial Jeová Deus, ocorreu por decreto, em seu batismo na Terra. Nessa ocasião, o Pai Celestial disse isto a respeito do seu Filho: “Este é meu Filho, o amado, a quem eu aprovo” (Mateus 3:17, compare com Salmo 2:7). Entretanto, foi muito mais tarde que Cristo Rei herdaria o governo dum Reino Celestial. Além disso, o Salmo 110 menciona que após a ascensão de Cristo ao céu, ele sentou-se à direita do Pai Celestial numa situação de espera. O Salmo 2 descreve o momento em que seu Pai Celestial dá o governo do Reino Celestial, no meio de seus inimigos, tanto celestiais (Satanás, o diabo e os demônios) quanto terrestres (todas as nações atuais que não desejam esse governo celestial).
De acordo com a profecia de Daniel capítulo 4, parece que Jesus Cristo recebeu este Reino em 1914, o momento em que Satanás, o diabo, e os demônios foram expulsos do céu, ao redor da terra (Apocalipse 12:7–9). É por isso que, segundo o Salmo 2, o mundo como um todo tem demonstrado claramente que não se submeterá ao Rei Jesus Cristo, causando, sob o governo do diabo, grandes infortúnios na terra, até os nossos dias (Apocalipse 12:12). De acordo com Salmos 2:9, Jesus Cristo, o Rei guerreiro, destruirá as nações na Grande Tribulação (Daniel 12:1; Mateus 24:21; Apocalipse 14:18–20; 19:11–21).
SALMO 3 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Como o título deste Salmo 3 indica, Davi estava em sério perigo e ele orou para que Jeová, o Pai Celestial, o salvasse. Jesus Cristo, na profecia dos últimos dias (Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21), disse que seus discípulos e os povos viveriam tempos muito difíceis. Em relação a essas situações difíceis que estamos vivendo, Jesus Cristo deu uma recomendação simples sobre a oração: “Persistam em orar “ (Mateus 24:20). Jesus Cristo disse claramente, em Mateus capítulo 6:9,10, que as orações devem ser dirigidas somente ao seu Pai Celestial (como lemos no Salmo 3) e não a Jesus Cristo, nem à virgem Maria ou outros santos.
SALMO 4 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
O salmista pede a Deus que responda à sua oração (versículo 1). Deus lhe dá uma resposta com uma pergunta retórica (que faz pensar) (versículo 2). Jeová Deus, o Pai Celestial, sempre saberá distinguir o homem justo (versículo 3). O versículo 4, mostra que podemos expressar, em nossas orações, nossos sentimentos de forma franca e sincera, como Jó (capítulo 3) quando estava em aflição, assim como o profeta Habacuque (1:2–4) e o salmista Asafe (Salmo 73). Os versículos 5 a 8, expressam fé e confiança, de que Deus atenderá às suas expectativas, só temos que ser pacientes durante as provações da vida.
SALMO 5 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
O Pai Celestial entende até mesmo sentimentos não expressos em palavras: “Do mesmo modo, o espírito também nos ajuda na nossa fraqueza; pois o problema é que às vezes não sabemos o que precisamos pedir em oração, mas o próprio espírito intercede por nós com gemidos não pronunciados” (Romanos 8:26).
SALMO 6 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Por toda a Bíblia, a morte é descrita como o oposto da vida e não como uma passagem para outra vida (Salmo 146:3,4). Jesus Cristo descreveu a morte do seu amigo Lázaro como um sono: “Depois de dizer isso, ele acrescentou: “Lázaro, nosso amigo, adormeceu, mas eu vou lá para acordá-lo.” Então os discípulos lhe disseram: “Senhor, se ele está dormindo, ficará bom.” Jesus, no entanto, havia falado da morte dele; mas eles imaginavam que estivesse falando do sono natural. Então, Jesus lhes disse claramente: “Lázaro morreu”” (João 11:11–14). No entanto, a Bíblia como um todo e Jesus Cristo em particular ensinaram a esperança da ressurreição: “Não fiquem admirados com isso, pois vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz dele e sairão: os que fizeram coisas boas, para uma ressurreição de vida; e os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento” (João 5:28,29; leia também a narrativa da ressurreição de Lázaro no capítulo 11).
SALMO 7 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
O coração e os rins simbolizam a personalidade secreta de cada ser humano, seja bom ou mau. Deus julgará não apenas nossas ações, mas especialmente nossos motivos: “Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12).
Jesus Cristo mostrou claramente que se um ser humano tem bons motivos em suas ações, ele é espiritualmente puro. Por exemplo, a respeito de seus 11 apóstolos, ele disse a eles: “E vocês estão limpos, mas nem todos.” Pois ele sabia quem o estava traindo. É por isso que disse: “Nem todos vocês estão limpos” (João 13:10,11). O décimo segundo apóstolo, Judas Iscariotes, que traiu Cristo, não era espiritualmente limpo. Em outra ocasião, Jesus Cristo ensinou que o que torna uma pessoa espiritualmente impura são seus motivos malignos: “Com isso chamou a multidão para perto e lhes disse: “Escutem e compreendam o sentido disto: Não é o que entra pela boca do homem que o torna impuro, mas é o que sai da boca que o torna impuro” (Mateus 15:10,11). Então ele explicou aos seus discípulos em particular o que ele havia dito à multidão: “Então, os discípulos vieram e lhe disseram: “Sabe que os fariseus tropeçaram ao ouvir o que o senhor disse?” Ele respondeu: “Toda planta que o meu Pai celestial não tiver plantado será arrancada. Não se preocupem com eles. Guias cegos é o que eles são. E, se um cego guiar outro cego, ambos cairão num buraco.” Pedro respondeu: “Explique-nos a ilustração.” Então ele disse: “Vocês também ainda estão sem entendimento? Não percebem que tudo o que entra pela boca passa pelo estômago e é expelido para o esgoto? 18 No entanto, tudo o que sai da boca vem do coração, e essas coisas tornam o homem impuro. Por exemplo, do coração vêm raciocínios maus, assassinatos, adultérios, imoralidade sexual, roubos, falsos testemunhos, blasfêmias. Essas são as coisas que tornam o homem impuro; mas tomar uma refeição sem lavar as mãos não torna o homem impuro”” (Mateus 15:12–20).
SALMO 8 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
“Quando os principais sacerdotes e os escribas viram as coisas maravilhosas que ele fazia e os meninos que gritavam no templo: “Salva, rogamos, o Filho de Davi!”, ficaram indignados 16 e lhe disseram: “Está ouvindo o que eles estão dizendo?” Jesus lhes disse: “Sim. Vocês nunca leram o seguinte: ‘Da boca de crianças e de bebês fizeste sair louvor’?”” (Mateus 21:15,16).
Deus e Seu Filho querem que, como adultos, tenhamos a mesma mente das crianças quando lhes damos glória, fazendo isso com entusiasmo, modéstia e humildade: “Naquela hora, os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram: “Quem é realmente o maior no Reino dos céus?” Então, ele chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: “Digo-lhes a verdade: A menos que vocês deem meia-volta e se tornem como criancinhas, de modo algum entrarão no Reino dos céus. Por isso, quem se humilha, como esta criancinha, é aquele que é o maior no Reino dos céus; e quem recebe em meu nome uma criancinha como esta, recebe também a mim. Mas quem fizer tropeçar um destes pequenos que têm fé em mim, seria melhor para ele que pendurassem no seu pescoço uma pedra de moinho daquelas que o jumento faz girar, e que fosse afundado no alto-mar” (Mateus 18:1–6).
SALMO 9 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
As nações caíram na cova que fizeram seu próprio pé ficou preso na rede que esconderam (Salmos 9:15)
Existem outros versículos semelhantes ao do Salmo (9:15), mostrando que no final os ímpios colherão os frutos dos seus maus caminhos. Para ver isso, devemos ser pacientes. Devemos estar esperando por Deus, estar no tempo de Deus, um tempo que leva seu tempo…
“Cava um buraco e o aprofunda;
Mas cai na própria cova que fez” (Salmos 7:15).
“Que o desastre venha sobre eles de surpresa;
Sejam apanhados pela própria rede que esconderam;
Caiam nela e sejam destruídos” (Salmos 35:8).
SALMO 10 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Pois quem é mau se gaba dos seus desejos egoístas e abençoa o ganancioso (Salmos 10:3)
Este Salmo explica como o iníquo oprime o povo aflito. Ele pensa que Deus não existe:
“Na sua arrogância, aquele que é mau não pesquisa nada;
Todos os seus pensamentos são: “Não há Deus”” (Salmos 10:4).
O iníquo se sente forte e pensa que ele e sua descendência serão capazes de agir por muito tempo:
“Ele diz no coração: “Nunca serei abalado;
Geração após geração,
Nunca sofrerei calamidade’” (Salmos 10:6).
O iníquo pensa que se há um Deus, ele não vê suas ações:
“Ele diz no coração: “Deus se esqueceu.
Virou a sua face.
Nunca vê nada”” (Salmos 10:11).
O salmista implora a Deus para agir, para que o ímpio entenda que ele será responsabilizado por suas ações perversas:
“Levanta-te, ó Jeová. Ó Deus, ergue a tua mão.
Não te esqueças dos desamparados.
13 Por que o mau desrespeitou a Deus?
Ele diz no coração: “Não me farás prestar contas”” (Salmos 10:12,13).
A conclusão deste salmo mostra a confiança do salmista de que Deus livrará os aflitos das garras dos ímpios:
“Mas tu ouvirás o pedido dos mansos, ó Jeová.
Fortalecerás seu coração e lhes darás muita atenção.
Farás justiça aos órfãos e aos oprimidos,
A fim de que o homem mortal da terra não mais os amedronte” (Salmos 10:17, 18).
Devemos ser pacientes enquanto esperamos pelo momento em que Deus chamará os ímpios para prestar contas.
SALMO 11 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Sobre os maus ele fará chover armadilhas, fogo, enxofre e um vento abrasador é a parte que lhes caberá (Salmos 11:6)
Deus estabeleceu um tempo em que ajustará contas com toda a humanidade, especialmente com aqueles que agem perversamente. Como está escrito neste Salmo, Deus fará os humanos que se comportam perversamente desaparecerem. Isso acontecerá no momento da grande tribulação mencionada por Jesus Cristo em Mateus 24:21 (Leia Mateus 24 e 25, Marcos 13 e Lucas 21).
O apóstolo Pedro ilustrou bem numa de suas duas cartas: “Antes de mais nada, saibam que nos últimos dias surgirão zombadores com as suas zombarias, agindo segundo os seus próprios desejos; 4 eles dirão: “Onde está essa prometida presença dele? Ora, desde o tempo em que os nossos antepassados adormeceram na morte, todas as coisas continuam exatamente como eram desde o princípio da criação.”
5 Pois eles propositalmente ignoram este fato: há muito tempo havia céus e uma terra situada firmemente fora da água e no meio da água pela palavra de Deus; 6 e, por meio dessas coisas, o mundo daquele tempo sofreu destruição ao ser inundado pela água. 7 Mas, pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo e estão sendo guardados até o dia do julgamento e da destruição das pessoas ímpias.
8 No entanto, não despercebam o seguinte, amados: para Jeová um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. 9 Jeová não é vagaroso com relação a sua promessa, como alguns pensam, mas ele é paciente com vocês, porque não deseja que ninguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento. 10 Mas o dia de Jeová virá como ladrão, e nesse dia os céus passarão com um estrondo, e os elementos, estando intensamente quentes, serão dissolvidos, e a terra e as obras nela serão expostas.
11 Visto que todas essas coisas serão dissolvidas dessa forma, pensem em que tipo de pessoas vocês devem ser. Devem ser pessoas de conduta santa e praticar atos de devoção a Deus, 12 ao passo que aguardam e têm bem em mente a presença do dia de Jeová, pelo qual os céus serão destruídos em chamas, e os elementos se derreterão com o calor intenso. 13 Mas há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a promessa dele, e nesses morará a justiça” (2 Pedro 3:3–13).
De acordo com o contexto desta carta, os “novos céus” representam o reino de Deus, um governo celestial (Mateus 6:9 “venha o teu reino”) e a “nova terra”, uma humanidade justa diante de Deus e do Rei Jesus Cristo (Apocalipse 21:1–4).
SALMO 12 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Dizem mentiras uns aos outros, falam com lábios bajuladores e com coração hipócrita (Salmos 12:2)
É importante entender o ponto de vista de Deus sobre o roubo e a mentira. Quando Adão e Eva pecaram por impulso da tentação do diabo, houve a mentira do diabo e o roubo do fruto que pertencia a Deus, por Adão e Eva (Gênesis capítulo 3). Em relação a este relato bíblico, Jesus Cristo associou a mentira do diabo com o homicídio: “Vós sois de vosso pai, o Diabo, e quereis fazer os desejos de vosso pai. Esse foi um homicida quando começou, e não permaneceu firme na verdade, porque não há nele verdade. Quando fala a mentira, fala segundo a sua própria disposição, porque é um mentiroso e o pai da mentira” (João 8:44). Por meio dessa mentira do diabo, o pecado entrou no mundo por meio da desobediência do primeiro homem, Adão. O resultado foi que a morte se estendeu espiritual e geneticamente a todos os seus descendentes (Romanos 5:12; 6:23). Para esta situação que parecia sem nenhuma esperança para toda a humanidade, era necessário que Jeová Deus, o Pai, consentisse na morte em sacrifício de seu amado Filho, Jesus Cristo (Yehoshuah Mashiah), para salvar a humanidade (João 3:16,36).
Com aquela perspectiva, entendemos melhor, as palavras de Jesus Cristo, quando liga a mentira ao homicídio, no caso do diabo, mas também para os seus filhos terrestres, que procuravam constantemente matá-lo (João 5:18; 7:1). Às vezes, alguns dizem que existem “pequenas” e “grandes” mentiras. O problema é que a “necessidade” e a escala da seriedade das mentiras costumam ser definidas pelos próprios mentirosos. Porém, para voltar à ideia importante, é necessário conhecer o ponto de vista de Deus sobre o assunto por meio dos relatos bíblicos. Uma simples afirmação de Cristo mostra que é um erro estabelecer tal escala de gravidade: “Quem é fiel no mínimo, é também fiel no muito, e quem é injusto no mínimo, é também injusto no muito” (Lucas 16:10). Isso pode ser ilustrado pelo exemplo de Ananias e Safira, sua esposa, que venderam sua propriedade para dar o dinheiro à congregação cristã nos dias dos apóstolos. No entanto, o registro nos informa que eles retiveram parte do dinheiro da venda para si mesmos, enquanto levavam os apóstolos a acreditar que eles haviam dado tudo. O resultado é que Deus os condenou à morte por dizerem tal mentira (Atos 5:1–11). A observação bíblica é simples: mentir pode ter consequências desastrosas não só para as vítimas, mas também para os próprios mentirosos.
SALMO 13 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Até quando te esquecerás de mim, ó Jeová? Para sempre? Até quando esconderás de mim a tua face? (Salmos 13:1)
Por que Deus permite sofrimento e maldade?
Deus permitiu a maldade para responder ao desafio de Satanás, o diabo sobre a legitimidade da soberania de Deus (Gênesis 3:1–6). Deus permitiu o sofrimento a fim de responder às acusações do diabo sobre a integridade dos seres humanos (Jó 1:7–12; 2:1–6). Não é Deus quem causa o sofrimento, apenas o permite (Tiago 1:13). O sofrimento é o resultado de quatro fatores principais: Satanás, o diabo pode ser o responsável (mas não sempre) (Jó 1:7–12; 2:1–6). O sofrimento é o resultado da nossa condição geral de pecador e descendente de Adão, resultando assim na velhice, as doenças e a morte (Romanos 6:23, 5:12). O sofrimento pode ser o resultado de más decisões humanas (da nossa parte ou (possivelmente) de outras pessoas). Devido à nossa pecaminosidade herdada de Adão não tomamos sempre boas decisões(Deuteronômio 32:5; Romanos 7:19). O sofrimento pode ser o resultado do ‘tempo e o imprevisto”, que faz com que a pessoa está no lugar errado no momento errado (Eclesiastes 9:11). O destino não é um ensino bíblico. Não estamos “destinados” para fazer o bem ou o mal. Temos o livre arbítrio dado por Deus, somos nós quem decidimos fazer o “bem” ou o “mal” (Deuteronômio 30:15).
SALMO 14 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Suas ações são corruptas, e sua conduta é detestável, não há quem faça o bem (Salmos 14:1)
De acordo com o contexto do Salmo 14, são aqueles que não acreditam em Deus, que estão agindo dessa forma. Atualmente, muitos exibem seu ateísmo e seu desprezo pelos padrões divinos baseados em princípios benevolentes. Daí a descrição no versículo 4, mostrando que eles não hesitam em oprimir as pessoas.
O apóstolo Paulo também descreveu o comportamento maligno que vem da incredulidade: “Pois as suas qualidades invisíveis — isto é, seu poder eterno e Divindade — são claramente vistas desde a criação do mundo, porque são percebidas por meio das coisas feitas, de modo que eles não têm desculpa. Porque, embora conhecessem a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe agradeceram, mas os seus raciocínios se tornaram fúteis, e o seu coração insensato ficou obscurecido. Embora afirmassem ser sábios, tornaram-se tolos e transformaram a glória do Deus imortal em algo semelhante à imagem do homem perecível, bem como de aves, de quadrúpedes e de répteis” (Romanos 1:20–23).
É claro que nem todos os que não creem em Deus agem dessa maneira. Da mesma forma, aqueles que dizem crer em Deus podem às vezes se comportar pior do que os incrédulos, matando em nome da religião e sendo hipócritas (Leia Mateus 15:1–20).
SALMO 15 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Quem pode residir no teu santo monte? (Salmos 15:1)
Este Salmo 15 é muito bonito e contrasta com os Salmos 10 e 14, que descrevem humanos espiritualmente caídos, não respeitando os princípios de Deus.
As duas perguntas no início são sinônimas, significam a mesma coisa, embora sejam expressas de forma diferente. A tenda de Deus é o tabernáculo onde os sacerdotes prestavam serviço sagrado a Deus. Esta tenda de Deus é simbolicamente mencionada no livro do Apocalipse: “Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: “Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles” (Apocalipse 21:3). Esta tenda sagrada, o Tabernáculo, foi substituída pelo Templo construído pelo Rei Salomão, no Santo Monte, mencionado no Salmo 15, o Monte Sião.
Aqueles que no futuro “residirão” neste lugar sagrado, são humanos, redimidos da terra para viver com Cristo, eles são descritos como estando com Cristo, no Monte Sião Celestial no livro do Apocalipse: “Então vi o Cordeiro em pé no monte Sião, e com ele 144.000, que têm o nome dele e o nome do seu Pai escritos na testa” (Apocalipse 14:1).
Também haverá humanos na terra que servirão a Deus em serviço sagrado, os membros da Grande Multidão que terão passado pela Grande Tribulação, mencionada no livro do Apocalipse: “Depois disso eu vi uma grande multidão, que nenhum homem era capaz de contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de compridas vestes brancas, e havia folhas de palmeiras nas suas mãos. Clamavam em alta voz: “Devemos a salvação ao nosso Deus, que está sentado no trono, e ao Cordeiro”” (Apocalipse 7:9–17).
A continuação do Salmo 15 mostra que Deus escolherá os humanos, homens e mulheres, segundo os critérios mencionados de integridade, simples, mas essenciais. Para isso, Ele sabe ler os corações: “Ó Jeová, tu que conheces o coração de todos” (Atos 1:24).
SALMO 16 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Pois não me deixarás na Sepultura (Salmos 16:10)
O versículo 10, “Pois não me deixarás na Sepultura”, alude profeticamente à ressurreição de Cristo.
De fato, o apóstolo Pedro, em seu discurso após o derramamento do Espírito Santo no Pentecostes, usou este texto dos Salmos para explicar que a ressurreição de Cristo havia sido profetizada nos Salmos:
“Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus, o Nazareno, foi um homem que Deus aprovou diante de vocês com obras poderosas, milagres e sinais que Deus fez por meio dele entre vocês, conforme sabem. 23 Esse homem, que foi entregue pela estabelecida vontade e presciência de Deus, vocês pregaram numa estaca pelas mãos de transgressores e o mataram. 24 Mas Deus o ressuscitou, livrando-o das dores da morte, porque não era possível que ela o mantivesse preso. 25 Pois Davi diz a respeito dele: ‘Mantenho Jeová constantemente diante de mim, pois ele está à minha direita para que eu nunca seja abalado. 26 Por essa razão, meu coração ficou animado e minha língua se alegrou muito. E eu viverei em esperança; 27 porque não me deixarás na Sepultura nem permitirás que o teu leal conheça a decomposição. 28 Tu me fizeste conhecer os caminhos da vida; tu me encherás de alegria na tua presença.’
29 “Homens, irmãos, permitam-me falar-lhes com franqueza sobre o patriarca Davi: ele morreu e foi enterrado, e seu túmulo está entre nós até o dia de hoje. 30 Visto que era profeta e sabia que Deus lhe havia jurado que faria um dos seus descendentes se sentar no seu trono, 31 ele previu a ressurreição do Cristo e falou sobre ela, que ele não seria abandonado na Sepultura e que a sua carne não conheceria a decomposição. 32 Deus ressuscitou a esse Jesus, e disso todos nós somos testemunhas. 33 Portanto, visto que ele foi enaltecido à direita de Deus e recebeu do Pai o prometido espírito santo, derramou o que vocês estão vendo e ouvindo. 34 Pois Davi não subiu aos céus, mas ele diz: ‘Jeová disse ao meu Senhor: “Sente-se à minha direita 35 até que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés.”’ 36 Portanto, que toda a casa de Israel tenha a plena certeza de que Deus o fez Senhor e Cristo, a esse Jesus, que vocês mataram numa estaca” (Atos 2:22–36).
A ressurreição de Cristo é a garantia da futura ressurreição dos mortos (João 5:28,29).
SALMO 17 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
O que lembrar da oração-modelo (Mateus 6:9,10)
É apropriado repetir essa oração de maneira mecânica, sem pensar nisso? Com base nas declarações de Jesus Cristo, é óbvio que não. Podemos reler o que ele disse sobre não repetir mecanicamente, sem pensar, sempre as mesmas palavras em nossas orações: “Quando orar, não diga as mesmas coisas vez após vez, como fazem as pessoas das nações, pois imaginam que serão ouvidas por usarem muitas palavras” (Mateus 6:7).
Devemos orar a Deus com amor e carinho, como quando um filho e uma filha se dirigem ao pai a quem amam profunda e sinceramente. Devemos nos preocupar com o Seu nome, seja Ele santificado, que inclui o desejo de defender a fama do Nome. Devemos expressar a ele nosso sincero desejo de que Seu justo propósito seja realizado na terra (Mateus 6:9,10). Entendemos que Jesus Cristo deixa claro que nossas orações, em geral, devem ser um ato de adoração dirigido a Deus, expressando a Ele louvores e profunda gratidão pelas muitas expressões de amor que Ele manifesta para nós. O livro dos Salmos dá muitos exemplos de louvores que podemos dar a Jeová Deus, como um agradável incenso espiritual para Ele: “Que a minha oração seja como o incenso preparado diante de ti, Que as minhas mãos erguidas sejam como a oferta de cereais do anoitecer” (Salmo 141:2). Jeová Deus é muito sensível ao fato de que o amamos e o fazemos conhecer por nossas palavras e nossa conduta: “(Deus) que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êxodo 20:6). Através de nossas orações e comportamento, vamos responder ao amor de Deus para nós, amando Deus em troca. O Salmo 145 é muito rico em louvores dirigidos a Deus: “Vou exaltar-te, ó meu Deus e Rei, Vou louvar o teu nome para todo o sempre” (Salmos 145:1).
Então podemos orar a Deus, referindo mais especificamente às nossas necessidades pessoais, como que Ele nos ajude espiritual e materialmente. Podemos compartilhar com Deus nossos sentimentos mais íntimos que nos preocupam, ou expressar a Ele nossa alegria em agradecimento (O livro bíblico dos Salmos é uma coleção poética preciosa de sentimentos expressos a Deus). Jesus Cristo, na última parte da oração, nos encoraja a pedir a Deus que nos ajude a lutar contra nossas fraquezas, que o diabo está explorando para nos tentar e, assim, minar nossa integridade (Mateus 6:11–13). Romanos 7:21–25).
SALMO 18 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Com o puro, tu te mostras puro, mas, com o tortuoso, te mostras astuto (Salmo 18:26)
Deus sempre conseguirá pegar os perversos em seu próprio jogo. Fazendo com que os perversos caiam na armadilha que eles cavaram…
O reinado do Rei Davi foi a imagem profética do reinado do Rei Jesus Cristo. Este salmo faz alusão profeticamente à realeza vitoriosa de Cristo, que será vitorioso sobre seus inimigos, tanto na esfera espiritual quanto na terrestre (leia especialmente os versículos 31 a 50).
No livro do Apocalipse, o Rei Jesus Cristo é descrito como um guerreiro que completa sua vitória sobre seus inimigos:
“E vi um cavalo branco. O que estava montado nele tinha um arco; foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória” (Apocalipse 6:2).
SALMO 19 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Não há fala, não há palavras, não se ouve a sua voz (Salmos 19:3)
Este salmo mostra que as qualidades divinas são vistas na criação que silenciosamente as proclama porque “não há fala” (oxímoro). A glória da criação de Deus é revelada pelo sol o dia todo nesta tenda, o céu, armada por Deus e que anda “como um noivo saindo da câmara nupcial”. A divindade da criação é o testemunho da existência de Deus: “Pois as suas qualidades invisíveis — isto é, seu poder eterno e Divindade — são claramente vistas desde a criação do mundo, porque são percebidas por meio das coisas feitas, de modo que eles não têm desculpa” (Romanos 1:20).
A continuação do Salmo 19, explica como “A lei de Jeová é perfeita, renova as forças”. A aplicação dos princípios divinos em nossas vidas traz benefícios imediatos e de longo prazo.
SALMO 20 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Que ele lhe conceda os desejos do seu coração e torne bem-sucedidos todos os seus planos (Salmos 20:4)
Este salmo nos permite entender melhor a razão pela qual Jesus Cristo nos recomenda orar. A oração é a principal maneira de estar em contato direto com seu Pai Celestial, e assim obter sua proteção (Mateus 6:5–14).
Este salmo mostra que Deus é sensível às orações dos humanos que lhe oferecem um sacrifício inteiro, de todo o coração, “Que ele se lembre de todas as suas ofertas E aceite com prazer os seus sacrifícios queimados”, porque o amor que eles mostram a Deus custa-lhes e é precioso aos seus olhos e aos de seu Filho Jesus Cristo.
Jesus Cristo mostrou que devemos perseverar na oração e em nossas petições a Deus:
“Depois lhes contou uma ilustração a respeito da necessidade de sempre orarem e de nunca desistirem, 2 dizendo: “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem respeitava homem algum. 3 Havia também naquela cidade uma viúva, e ela persistia em ir a ele e a dizer: ‘Faça-me justiça contra o meu adversário.’ 4 Pois bem, por um tempo ele não estava disposto a fazer isso, mas depois disse para si mesmo: ‘Eu não temo a Deus nem respeito nenhum homem, 5 mas, visto que essa viúva fica me incomodando, farei justiça a ela para que não continue vindo me importunar com seu pedido até eu não suportar mais.’” 6 O Senhor disse então: “Ouçam o que o juiz, embora injusto, disse! 7 Certamente, então, será que Deus não providenciará que seja feita justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite, ao passo que é paciente com eles? 8 Eu lhes digo: Ele providenciará que seja feita justiça a eles rapidamente. Contudo, quando o Filho do Homem chegar, achará realmente essa fé na terra?”” (Lucas 18:1–8).
SALMO 21 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Farás deles uma fornalha ardente no dia em que voltares a atenção para eles (Salmos 21:9)
Este salmo faz alusão profeticamente à Realeza de Cristo, representada pela do Rei Davi. Quando o reino milenar de Cristo for estabelecido na terra, será feito com violência e barulho porque as nações não querem e não vão querer conceder-lhe autoridade (Salmos 2; Apocalipse capítulo 20). Consequentemente, o Rei Jesus Cristo vai fazer guerra àqueles que se opõem à sua Realeza, durante a grande tribulação: “As suas flechas, ó rei, são afiadas, fazem cair povos diante do senhor; Perfuram o coração dos inimigos do reii” (Salmos 45:5; Daniel 12:1; Apocalipse capítulo 19).
SALMO 22 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste? (Salmos 22:1)
Este salmo descreve profeticamente as circunstâncias que cercam a morte de Cristo:
Salmos 22:1: “Por volta da nona hora, Jesus clamou em alta voz: “Eli, Eli, lama sabactâni?”, isto é: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?” Ouvindo isso, alguns dos que estavam ali disseram: “Este homem está chamando Elias’”” (Mateus 27:45,46).
Salmos 22:7: “Os que passavam o insultavam, balançando a cabeça” (Mateus 27:39).
Salmos 22:8: “Depositou sua confiança em Deus; que Ele o salve agora, se Ele se agrada dele, pois disse: ‘Sou Filho de Deus’’” (Mateus 27:43).
Salmos 22:14: “Mas ele ficou tão angustiado que orou ainda mais intensamente; e o seu suor se tornou como gotas de sangue que caíam no chão” (Lucas 22:44).
Salmos 22:16: “Depois de pregá-lo na estaca, repartiram suas roupas, lançando sortes” (Mateus 27:35).
Salmos 22:18: “E o pregaram na estaca e repartiram suas roupas, lançando sortes para decidir quem ficaria com o quê” (Marcos 15:24).
SALMO 23 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ainda que eu ande pelo vale de densas trevas, Não temerei mal algum, Porque tu estás comigo (Salmos 23:4)
Este é o salmo da confiança em Deus O Pai Celestial. Como O Grande Pastor, Ele sempre estará lá para nos ajudar nas diferentes etapas da nossa vida, desde que confiemos Nele: “Confia em Jeová de todo o teu coração e não te estribes na tua própria compreensão. Nota-o em todos os teus caminhos, e ele mesmo endireitará as tuas veredas” (Provérbios 3:5,6).
Ele estará lá especialmente nos momentos da nossa vida em que teremos a impressão de “andar pelo vale de densas trevas”, por causa de problemas mais ou menos sérios que nos preocupam. Neste caso, devemos fazer como o salmista, tendo confiança em Deus e em seu Filho Jesus Cristo.
Jesus Cristo, o Filho a quem Ele designou como o Excelente Pastor (João capítulo 10:1–16).
Ele é quem guiará a humanidade para o futuro paraíso terrestre (Apocalipse 7:9–17).
SALMO 24 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Quem é esse Rei glorioso? (Salmos 24:8)
Esse Rei glorioso é Jeová (YeHoWaH (indicação de vogal massorética)). Como está escrito no restante desses Salmos, “Jeová, forte e poderoso, Jeová, poderoso na batalha”. Ele é um Deus Todo-Poderoso que não hesita em travar guerra contra aqueles que desafiam Sua Realeza. Por exemplo, a respeito da serpente original, Satanás, o diabo, que se posicionou como um rival no Éden, Deus decretou sua destruição. (Gênesis 3:15) A respeito das nações (como governos) que se recusam a se submeter ao Seu Filho, elas serão quebradas com sua vara de ferro, “Você as quebrará com um cetro de ferro, E as despedaçará como a um vaso de barro” (Salmos 2:9).
Por que devemos aceitar a Realeza do Deus Todo-Poderoso? O Salmo 24 responde: “A Jeová pertence a terra e tudo o que nela há, A terra produtiva e os que moram nela. Pois ele a fixou solidamente sobre os mares E a estabeleceu firmemente sobre os rios” (Salmo 24:1,2). Devemos a Ele nossa vida, Ele é a fonte da vida, e Ele é Aquele que nos mantém vivos…
SALMO 25 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Que a integridade e a retidão me protejam, Pois a minha esperança está em ti (Salmos 25:21)
Na parte do texto hebraico da Bíblia, o Antigo Testamento, a palavra que mais se aproximaria da palavra grega para “maturidade” ou perfeição, é a palavra “integridade”, traduzida do hebraico “tummâh” (Concordância de Strong ( H8538)), que também significa “inocência” no sentido de ausência de culpa. Esta palavra hebraica vem de outra raiz “tôm” (Strong’s Concordance (H8537)), que pode significar: completo, integridade, perfeito, perfeição, reto, retidão: “Até eu expirar não removerei de mim a minha integridade!” (Jó 27:5). Assim, seguindo o exemplo do fiel servo de Deus, Jó, um ser humano, homem ou mulher, pode alcançar a perfeição e a integridade, aos olhos de Deus e de Cristo, e isso, apesar de nosso estado genético e espiritualmente pecaminoso herdado de Adão (Romanos 5:12).
Uma maneira de manter um estado de integridade diante de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, é saber qual é a vontade de Deus para nós:
“Faz-me saber os teus caminhos, ó Jeová; Ensina-me as tuas veredas. Faz-me andar na tua verdade e ensina-me, Pois tu és o Deus da minha salvação” (Salmos 25:4,5).
Podemos conhecer a vontade de Deus lendo e meditando nos textos bíblicos que lemos.
É apropriado estar ciente de nosso estado pecaminoso e pedir perdão por nossos pecados e nos esforçar para melhorar nosso comportamento tanto em relação a Deus e seu Filho Jesus Cristo, quanto em relação ao nosso próximo:
“Não te lembres dos pecados da minha juventude e das minhas transgressões. Lembra-te de mim de acordo com o teu amor leal, Por causa da tua bondade, ó Jeová” (Salmos 25:7).
Jesus Cristo disse bem que o mais importante é fazer a vontade de seu Pai Celestial: “Nem todo o que me disser: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que fizer a vontade do meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21).
SALMO 26 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Examina-me, ó Jeová, e põe-me à prova, refina meus rins mais íntimos e meu coração (Salmos 26:2)
Os rins e o coração simbólicos representam a parte interior das pessoas, a personalidade do ser humano, os pensamentos que germinam em seu coração e suas intenções mais profundas enraizadas nos rins. Deus pode fazer com que esses elementos ocultos, os pensamentos e intenções, saiam de forma visível por meio das ações das pessoas.
As situações dolorosas da vida não são causadas por Deus, mas são permitidas. Por meio desses eventos desfavoráveis, o homem pode revelar o melhor de si mesmo e, assim, suas boas intenções serão visíveis a Deus e aos humanos. Claro, o oposto é verdadeiro; as provações da vida podem revelar o pior do homem.
Atualmente, no momento difícil que a humanidade está vivenciando, as obras e intenções das pessoas estão sendo reveladas a Deus e a seu Filho Jesus Cristo. Os corações e rins simbólicos dos humanos estão sendo examinados por Deus. Uma profecia do Apocalipse (Revelação) está sendo cumprida: “Ele me disse também: “Não sele as palavras da profecia deste rolo, pois o tempo determinado está próximo. Que o injusto continue em injustiça, e que o imundo continue na sua imundície; mas que o justo continue em justiça, e que o santo continue em santidade”” (Apocalipse 22:10,11).
SALMO 27 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Mesmo que o meu pai e a minha mãe me abandonem, Jeová me acolherá (Salmos 27:10)
O versículo 10 do Salmo 27 é frequentemente entendido na hipótese do abandono voluntário dos pais. No entanto, tal não é necessariamente verdade, pois ocorre, em algum momento da vida, a partida dos nossos pais para a morada dos mortos. No momento da morte, os pais abandonam os filhos. Nesta situação difícil, de ausência de entes queridos que já faleceram, Deus Pai Celestial diz-nos que estará connosco para nos confortar de diferentes formas:
“Não fiquem ansiosos por causa de coisa alguma, mas em tudo, por orações e súplicas, junto com agradecimentos, tornem os seus pedidos conhecidos a Deus; e a paz de Deus, que está além de toda compreensão, guardará o seu coração e a sua mente por meio de Cristo Jesus” (Filipenses 4:6,7).
Além disso, Deus e o Seu Filho Jesus Cristo informam-nos sobre a esperança da ressurreição: “E eu tenho esperança em Deus, esperança que esses homens também têm, de que haverá uma ressurreição tanto de justos como de injustos” (Atos 24:15).
SALMO 28 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Os que falam palavras de paz com o seu companheiro, mas em cujo coração há o que é mau (Salmos 28:3)
Vivemos numa época em que as pessoas, e sobretudo alguns líderes, usam o engano e praticam a inversão acusatória. Em Isaías 5:20 está escrito: “Ai dos que dizem que o bom é mau e que o mau é bom, os que põem a escuridão no lugar da luz e a luz no lugar da escuridão, os que trocam o amargo pelo doce e o doce pelo amargo!”. Este texto descreve com muita precisão as perversas e demoníacas inversões de valores destes engenheiros da mentira e da manipulação assassina (João 8:44).
Na crise global da saúde, mentiram ao povo. Estes pastores que se alimentam, proibiram os médicos de tratar os idosos com moléculas baratas (ler Ezequiel capítulo 34). Depois, esses mesmos pastores que se alimentam, pedem às crianças que arrisquem a sua própria saúde, até a sua vida, por esses mesmos idosos que colocaram em perigo de morte ao proibirem os médicos de os tratar. Estes mesmos pastores que se alimentam, pedem às crianças que arrisquem a sua própria saúde, até a sua própria vida, pelos adultos, quando deveria ser o oposto, ou seja, que os adultos é que deveriam estar dispostos a arriscar a sua vida pelas crianças, que representam o futuro da humanidade…
O Salmo 28 mostra que devemos pedir ajuda a Deus através da oração para que Ele nos livre destas situações difíceis. Se perseverarmos na oração, tomando as decisões certas para nós e para a nossa família, Deus libertar-nos-á através do Seu Filho Jesus Cristo:
“Retribui-lhes de acordo com os seus atos,
Conforme as suas práticas más.
Retribui-lhes segundo o trabalho das suas mãos,
Conforme o que eles têm feito.
Pois não dão atenção às obras de Jeová
Nem ao trabalho das mãos dele.
Ele os derrubará e não os levantará.
Louvado seja Jeová,
Pois ouviu as minhas súplicas por ajuda” (Salmo 28:4–6).
SALMO 29 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
O Deus glorioso troveja (Salmos 29:3)
No livro de Provérbios está escrito: “O temor de Jeová é o princípio do conhecimento” (Provérbios 1:7). O Salmo 29 mostra as diferentes razões que devem nos ensinar o temor de Deus. As manifestações do Poder Divino na criação, mostram Sua Glória, isto é, Sua Autoridade. O poder da água, do fogo, do vento e o som do trovão sendo precedidos pelo relâmpago, demonstram uma pequena parte da Sua Onipotência. Devemos temer a Deus reverentemente, com profundo respeito por Seu Nome e Sua Pessoa.
SALMO 30 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ao anoitecer talvez venha o choro, mas de manhã há gritos de alegria (Salmos 30:5)
Deus permite que tenhamos provações. Elas podem ser mais ou menos sérias. Às vezes, alguns têm a impressão de estar às portas da morada dos mortos, vivendo em países em situação de guerra, insurreição e fome: “Ó Jeová, tu me ergueste da Sepultura. Mantiveste-me vivo; poupaste-me de descer à cova” (Salmos 30:3).
Outros, certa ou erradamente, têm a impressão de que Deus escondeu seu rosto deles, ou seja, que estariam numa situação de desaprovação diante Dele: “Mas, quando escondeste a tua face, fiquei apavorado” (Salmos 30:7).
No entanto, Jeová Deus nunca está longe daqueles que têm fé sincera Nele. Ele usa provações para nos tornar homens e mulheres melhores, com empatia, compaixão, ajudando e amando o próximo. Ao fazer isso, nos beneficiaremos da sua bondade amorosa de forma duradoura: “Pois estar sob a sua ira é apenas por um instante,
Mas ser favorecido por ele é para a vida inteira. Ao anoitecer talvez venha o choro, mas de manhã há gritos de alegria” — Salmos 30:5.
SALMO 31 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Pois tu és meu rochedo e minha fortaleza, por causa do teu nome, tu me guiarás e conduzirás (Salmos 31:3)
Por que o salmista usa a expressão “por causa do teu nome”? A palavra hebraica (שֵׁם) “shem”, traduzida por “nome” é “uma denominação, como marca ou memorial da individualidade, honra, autoridade, caráter (personagem) implicitamente” (Corcondância de Strong (H8034)).
Por exemplo, quando Moisés perguntou a Deus: “Qual é o nome dele?” ele conhecia seu Nome como tal, YHWH (YeHoWaH), mas sua pergunta era baseada no “renome” ou “fama” do Nome Divino (Êxodo 3:13). Dada a resposta de Jeová (no contexto bíblico) e a definição de “shem” (nome), entendemos que esse é o nome ligado a um memorial de ações passadas que constituiria sua reputação:
“Deus disse então a Moisés: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar.” E acrescentou: “Isto é o que você deve dizer aos israelitas: ‘“Eu Me Tornarei” me enviou a vocês.’” Então Deus disse mais uma vez a Moisés: “Isto é o que você deve dizer aos israelitas: ‘Jeová, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó me enviou a vocês.’ Esse é o meu nome para sempre, e é assim que serei lembrado de geração em geração” (Êxodo 3:14,15).
A última parte da resposta de Jeová torna possível entender a implicação da pergunta de Moisés: “é assim que serei lembrado de geração em geração”. A pergunta “qual é o seu nome?” Deve ser entendida da seguinte maneira: “qual é a sua “fama””, o “qual é o memorial “das ações (passadas) associadas ao seu nome””. E sua resposta, “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, deve ser posta em perspectiva em relação à ideia dos israelitas e provavelmente de Moisés (criado na corte do Faraó), como segue: para cada deus, seu nome e seu poder ou poder milagroso. O “Eu Me Tornarei”, também implica que Moisés queria saber o que dizer sobre o poder milagroso associado ao nome de Jeová.
Assim, quando Jeová Deus fala do seu nome como um “memorial”, significa que a pergunta de Moisés sobre o nome era: O que direi aos israelitas a respeito do poder do seu nome e das ações extraordinárias associadas a ele? a este nome (Memorial)? A pergunta de Moisés, referente ao Nome Divino, está inscrita na capacidade de ação do Deus Verdadeiro, que reside no poder de seu Nome. No entanto, a resposta de Jeová é muito boa: no Egito, cada deus tinha um nome associado a um poder de ação muito preciso. Assim, em sua resposta: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, Jeová não desejava (e não deseja) que a inteligência humana tranque seu Nome apenas em uma habilidade extraordinária de realizar milagres. No relato de Êxodo 4:1–9, está escrito que Jeová fez quatro milagres, mostrando sua capacidade de criação, transformando o bastão de Moisés em uma serpente e fazendo dele um bastão. Ou fazendo a mão de Moisés ter lepra (destruição) e curá-la (recreação). Por meio dessas duas séries de dois milagres, Jeová Deus ilustrava sua onipotência portanto, somente suas ações extraordinárias revelariam o memorial de seu nome. “Eu Me Tornarei”, significa que é a ação empreendida por Deus que daria o significado espiritual do seu nome, de “quem é”.
Assim, a expressão “por causa do teu nome” alude ao fato de que Deus sempre age de acordo com a glória do seu Nome, sua autoridade e seu renome. Na oração do Pai Nosso, Jesus Cristo mostrou claramente a importância do significado espiritual do Nome Divino: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome” (Mateus 6:9)… Santificar o Nome Divino é revelar sua glória e autoridade e Jesus foi o depositário deste Nome como autoridade: “Quando eu estava com eles, vigiava sobre eles por causa do teu nome, o nome que me deste. (…) Eu tornei o teu nome conhecido a eles, e o tornarei conhecido” (João 17:11,12,26).
SALMO 32 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Feliz aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado é coberto (Salmos 32:1)
Na Oração Modelo, Jesus Cristo mostrou que devemos pedir perdão ao Pai Celestial pelos pecados que cometemos todos os dias: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos os nossos devedores” (Mateus 6:12).
O Salmo 32 mostra que o perdão de Deus é uma bênção que nos permite ter a paz de espírito. Deus perdoa os pecados daqueles que têm um coração reto: “Feliz o homem a quem Jeová não atribui culpa, Em cujo espírito não há engano” (versículo 2). Deixar de confessar pecados sérios a Deus trabalhará na consciência até o ponto de remover a paz interior: “Enquanto fiquei calado, meus ossos se definharam por eu gemer o dia inteiro. Pois de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim. Minhas forças se evaporaram como água no calor seco do verão” (versículos 3 e 4). A confissão de pecados a Deus tem um efeito libertador: “Finalmente te confessei o meu pecado; Não encobri o meu erro. Eu disse: “Confessarei minhas transgressões a Jeová.” E tu perdoaste meu erro e meus pecados” (versículo 5).
Às vezes, os pecados cometidos são extremamente sérios e têm um efeito desastroso sobre si mesmo e sobre os outros.
Muitos homens e mulheres cometeram erros irreversíveis, como matar muitos humanos (no contexto de conflito) ou participar de abortos, às vezes até tarde. Muitos deles pensam que é impossível que Deus os perdoe. Acrescente a isso um profundo sentimento de remorso e indignidade. A Bíblia descreve à imensa misericórdia de Jeová: “Venham, pois, e resolvamos as questões entre nós”, diz Jeová. “Embora os seus pecados sejam como escarlate, Serão tornados brancos como a neve; Embora sejam vermelhos como pano carmesim, Se tornarão como a lã” (Isaías 1:18). Este versículo é especialmente dirigido àqueles homens e mulheres que se arrependem sinceramente diante de Deus, pedindo perdão: Deus perdoa o arrependimento sincero com base no precioso sangue de Jesus Cristo: “Meus filhinhos, eu lhes escrevo estas coisas para que vocês não cometam pecado. Contudo, se alguém cometer um pecado, temos um ajudador junto ao Pai: Jesus Cristo, um justo. E ele é um sacrifício propiciatório pelos nossos pecados; contudo, não apenas pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro” (1 João 2: 1,2). Além disso, Jeová Deus ressuscitará os milhões de mortos vítimas de muitos genocídios (João 5:28,29). O que é irreversível para o homem não é para Deus (Mateus 19:26 “para Deus todas as coisas são possíveis”).
É possível que, mesmo que a misericórdia de Deus se aplique ao arrependimento sincero, um sentimento de remorso e indignidade continue a assediá-los. No entanto, eles devem saber que Deus é maior que corações: “Por meio disso saberemos que nos originamos da verdade e tranquilizaremos o nosso coração diante dele sempre que o nosso coração nos condenar, porque Deus é maior do que o nosso coração e sabe todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança ao falar com Deus, e tudo o que pedimos recebemos dele, porque estamos obedecendo aos seus mandamentos e fazendo o que é agradável aos seus olhos” (1 João 3:19–22).
SALMO 33 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Pois ele falou, e tudo veio a existir, Ele deu a ordem, e tudo ficou firme (Salmos 33:9)
O Salmo 33 glorifica a Palavra de Deus. Costuma-se dizer que o passado não existe mais e o futuro não existe, enquanto apenas o presente existe. No entanto, se esta simples observação for verdadeira, a Palavra de Deus tem a capacidade de preceder a realidade tangível, isto é, de fazer o futuro existir através da certeza do cumprimento das promessas.
Por exemplo, no passado, a Palavra precedeu a realidade da criação:
“Por meio da palavra de Jeová foram feitos os céus;
E por meio do espírito da sua boca, tudo que há neles” (versículos 6 e 7).
A Palavra de Deus torna tangível pela certeza do seu cumprimento, num futuro que normalmente, por definição, não existe, o evento anunciado:
“Pois ele falou, e tudo veio a existir;
Ele deu a ordem, e tudo ficou firme” (versículo 9).
A ação da Palavra de Deus é sempre correta e fiel:
“Pois a palavra de Jeová é reta,
Tudo que ele faz é digno de confiança” (versículo 4).
É uma fé na Palavra de Deus e nesta realidade futura que não é vista: “Pela fé percebemos que os sistemas de coisas foram postos em ordem pela palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê veio a existir de coisas que não são visíveis” (Hebreus 11:3).
Devemos ter confiança absoluta na Palavra de Deus e a glorificar: “Quando as pessoas das nações ouviram isso, alegraram-se e começaram a glorificar a palavra de Jeová, e todos os que tinham a disposição correta para com a vida eterna se tornaram crentes” (Atos 13:48).
SALMO 34 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
O anjo de Jeová acampa ao redor dos que O temem, e ele os socorre (Salmos 34:7)
Há uma profecia messiânica que foi cumprida na morte de Cristo:
“Ele protege todos os seus ossos; Nem mesmo um deles foi quebrado” (Salmos 34:20).
O apóstolo João registrou como isso foi cumprido: “Visto que era o dia da Preparação, para evitar que os corpos permanecessem nas estacas no sábado (pois aquele sábado seria um grande sábado), os judeus pediram que Pilatos mandasse quebrar as pernas dos homens e retirar os corpos. 32 Portanto, os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro homem e as do outro homem que estava numa estaca ao lado dele. 33 Mas, ao chegarem a Jesus, viram que ele já estava morto; por isso, não quebraram as pernas dele. 34 No entanto, um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água. 35 E aquele que viu isso dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro, e ele sabe que diz a verdade, para que vocês também acreditem. 36 De fato, essas coisas ocorreram a fim de que se cumprisse a passagem das Escrituras: “Nenhum osso seu será quebrado”” (João 19:31–36).
O anjo de Jeová acampa ao redor dos que O temem, e ele os socorre (Salmos 34:7). O tema geral do Salmo 34 é que Jeová Deus liberta aqueles que se refugiam Nele. O versículo 7 não significa necessariamente que todos os servos de Deus teriam um anjo da guarda, preservando-os de infortúnios porque nesse caso eles não teriam nenhuma provação séria em suas vidas. Este texto mostra que duma forma ou de outra o anjo de Deus livrará os servos de Deus de suas provações. Isso, é claro, levanta a questão importante de se Deus protegeria ou não os humanos em geral (Para um exame mais detalhado da existência do mal na Terra, clique no link a seguir: Por quê? : http://www.yomelias.com/436040683).
SALMO 35 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Luta contra os que lutam comigo (Salmos 35:1)
No Salmo 35, Deus é descrito como um Deus guerreiro. Da mesma forma, seu Filho Jesus Cristo, no livro do Apocalipse, é descrito como um Rei guerreiro que lutará com seus anjos contra os inimigos dos povos e particularmente do povo de Deus. O livro do Apocalipse descreve a destruição dos perversos inimigos da humanidade, em sua conclusão: “Escute: Venho depressa, e a recompensa que darei está comigo, para retribuir a cada um conforme as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, o princípio e o fim. Felizes os que lavam as suas vestes compridas, para que tenham a autoridade de ir às árvores da vida e para que entrem na cidade pelos portões dela. Lá fora estão os cães, os que praticam ocultismo, os que praticam imoralidade sexual, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22:12–15).
A realeza de Deus através da guerra e sua onipotência são simbolizadas na Bíblia pela face do touro e seus chifres. A face de touro corresponde a face dum querubim. Em Ezequiel (1:10), essas quatro criaturas com quatro faces são designadas por um homem, um leão, um touro e uma águia. Enquanto em Ezequiel 10:14, a face do touro é designada com a face dum querubim. Qual é a função dessa criatura espiritual? A primeira menção dos querubins está em Gênesis (Bíblia): “Assim ele expulsou o homem, e colocou ao leste do jardim do Éden os querubins e a lâmina chamejante de uma espada que girava continuamente, guardando o caminho para a árvore da vida” (Gênesis 3:24). Entendemos que os querubins são poderosos guardiões com uma espada. Se o leão é a representação da soberania de Jeová, pela glória e autoridade da realeza, a face de touro é uma expressão da soberania de Jeová por sua onipotência. Jeová Deus, se for necessário, impõe sua soberania pela guerra, a espada do querubim, ou o poder terrível e os chifres do touro. Os chifres são os símbolos da soberania de Jeová por meio da força e da luta, no caso do touro. Havia dois querubins sobre a arca do pacto, isso mostra que são os guardiões da santidade de Jeová, com a luta ou a guerra (se for necessário) (Êxodo 25: 17–22). O altar de sacrifício do templo tinha quatro chifres, um para cada canto, mostra que a santidade das criaturas de Jeová, une-se à expressão da soberania de Jeová (Levítico 4: 7,18). Portanto, é lógico pensar que o touro como parte dos sacrifícios expiatórios ou queimados, é a representação do ser humano justo e puro (Êxodo 29: 11).
SALMO 36 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Contigo está a fonte da vida, graças à tua luz podemos ver a luz (Salmos 36:9)
Jeová Deus, o Pai Celestial, é a fonte da vida. Ele e seu Filho Jesus Cristo são a fonte da luz da nossa esperança de vida eterna. Seu Filho Jesus Cristo é quem nos permitirá obter a vida eterna, graças ao seu sacrifício: “Porque Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele exercer fé não seja destruído, mas tenha vida eterna. (…) Quem exerce fé no Filho tem vida eterna; quem desobedece ao Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele. (…) Isto significa vida eterna: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo” (João 3:16,36; 17:3).
A ressurreição de Jesus Cristo é a garantia da futura ressurreição dos mortos, seja nos céus ou na terra. É precisamente o apóstolo Paulo que o escreve em 1 Coríntios capítulo 15, dedicado especialmente a este tema da ressurreição. Embora algumas pessoas na congregação tenham dito que não haveria ressurreição, eis o que o apóstolo Paulo escreveu em resposta:
“Ora, se se prega Cristo, que ele tem sido levantado dentre os mortos, como é que alguns entre vós dizem que não há ressurreição dos mortos? Se, deveras, não há ressurreição dos mortos, tampouco Cristo foi levantado. Mas, se Cristo não foi levantado, a nossa pregação certamente é vã e a nossa fé é vã. Além disso, somos também achados como falsas testemunhas de Deus, porque temos dado testemunho contra Deus, de que ele levantou o Cristo, a quem ele, porém, não levantou, se realmente é que os mortos não hão de ser levantados. Pois, se os mortos não hão de ser levantados, tampouco Cristo foi levantado. Outrossim, se Cristo não foi levantado, a vossa fé é inútil; ainda estais em vossos pecados. De fato, também pereceram os que adormeceram na morte em união com Cristo. Se somente nesta vida temos esperado em Cristo, somos os mais lastimáveis de todos os homens” (1 Coríntios 15:12–19; o leitor que desejar pode ler todo o capítulo 15, sobre os diferentes tipos de ressurreições).
SALMO 37 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ele fará a sua retidão brilhar como o amanhecer, e a sua justiça como o sol do meio-dia (Salmos 37:6)
Este é um Salmo muito reconfortante, mostrando que Deus fará o nosso caminho prosperar se confiarmos nele: “Entregue o seu caminho a Jeová; Confie nele, e ele agirá em seu favor” (Salmos 37:5). Mostra um aspecto pouco mencionado nas igrejas cristãs, a esperança de vida eterna num paraíso terrestre, um paraíso restaurado: “Os que esperam em Jeová possuirão a terra. (…) Os justos possuirão a terra e viverão nela para sempre” (Salmos 37:9,29). Jesus Cristo falou desta esperança terrestre, duma vida eterna na terra: “Felizes os de temperamento brando, porque herdarão a terra” (Mateus 5:5). Assim, uma grande parte dos ressuscitados voltará à vida num paraíso na terra (João 5:28,29). Outro ponto importante mencionado neste Salmo é o desaparecimento definitivo dos ímpios, especialmente durante a grande tribulação (Mateus 24:21,22): “Não fique aborrecido por causa dos maus nem inveje os malfeitores. Eles secarão rapidamente como a relva e murcharão como a relva ainda verde” (Salmos 37:1,2).
SALMO 38 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Não há paz nos meus ossos por causa do meu pecado (Salmos 38:3)
Este Salmo ilustra poeticamente os efeitos psicológicos e físicos duma consciência culpada:
“Meu corpo inteiro está doente por causa da tua indignação,
Não há paz nos meus ossos por causa do meu pecado.
Pois os meus erros pairam acima da minha cabeça;
Como um fardo pesado, são demais para eu carregar.
Minhas feridas cheiram mal e supuram
Por causa da minha tolice.
Estou aflito e muito abatido;
Caminho triste o dia inteiro.
Sinto meu íntimo queimar;
Todo o meu corpo está doente.
Fiquei entorpecido e me sinto completamente esmagado;
Meu coração angustiado me faz gemer profundamente” (Salmos 38:3–8).
A preocupação do salmista era recuperar um relacionamento correto com Deus:
“Não me abandones, ó Jeová.
Ó Deus, não fiques longe de mim” (Salmos 38:21).
Esses são os efeitos da consciência que legisla, que nos julga e nos aprova ou nos condena e tira nossa paz de espírito: “Pois, quando pessoas das nações, que não têm lei, fazem por natureza as coisas exigidas por lei, essas pessoas, embora não tenham lei, são uma lei para si mesmas. Elas mesmas demonstram que têm a essência da lei escrita no coração, ao passo que a consciência delas também dá testemunho, e, pelos seus pensamentos, elas são acusadas ou até mesmo desculpadas. Isso acontecerá no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar as coisas secretas dos homens, segundo as boas novas que eu declaro” (Romanos 2:14–16). O Salmo 38 e este texto bíblico mostram que a consciência está ligada ao nosso relacionamento com Deus e seu Filho Jesus Cristo, pois são eles que nos julgarão: “Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12).
SALMO 39 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Vou guardar a minha boca com uma mordaça (Salmos 39:1)
Este Salmo mostra a importância de controlar a língua, especialmente quando lidamos com ataques “ad hominem”, ataques contra nossa pessoa. Devemos permanecer em silêncio mesmo quando estamos passando por intensa dor emocional:
“Eu disse: “Vou vigiar o meu caminho
Para não pecar com a minha língua.
Vou guardar a minha boca com uma mordaça
Enquanto houver alguém mau na minha presença.”
Fiquei mudo e em silêncio,
Não falei nem mesmo sobre o que é bom;
Mas a minha dor era intensa.
Meu coração queimava dentro de mim.
Enquanto eu meditava, o fogo ardia” (Salmos 39:1–3).
Devemos exercer fé que no devido tempo, Deus agirá em nosso favor. Só temos que ser pacientes e esperar por Sua ação em nosso favor:
“O que, então, posso esperar, ó Jeová?
Tu és minha única esperança” (Salmos 39:7).
Jesus Cristo e João Batista foram alvo de ataques ad hominem, à sua pessoa, à sua reputação. Ele mostrou que, ao exercer paciência, a verdade e a sabedoria sempre triunfam sobre as mentiras:
“Com quem compararei esta geração? Ela é semelhante a crianças sentadas nas praças, que gritam para seus colegas: ‘Nós tocamos flauta para vocês, mas vocês não dançaram; nós lamentamos, mas vocês não bateram no peito de pesar.’ Da mesma maneira, João veio sem comer e sem beber, mas as pessoas dizem: ‘Ele tem demônio.’ O Filho do Homem veio comendo e bebendo, mas elas dizem: ‘Vejam! Um homem glutão e dado a beber vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores.’ No entanto, a sabedoria se prova justa pelas suas obras” (Mateus 11:16–19).
Hoje, a memória das boas ações de Jesus Cristo e João Batista está escrita na história da humanidade, enquanto seus caluniadores desapareceram como um “mero sopro”:
“Certamente todo homem, mesmo que pareça seguro, não é nada mais que um sopro” (Salmos 39:5).
SALMO 40 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Não te agradaste de sacrifícios e ofertas (Salmos 40:6)
“Não desejaste sacrifícios e ofertas”: Jesus Cristo mostrou que a misericórdia e o bom senso não devem ser sacrificados pela aplicação literal da Lei. Por exemplo, no sábado, Seus discípulos começaram a colher espigas de trigo porque estavam com fome. Os fariseus aproveitaram a oportunidade para apontar que estavam quebrando o sábado ao “colher” espigas de trigo para comer imediatamente. Aqui está a resposta de Cristo usando um dos pensamentos do Salmo 40: “Naquela ocasião, Jesus passou pelos campos de cereais no sábado. Seus discípulos ficaram com fome e começaram a arrancar espigas e a comer. Vendo isso, os fariseus lhe disseram: “Veja! Seus discípulos estão fazendo o que não é permitido fazer no sábado.” Ele lhes disse: “Vocês não leram o que Davi fez quando ele e seus homens ficaram com fome? Como ele entrou na casa de Deus, e eles comeram os pães da apresentação, algo que não era permitido comer, nem a ele nem aos que estavam com ele, mas apenas aos sacerdotes? Ou não leram na Lei que, nos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado e permanecem sem culpa? Mas eu lhes digo que algo maior do que o templo está aqui. No entanto, se vocês tivessem entendido o que significa: ‘Quero misericórdia, e não sacrifício’, não teriam condenado os inocentes. Porque o Filho do Homem é Senhor do sábado”” (Mateus 12:1–8).
O apóstolo Paulo explicou o significado do Salmos 40:6–9, mostrando que os sacrifícios da Lei tinham um valor profético e agora foram substituídos pelo sacrifício de Cristo:
“Pois, visto que a Lei tem uma sombra das coisas boas que viriam, mas não a própria realidade, ela nunca pode, com os mesmos sacrifícios oferecidos continuamente, ano após ano, tornar perfeitos os que se aproximam para adorar. De outro modo, será que não se teria parado de oferecer os sacrifícios? Pois os que prestam serviço sagrado, uma vez purificados, não teriam mais consciência de pecados. Mas, ao contrário, esses sacrifícios são ano após ano uma lembrança dos pecados, porque não é possível que o sangue de touros e de bodes tire pecados.
Por isso, ao entrar no mundo, ele diz: “‘Não quiseste sacrifícios e ofertas, mas preparaste-me um corpo. Não aprovaste as ofertas queimadas nem ofertas pelo pecado.’ Então eu disse: ‘Aqui estou (no rolo está escrito a meu respeito) para fazer a tua vontade, ó Deus.’” Ele diz primeiro: “Não quiseste nem aprovaste sacrifícios, ofertas, ofertas queimadas nem ofertas pelo pecado” — sacrifícios que se oferecem segundo a Lei — , depois ele diz: “Aqui estou para fazer a tua vontade.” Ele elimina o primeiro para estabelecer o segundo. Por essa “vontade” fomos santificados por meio da oferta do corpo de Jesus Cristo, de uma vez para sempre” (Hebreus 10:1–10).
SALMO 41 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Até mesmo o homem que estava em paz comigo e em quem eu confiava, que comia do meu pão, se voltou contra mim (Salmos 41:9).
O rei David tinha um conselheiro especial chamado Aitofel. Era um homem de grande sabedoria e o rei David confiava nele. Entretanto, quando Absalão, filho do rei David, conspirou contra ele, Aitofel traiu a confiança do rei. Finalmente, quando Aitofel percebeu que Deus tinha frustrado o seu conselho, foi e enforcou-se em sua casa (2 Samuel capítulos 15–17). Salmos 41:9 faz alusão a esta traição. No entanto, este versículo não tem apenas valor histórico, mas também profético porque menciona a traição de Judas Iscariotes, um dos apóstolos de Jesus Cristo:
“Não estou falando a respeito de todos vocês; conheço os que eu escolhi. Mas é para que se cumpra esta passagem das Escrituras: ‘Aquele que comia do meu pão se voltou contra mim.’ (…) Depois de dizer isso, Jesus ficou profundamente angustiado, e declarou: “Digo-lhes com toda a certeza: Um de vocês me trairá.” Os discípulos começaram a olhar uns para os outros, sem saber sobre qual deles ele estava falando. Um dos seus discípulos, aquele a quem Jesus amava, estava recostado junto de Jesus. Portanto, Simão Pedro acenou com a cabeça para esse discípulo e lhe disse: “Diga-nos a respeito de quem ele está falando.” De modo que ele se encostou no peito de Jesus e lhe perguntou: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão que vou molhar na tigela.” Então, depois de molhar o pão, ele o deu a Judas, filho de Simão Iscariotes” (João 13:18,21–26).
“Feliz aquele que mostra consideração ao de condição humilde;
Jeová o livrará no dia da calamidade” (Salmos 41:1).
O Salmo 41 mostra que Deus dá grande importância à ajuda que podemos dar ao nosso próximo. Ele mostra que Deus abençoará os homens e as mulheres que demonstram compaixão através de ações:
“Jeová o protegerá e o preservará vivo.
Ele será proclamado feliz na terra;
Nunca o abandonarás à mercê dos inimigos dele.
3 Jeová o amparará no leito de enfermidade.
Transformarás completamente a sua cama enquanto ele estiver doente” (Salmo 41:2,3). Jesus Cristo, o Filho de Deus, mostrou que usará este padrão de julgamento:
“O Rei dirá então aos à sua direita: ‘Venham vocês, abençoados por meu Pai, herdem o Reino preparado para vocês desde a fundação do mundo. Pois fiquei com fome, e vocês me deram algo para comer; fiquei com sede, e vocês me deram algo para beber. Eu era um estranho, e vocês me receberam hospitaleiramente; estava nu, e vocês me vestiram. Fiquei doente, e vocês cuidaram de mim. Eu estava na prisão, e vocês me visitaram.’ Então, os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando foi que o vimos com fome e o alimentamos, ou com sede e lhe demos algo para beber? Quando o vimos como um estranho e o recebemos hospitaleiramente, ou nu e o vestimos? Quando o vimos doente ou na prisão e fomos visitá-lo?’ O Rei lhes dirá, em resposta: ‘Eu lhes digo a verdade: O que vocês fizeram a um dos menores destes meus irmãos, a mim o fizeram.’” (Mateus 25:31–46).
SALMO 42 E 43(ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ó meu Deus, estou em desespero. por isso é que me lembro de ti, na terra do Jordão e nos cumes do Hermom, no monte Mizar (Salmos 42:6)
Esta parte do livro dos Salmos menciona os filhos de Corá. Ele era primo de Moisés e Arão, um membro levita da prestigiosa família coatita (da qual Moisés e Arão faziam parte). Ele é conhecido (na história bíblica) por ter organizado uma sedição contra Moisés e Arão. Por causa de seu carisma, ele liderou com ele, centenas e depois milhares de pessoas para segui-lo. Finalmente, Deus pôs fim a esta rebelião que atacou particularmente o sacerdócio de Arão (leia a história de Números capítulo 16). Corá teve três filhos, Assir, Elcana e Abiasafe (Êxodo 6:24).
Os três filhos de Corá tiveram a coragem de não se juntar à rebelião de seu pai. De acordo com o livro dos Salmos, eles e seus descendentes estavam entre os levitas que se especializaram em composição, canto e música. Foi o rei Davi que estabeleceu seus descendentes nesta posição de prestígio (1 Crônicas 6:31–37). Além disso, Deus permitiu que eles tivessem certas canções poéticas que fazem parte do livro bíblico dos Salmos (Salmos 42–49,84,85,87,88).
Claro, os filhos de Corá não eram contemporâneos do rei Davi. A expressão “filhos de Corá” pode se referir diretamente aos três filhos e, neste caso, significaria que esses Salmos teriam sido compilados posteriormente nas canções do Tabernáculo e depois do Templo. Caso contrário, a expressão “filhos de Corá” poderia significar descendentes dos filhos de Corá.
Essas informações ajudam a entender melhor as alusões mencionadas nestes dois salmos (42 e 43, especialmente o versículo 42:6). Deus se lembrou da coragem dos três filhos de Corá ao fazê-los ser mencionados por sua fidelidade: “Pois Deus não é injusto para se esquecer da sua obra e do amor que vocês mostraram ao nome dele, por servirem os santos e continuarem a servi-los” (Hebreus 6:10).
SALMO 44 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Foste tu que nos salvaste dos nossos adversários, que humilhaste os que nos odeiam (Salmos 44:7)
Este Salmo se refere à conquista da Terra Prometida. O relato histórico dessas batalhas pode ser lido no livro bíblico de Josué. Como pode ser lido tanto neste Salmo quanto neste livro, foi Deus quem agiu em relação ao povo que Ele havia escolhido:
“Não foi com a sua própria espada que eles tomaram posse desta terra,
Nem foi o próprio braço deles que lhes trouxe vitória.
Na verdade, foi pela tua mão direita, pelo teu braço e pela luz da tua face,
Pois te agradaste deles” (Salmos 44:3).
Como exemplo, podemos ler a história da queda de Jericó, que foi um verdadeiro milagre causado por Deus (leia Josué capítulo 6).
No entanto, quando os israelitas não respeitaram a vontade de Deus, eles perderam Sua aprovação, e Ele os fez recuar diante de seus inimigos:
“Mas agora nos rejeitas e humilhas,
E não acompanhas os nossos exércitos” (Salmo 44:9).
E de fato, durante a queda de Jericó, algo aconteceu que não estava de acordo com a vontade de Deus, o que fez com que os israelitas fugissem diante da cidade de Ai (leia a história de Josué capítulos 7 e 8.).
Também podemos ler essa alternância entre a aprovação de Deus e as bênçãos de Deus, e a desaprovação e maldições de Deus, ao longo do livro de Juízes.
Este Salmo 44 nos ensina que somente Deus pode nos assegurar bênçãos de longo prazo, apesar das dificuldades que encontramos, desde que nos esforcemos para fazer sua vontade da melhor forma possível:
“Levanta-te em nosso auxílio!
Livra-nos por causa do teu amor leal” (Salmo 44:26).
SALMO 45 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ó rei, o senhor é o mais belo dos filhos dos homens.
Palavras encantadoras escorrem dos seus lábios.
Por isso Deus o abençoou para sempre (Salmos 45:2)
O tema deste Salmo é profeticamente centrado em Jesus Cristo como Rei e seu casamento. O relato profético do casamento do Cordeiro também é encontrado no livro do Apocalipse (19:1–10). Deus Pai é Aquele que organiza este casamento:
“Deus é o seu trono para todo o sempre;
O cetro do seu reino é um cetro de retidão” (Salmos 45:6).
“E ouvi o que soou como a voz de uma grande multidão e como o som de muitas águas e como o som de fortes trovões. Eles disseram: “Ouvi então algo que soava como a voz de uma grande multidão, como o som de muitas águas e como o som de fortes trovões, dizendo: “Louvem a Jah, porque Jeová, nosso Deus, o Todo-Poderoso, começou a reinar! Fiquemos alegres e cheios de alegria, e demos-lhe glória, porque chegou o casamento do Cordeiro, e a sua esposa já se preparou. Sim, foi concedido a ela se vestir de linho fino, brilhante e puro, pois o linho fino representa os atos justos dos santos”” (Apocalipse 19:6–8).
A magnificência da noiva celestial de Cristo é descrita profeticamente no Salmo 45 e Apocalipse, ela é chamada de Nova Jerusalém:
“A consorte real está de pé à sua direita, adornada com ouro de Ofir” (Salmos 45:9).
“Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para o seu marido” (Apocalipse 21:2).
Dessa união nascerão filhos do Reino na terra que representarão sua autoridade na terra:
“Seus filhos, ó rei, ocuparão o lugar dos seus antepassados.
O senhor os designará como príncipes em toda a terra” (Salmos 45:16).
SALMO 46 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ele põe fim às guerras em toda a terra.
Quebra o arco e despedaça a lança,
Queima as carroças militares no fogo (Salmos 46:9)
O início do Salmo mostra que somente Jeová Deus, o Pai Celestial, é um refúgio em tempos de grande agitação:
“Deus é nosso refúgio e nossa força,
Uma ajuda encontrada prontamente em tempos de aflição” (Salmos 46:1–4).
Jesus Cristo, o Filho de Deus, predisse um tempo de grande aflição antes do fim, antes da grande tribulação, em Mateus (capítulo 24), Marcos (capítulo 13) e Lucas (capítulo 21). Ele nos exortou a estar prontos para seu retorno que significará o fim de todos esses problemas: “Mas entendam isto: se o dono da casa soubesse em que vigília o ladrão viria, ficaria acordado e não permitiria que sua casa fosse arrombada. Por essa razão, vocês também mostrem-se prontos, porque o Filho do Homem vem numa hora que vocês não imaginam” (Mateus 24:43,44).
Também está escrito neste Salmo isto:
“Há um rio cujos canais alegram a cidade de Deus,
O santo e grandioso tabernáculo do Altíssimo” (Salmos 46:4).
Este mesmo tabernáculo de Deus é mencionado no livro do Apocalipse, anunciando o fim dos infortúnios na terra:
“Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor. As coisas anteriores já passaram”” (Apocalipse 21:3,4).
Mas antes disso, Deus terá que eliminar definitivamente as organizações malignas e aqueles que as apoiam:
“Venham testemunhar os atos de Jeová,
Como ele faz coisas espantosas na terra.
Ele põe fim às guerras em toda a terra.
Quebra o arco e despedaça a lança,
Queima as carroças militares no fogo” (Salmos 46:8,9).
Jeová Deus, por meio de seu Filho, o Rei Jesus Cristo, destruirá a lança e os carros de guerra, os complexos militar-industriais e as finanças globais que trabalham de mãos dadas para organizar guerras, fomes, epidemias a fim de reduzir a população mundial por meio da primeira guerra mundial, da segunda guerra mundial, da guerra fria e que querem sua terceira guerra mundial (por meio do conflito na Ucrânia). Esses filhos do diabo e esses demônios terrestres desaparecerão por toda a eternidade, no tempo da grande tribulação:
“Vi também um anjo em pé no sol, e ele clamou em alta voz e disse a todas as aves que voavam no meio do céu: “Venham para cá, reúnam-se para o grande banquete de Deus, 18 para comerem a carne de reis, a carne de comandantes militares, a carne de homens fortes, a carne de cavalos e dos montados neles, e a carne de todos, tanto de homens livres como de escravos, de pequenos e de grandes.”
19 E vi a fera e os reis da terra com os seus exércitos reunidos para travar guerra contra aquele que estava montado no cavalo e contra o seu exército. 20 A fera foi apanhada, e junto com ela o falso profeta, que realizava na frente dela os sinais com que enganava os que tinham recebido a marca da fera e os que adoravam a sua imagem. Ainda vivos, ambos foram lançados no lago ardente que queima com enxofre. 21 Mas os demais foram mortos com a longa espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se saciaram com a carne deles” (Apocalipse 19:17–21).
SALMO 47 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Deus tornou-se Rei sobre as nações.
Deus está sentado no seu santo trono (Salmos 47:8)
A expressão do Salmo dando glória à Realeza de Deus o Pai Celestial é encontrada regularmente no livro do Apocalipse: “Digno és, Jeová, nosso Deus, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas vieram à existência e foram criadas. (…) Agora se realizou a salvação, o poder e o Reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo, porque foi lançado para baixo o acusador dos nossos irmãos, que os acusa dia e noite perante o nosso Deus! (…) Ouvi então algo que soava como a voz de uma grande multidão, como o som de muitas águas e como o som de fortes trovões, dizendo: “Louvem a Jah, porque Jeová, nosso Deus, o Todo-Poderoso, começou a reinar!”” (Apocalipse 4:11; 12:10; 19:6).
No Apocalipse 12:10, a Realeza de Deus é associada à autoridade do Rei Jesus Cristo. Ele recebeu essa autoridade após sua ressurreição: “Jesus se aproximou e lhes disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”” (Mateus 28:18).
De acordo com o livro de Apocalipse capítulo 20, o reinado de Cristo durará mil anos: “Vi tronos, e aos sentados neles foi dada autoridade para julgar. Sim, vi as almas dos que foram executados por causa do testemunho que deram de Jesus e por terem falado a respeito de Deus, vi aqueles que não tinham adorado a fera nem a imagem dela e não tinham recebido a marca na testa e na mão. Eles voltaram a viver e reinaram com o Cristo por mil an” (Apocalipse 20:4).
Quando o Rei Jesus Cristo tiver restaurado todas as coisas, ele retornará essa autoridade ao Seu Pai Celestial: “No entanto, quando todas as coisas lhe tiverem sido sujeitas, então o próprio Filho também se sujeitará Àquele que lhe sujeitou todas as coisas, para que Deus seja todas as coisas para com todos” (1 Coríntios 15:28).
Assim, como escrito profeticamente nos Salmos 45 e 47, a Realeza de Cristo é baseada na Realeza de Seu Pai Celestial:
“Deus é o seu trono para todo o sempre;
O cetro do seu reino é um cetro de retidão” (Salmos 45:6).
SALMO 48 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Belo por sua altura, a alegria da terra inteira,
É o monte Sião no extremo norte,
A cidade do Grandioso Rei (Salmos 48:2)
O Monte Sião é o símbolo bíblico da realeza davídica que por si só representava a realeza de Deus. Enquanto estava na terra, Jesus Cristo entrou em Jerusalém, onde fica o Monte Sião, como herdeiro da realeza davídica, porque ele era um descendente direto por meio de sua mãe e seu pai adotivo (leia Mateus 1:1–16 e Lucas 3:23–36): “Quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras, Jesus enviou dois discípulos, 2 dizendo-lhes: “Vão à aldeia que está ao alcance da vista e logo acharão uma jumenta amarrada, e um jumentinho com ela. Desamarrem-nos e tragam-nos para mim. 3 Se alguém lhes disser alguma coisa, digam: ‘O Senhor precisa deles.’ Com isso, imediatamente os deixará trazê-los.”
4 Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras do profeta, que disse: 5 “Digam à filha de Sião: ‘Veja! Seu rei está vindo a você, de temperamento brando e montado num jumento, sim, num jumentinho, filho de um animal de carga.’”
6 Os discípulos foram então e fizeram conforme Jesus lhes havia ordenado. 7 Trouxeram a jumenta e seu jumentinho, colocaram sobre eles suas capas, e ele se sentou nelas. 8 A maior parte da multidão estendeu suas capas na estrada, ao passo que outros cortavam ramos das árvores e os espalhavam pela estrada. 9 Além disso, as multidões que iam na frente dele e as que o seguiam gritavam: “Salva, rogamos, o Filho de Davi! Bendito é aquele que vem em nome de Jeová! Salva-o, rogamos, nas maiores alturas!”” (Mateus 21:1–9).
E então Jesus Cristo herdou o reinado no céu no Monte Sião celestial com os 144.000: “Então vi o Cordeiro em pé no monte Sião, e com ele 144.000, que têm o nome dele e o nome do seu Pai escritos na testa” (Apocalipse 14:1–5).
É claro que, de acordo com os Salmos 45 a 48, a Realeza de Cristo é a expressão da Realeza de seu Pai Celestial, Jeová Deus:
“Pois este Deus é o nosso Deus para todo o sempre.
Ele nos guiará eternamente” (Salmos 48:14).
(O sionismo político é inspirado por este ensinamento bíblico. No entanto, é uma ideologia que defende meios violentos para se impor, o que é contrário à ideia de Jesus Cristo (um judeu na terra): “Jesus lhe disse então: “Devolva a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada morrerão pela espada”” (Mateus 26:52)).
SALMO 49 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Mas Deus me resgatará do poder da Sepultura, pois de lá ele me tomará (Salmos 49:15)
O Salmo 49 ensina duas coisas importantes:
1 — Os humanos são incapazes de redimir a si mesmos ou sua vida humana por si mesmos:
“Nenhum deles pode jamais remir um irmão
Nem dar a Deus um resgate por ele
(O preço de resgate pela sua vida é tão alto
Que estará sempre além do alcance deles)” (Salmos 49:7,8).
2 — O salmista tinha fé que Jeová Deus, o Pai Celestial, proveria esse resgate e poderia ressuscitá-lo. Ele tinha fé na esperança da ressurreição:
“Mas Deus me resgatará do poder da Sepultura, pois de lá ele me tomará” (Salmos 49:15).
Jesus Cristo apontou para si mesmo como o meio de redenção de seu Pai, ou aquela porta de entrada para a esperança da ressurreição:
“Marta respondeu: “Sei que ele se levantará na ressurreição, no último dia.” Jesus lhe disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem exercer fé em mim, ainda que morra, voltará a viver” (João 11:24,25).
Jesus Cristo pediu que seu sacrifício fosse lembrado a cada ano:
“Persistam em fazer isso em memória de mim” (Lucas 22:19).
Para mais informações, visite esta página da web:
http://www.yomelias.com/437409731 .
SALMO 50 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Que direito você tem de recitar as minhas leis
E de falar do meu pacto? (Salmos 50:16)
Neste Salmo, Deus aparece duma forma assustadora, como um juiz que chama seu povo para prestar contas:
“Nosso Deus chegará e de modo algum ficará calado.
Diante dele há um fogo devorador,
E ao redor dele uma violenta tempestade.
Ele convoca os altos céus e a terra,
Pois vai julgar o seu povo” (Salmos 50:3,4).
Parece óbvio que Deus está irado com a atitude arrogante de seu povo:
“Escute, ó povo meu, pois vou falar;
Israel, darei testemunho contra você.
Eu sou Deus, o seu Deus” (Salmos 50:7).
Primeiro, Deus chama a atenção para o fato de que seu povo não pode reivindicar seu mérito diante Dele por causa de seus sacrifícios, porque as doações que eles fazem são apenas uma restituição do que já pertence a Ele:
“Pois todos os animais da floresta são meus,
Até mesmo os animais sobre mil montanhas” (Salmos 50:9–12).
Deus deseja que seu povo faça sacrifícios que valham a pena, isto é, com bons motivos, amor, misericórdia, gratidão e confiança Nele:
“Ofereça agradecimentos como sacrifício a Deus,
E cumpra os seus votos feitos ao Altíssimo” (Salmos 50:14).
Jesus Cristo fez a mesma reprovação aos fariseus cujos corações eram desprovidos de amor pelas pessoas que eles deveriam ensinar: “Eu quero misericórdia, não sacrifício. ‘Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores’” (Mateus 9:13).
Deus então denuncia a lacuna entre o conhecimento dos ímpios que conhecem bem a Lei de Deus, mas que não a aplicam:
“Mas, a quem é mau, Deus dirá:
“Que direito você tem de recitar as minhas leis
E de falar do meu pacto?
Pois você odeia a disciplina
E dá as costas às minhas palavras” (Salmos 50:16,17).
Esta é exatamente a reprovação que Jesus Cristo fez aos fariseus: “Portanto, façam e cumpram tudo o que eles dizem a vocês, mas não ajam como eles, pois falam, mas não praticam o que dizem” (Mateus 23:3; leia todo o capítulo 23).
Da mesma forma hoje, muitas congregações ou assembleias cristãs afirmam obedecer a Cristo e praticam a idolatria de estátuas ou idolatria de humanos, até mesmo elevando-as à posição de Cristo e Deus, seu Pai, dizendo que obedecê-las é obedecer a Deus. Outras organizações que se dizem cristãs chafurdam nas finanças ao lidar com bilhões de dólares em ativos, enquanto Jesus Cristo nem sequer tinha onde reclinar a cabeça: “Mas Jesus lhe disse: “As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde deitar a cabeça”” (Mateus 8:20).
É hora, antes que seja tarde demais, para essas assembleias cristãs mudarem sua atitude e retornarem ao verdadeiro cristianismo como Cristo nos ensinou:
“Quando você fez essas coisas, eu fiquei calado;
Então você pensou que eu seria como você.
Mas agora vou repreendê-lo
E vou apresentar a minha causa contra você.
Por favor, considerem isso, vocês que se esquecem de Deus,
Senão vou dilacerar vocês, e não haverá quem os livre.
Quem oferece agradecimentos como sacrifício me glorifica;
E quanto àquele que segue o caminho determinado,
Eu o farei ver a salvação da parte de Deus”” (Salmos 50:21–23).
SALMO 51 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Mostra-me favor, ó Deus, segundo o teu amor leal.
Segundo a tua grande misericórdia, apaga as minhas transgressões (Salmos 51:1)
Como o título deste Salmo indica, o contexto é o pecado de adultério do Rei Davi com Bate-Seba, seguido pelo assassinato de seu marido, Urias. Todo esse relato dramático está no segundo livro de Samuel (Capítulo 11 a 12:1–15).
Quando Davi diz isso,
“Pequei contra ti, acima de tudo contra ti;
Fiz o que é mau aos teus olhos.
Assim, tu és justo quando falas,
És certo no teu julgamento” (versículo 4).
Essas palavras podem ser chocantes porque o Rei Davi também pecou seriamente contra Urias ao cometer adultério com sua esposa e tramar seu assassinato.
O fato de Deus ter registrado essa narrativa da conduta revoltante do Rei Davi demonstra esse fato. No entanto, essas palavras devem ser vistas em contexto, a saber, que o casamento é uma provisão de Deus, a proibição do assassinato é uma lei de Deus, portanto, quebrá-las por adultério e ao mesmo tempo por assassinato é um pecado contra Deus.
Mais geralmente, o Salmo 51 descreve a condição pecaminosa dos seres humanos e sua propensão a fazer o mal:
“Na verdade, já nasci culpado de erro,
E minha mãe me concebeu em pecado” (Salmos 51:5).
O apóstolo Paulo ilustrou bem essa condição humana pecaminosa que nos empurra a fazer o mal. No entanto, ele mostrou que através do sacrifício de Cristo podemos alcançar o perdão de Deus, dos nossos pecados:
“Percebo assim a seguinte lei no meu caso: quando quero fazer o que é certo, está presente em mim o que é mau. Eu realmente tenho prazer na lei de Deus segundo o homem que sou no íntimo, mas vejo em meu corpo outra lei guerreando contra a lei da minha mente e me levando cativo à lei do pecado que está no meu corpo. Homem miserável que eu sou! Quem me livrará do corpo que é submetido a essa morte? Dou graças a Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, com a minha mente, eu mesmo sou escravo da lei de Deus, mas, com a minha carne, escravo da lei do pecado” (Romanos 7:21–25).
Jesus Cristo pediu que seu sacrifício fosse lembrado a cada ano:
“Persistam em fazer isso em memória de mim” (Lucas 22:19).
Para mais informações, visite esta página da web:
http://www.yomelias.com/437409731 .
SALMO 52 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Por que você se gaba das suas más ações, ó poderoso? (Salmos 52:1)
Como o título deste Salmo indica, o Rei Davi está se dirigindo especificamente a Doegue, o edomita, que foi responsável pelas mortes de muitos sacerdotes, incluindo Aimeleque, por ajudá-lo a escapar do Rei Saul (leia 1 Samuel capítulos 21 e 22). Assim como Doegue provavelmente acabou pagando por seu crime após a entronização do Rei Davi, todos os assassinos que atualmente desfrutam de impunidade acabarão pagando por seus crimes: “Lá fora estão os cães, os que praticam ocultismo, os que praticam imoralidade sexual, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira” (Apocalipse 22:15). Jesus Cristo aludiu à coragem e ao bom senso de Aimeleque quando ajudou o rei Davi e seus homens: “Num sábado, ele estava passando por campos de cereais, e seus discípulos arrancavam espigas, esfregavam-nas com as mãos e as comiam. Em vista disso, alguns fariseus disseram: “Por que vocês estão fazendo o que não é permitido no sábado?” Mas Jesus lhes disse em resposta: “Vocês nunca leram o que Davi fez quando ele e seus homens ficaram com fome? Como ele entrou na casa de Deus e recebeu os pães da apresentação, e os comeu e deu deles aos seus homens, embora não seja permitido a ninguém comer esses pães, mas apenas aos sacerdotes?” E acrescentou: “O Filho do Homem é Senhor do sábado”” (Lucas 6:1–5).
SALMO 53 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Suas ações ímpias são corruptas e detestáveis (Salmos 53:1)
O Salmo 53 descreve apropriadamente a mentalidade da geração perversa, que age como se Deus não existisse ou não os responsabilizasse por suas ações. O apóstolo Paulo descreveu apropriadamente a mentalidade desta geração perversa nos últimos dias: “Mas saiba que nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de suportar. Pois os homens só amarão a si mesmos, amarão o dinheiro, serão presunçosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, desnaturados, não estarão dispostos a acordos, serão caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor ao que é bom, traidores, teimosos, cheios de orgulho, amarão os prazeres em vez de a Deus e manterão uma aparência de devoção a Deus, mas rejeitarão o poder dessa devoção. Desses, afaste-se” (2 Timóteo 3:1–5). Os pastores políticos, comerciais e religiosos, traficantes de armas e organizadores de guerra para a sobrevivência de suas organizações malignas, que devoram o povo “como se comessem pão”, na Faixa de Gaza sob um fluxo contínuo de bombas todos os dias, na guerra russo-ucraniana onde irmãos eslavos estão matando uns aos outros, na Síria onde civis inocentes, incluindo muitos cristãos, estão sendo massacrados por fanáticos religiosos. Esses filhos do diabo não têm consideração pelas vidas de civis que só pedem para viver em paz. No entanto, como está escrito no Salmo 53, chegará o dia em que o próprio Deus espalhará os ossos de todos os que acamparem contra os inocentes…
O dia está se aproximando quando o Rei Jesus Cristo virá para resgatar o povo escolhido de Deus, de todas as nações, tribos, povos e línguas (Daniel 12:1; Apocalipse 7:9–17).
SALMO 54 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Pois Ele me salva de toda aflição (Salmos 54:7)
O título deste Salmo explica que Davi foi alvo de outra denúncia, desta vez coletivamente, enquanto fugia para salvar sua vida do Rei Saul.
Mantendo o tema da denúncia, algumas ditaduras políticas têm usado a denúncia para manter o povo em submissão forçada. Algumas ditaduras religiosas cristãs americanas globalizadas usam o mesmo método de engenharia social para punir a menor ofensa de opinião, particularmente com base em Levítico 5:1:
“Se alguém ouvir uma voz de uma maldição para prestar depoimento e não relatar algo de que foi testemunha, que viu ou de que ficou sabendo, estará cometendo um pecado e responderá pelo seu erro” (Levítico 5:1). O contexto deste texto é claro: diz respeito a situações graves, como maldições ou outras atitudes que podem colocar em risco a integridade e a vida de outras pessoas. Por exemplo, Mordecai revelou uma tentativa de conspiração contra o rei, de acordo com Ester 3:21–23. Numa congregação e na sociedade em geral, é óbvio que é apropriado revelar atos criminosos, como abuso sexual, homicídio e roubo. Mas é claro que as “maldições” (uma convocação pública) mencionadas em Levítico não incluem simples ofensas de opinião. Independentemente disso, se alguém foi vítima duma atitude tão perversa por parte dessas ditaduras religiosas globalizadas, deve manter a fé de que Deus, no devido tempo, trará a verdade à luz:
“Ouçam a palavra de Jeová, vocês que tremem diante da sua palavra:
“Seus irmãos que os odeiam e os excluem por causa do meu nome disseram: ‘Glorificado seja Jeová!’
Mas Deus aparecerá e trará alegria a vocês,
Enquanto eles serão envergonhados”” (Isaías 66:5).
“Pois Ele me salva de toda aflição,
E eu olharei triunfante para os meus inimigos” (Salmos 54:7).
SALMO 55 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Lance seu fardo sobre Jeová,
E ele amparará você.
Nunca permitirá que o justo venha a cair (Salmos 55:22)
A leitura deste salmo ajudará espiritual e emocionalmente aqueles que estão numa situação muito preocupante. Descreve a tempestade emocional de alguém em angústia, e o salmista, ao implorar a Deus por ajuda, mostra que se deve colocar sua total confiança em Jeová Deus:
Os versículos 1–3 explicam as razões das preocupações do salmista. Podem ser por outras razões sérias, como guerra, fome, doenças ou outros traumas relacionados ao tempo e eventos imprevistos (leia Eclesiastes 9:11):
“Por causa do que o inimigo está dizendo
E da pressão dos maus.
Pois amontoam desgraças sobre mim,
E, irados, eles guardam rancor de mim” (Salmos 55:3).
Os versículos 4–8 descrevem a angústia do salmista:
“Meu coração está angustiado dentro de mim,
E os horrores da morte me dominam.
O medo e o tremor me sobrevêm,
E um calafrio se apodera de mim” (Salmos 55:4, 5).
Os versículos 12–14 mostram que a pior oposição não vem dos inimigos declarados, mas sim de antigos companheiros que agiram traiçoeiramente:
“Mas é você, um homem como eu,
Meu companheiro, que eu conheço bem.
14 Uma calorosa amizade nos unia,
Andávamos junto com a multidão até a casa de Deus” (Salmos 55:13, 14).
Esta passagem obviamente traz à mente a traição de Judas Iscariotes mencionada no Evangelho de Lucas (22:21, 48).
Os versículos 16–23 nos encorajam a confiar em Deus em situações que parecem não ter resultado a curto prazo, para as quais não conseguimos ver uma solução. O versículo seguinte nos encoraja a ser pacientes e confiar em Jeová Deus:
“Lance seu fardo sobre Jeová,
E ele amparará você.
Nunca permitirá que o justo venha a cair” (Salmos 55:22).
SALMO 56 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Em Deus eu ponho a minha confiança; não tenho medo.
O que me pode fazer um simples homem? (Salmos 56:11)
Este Salmo lida com o medo do homem, como neste caso (Davi), aprendendo a superá-lo confiando em Deus. O título deste Salmo faz alusão a uma situação angustiante vivida por Davi, fugindo do Rei Saul, registrada no primeiro livro de Samuel (21:10–15):
Este Salmo nos encoraja a colocar nossa total confiança em Deus e superar o medo do homem que pode estar dentro de nós. O medo do homem é a preocupação de ganhar a aprovação dos outros ou evitar sua desaprovação. Quando esse medo é levado ao extremo, ele pode anular nossa consciência de estar em harmonia conosco mesmos (por não mentir para nós mesmos), ou pior, colocar esse medo acima do temor que naturalmente devemos a Deus.
No caso de Davi, a vida e a morte estavam em jogo. No entanto, ao confiar em Deus, ele entendeu como escapar dessa situação, preservando a integridade de seu relacionamento com Deus (Samuel 21:10–15). Atualmente, alguns seguidores de Cristo no Oriente Médio se deparam com essa escolha de vida ou morte quando sicarios (assassinos) religiosos fanáticos exigem que eles renunciem à sua fé em Cristo. Na Síria, eles são mortos ou maltratados. No Ocidente, os cristãos que desejam respeitar suas consciências às vezes enfrentam uma escolha difícil ou mais sutil quando confrontados com as ditaduras religiosas americanas globalizadas chamadas de “cristãs”, que exigem obediência aos seus “Talmudes”, colocando-os acima da obediência que naturalmente devemos a Deus e a Cristo, por meio da Bíblia (Sola Scriptura). Nesse caso, a questão é a vida ou a morte social que aguarda aqueles que enfrentam essa crise de consciência. Alguns concordam em ceder ao temor do homem, desafiando sua consciência, alimentando uma servidão voluntária, para usar uma expressão de Étienne de la Boétie, alimentando e sendo em parte responsáveis por essa ditadura religiosa globalizada. Outros cristãos ocidentais, seguindo o exemplo de Davi no Salmo 56, decidiram, como os cristãos na Síria, no Oriente Médio e em alguns países africanos, depositar sua confiança em Deus e em Seu Filho Jesus Cristo, ao custo dum enorme sacrifício, uma morte social de longo prazo, às vezes muitos anos, separados de seus amigos, um filho, uma filha, um pai e uma mãe. Além do sofrimento emocional causado por essa situação dolorosa, eles aplicam esta máxima bíblica encontrada no Salmo 56:
“Em Deus, cuja palavra eu louvo,
Em Deus eu ponho a minha confiança; não tenho medo.
O que me pode fazer um simples homem?” (Salmos 56:4,11).
SALMO 57 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ele enviará ajuda desde o céu e me salvará.
Ele frustrará aquele que me persegue (Salmos 57:3)
Este Salmo foi escrito durante a fuga de Davi e seus homens do Rei Saul. Eles estavam vivendo numa caverna. De acordo com o relato no Primeiro livro de Samuel, Davi teve a oportunidade de matar o Rei Saul, mas não o fez (leia a narrativa em 1 Samuel 24:2–7).
O apóstolo Paulo mostrou a necessidade de não buscar vingança, mas confiar em Deus: “Não retribuam a ninguém mal por mal. Considerem o que é bom do ponto de vista de todos os homens. Se possível, no que depender de vocês, sejam pacíficos com todos os homens. Não se vinguem, amados, mas deem lugar à ira; pois está escrito: “‘Não retribuam a ninguém mal com mal. Preocupem-se com o que é bom aos olhos de todas as pessoas. Se possível, no que depender de vocês, sejam pacíficos com todos. Não se vinguem, amados, mas deem lugar à ira; pois está escrito: “‘A vingança é minha; eu retribuirei’, diz Jeová.” Mas, “se o seu inimigo estiver com fome, dê-lhe algo para comer; se ele estiver com sede, dê-lhe algo para beber; pois, fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”. Não se deixe vencer pelo mal, mas continue vencendo o mal com o bem” (Romanos 12:17–21).
Quando uma pessoa ou grupo de pessoas age mal conosco, devemos dar um passo para trás como o Rei Davi na caverna na presença do Rei Saul, evitando nos vingar, mas permitindo que Deus aja de acordo com Sua vontade para conosco: “Que Jeová seja o juiz, e ele julgará entre nós dois; ele examinará o assunto, defenderá a minha causa, fará justiça e me livrará das suas mãos” (1 Samuel 24:15; Mateus 5:39).
SALMO 58 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Será que vocês podem falar de justiça, quando ficam em silêncio?
Será que podem julgar com retidão, ó filhos dos homens? (Salmos 58:1)
Jesus Cristo disse isso na introdução ao seu Sermão do Monte: “Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mateus 5:6). Em alguns textos bíblicos abaixo, podemos ler como essa fome e sede de justiça são expressas e o que podemos sentir pessoalmente. No Salmo 58, lemos como aqueles que têm fome e sede de justiça serão satisfeitos pelos atos poderosos de Deus:
“Até quando, ó Jeová, clamarei por ajuda, mas tu não ouvirás? Até quando clamarei a ti para me salvares da violência, mas tu não agirás? Por que me fazes ver a maldade? E por que toleras a opressão? Por que há diante de mim destruição e violência? E por que há tantas brigas e conflitos? Por isso a lei não tem força, E a justiça nunca é feita. Pois os maus cercam os justos; É por isso que a justiça sai pervertida” (Habacuque 1:2–4).
“Novamente voltei minha atenção para todos os atos de opressão que ocorrem debaixo do sol. Vi as lágrimas dos oprimidos, mas não havia quem os consolasse. Os opressores deles tinham o poder, e não havia quem os consolasse. (…) Durante a minha vida vã, vi de tudo: pessoas justas que morrem na sua justiça e pessoas más que vivem muito tempo, apesar da sua maldade. (…) Eu vi tudo isso, e me pus a refletir em todo o trabalho que se tem feito debaixo do sol enquanto homem domina homem para o seu prejuízo. (…) Há algo vão que acontece na terra: há justos que são tratados como se tivessem praticado o mal, e há maus que são tratados como se tivessem praticado a justiça. Eu digo que isso também é vaidade. (…) Vi servos andando a cavalo, mas príncipes andando a pé como servos” (Eclesiastes 4:1; 7:15; 8:9,14; 10:7).
“Ó Deus, quebra-lhes os dentes na boca!
Despedaça a mandíbula desses leões, ó Jeová!
7 Que eles desapareçam como águas que se escoam;
Que Ele arme o arco e os faça cair pelas suas flechas.
8 Que eles sejam como uma lesma que se derrete pelo caminho,
Como uma criança que nasce morta, que nunca verá o sol.
9 Antes que as panelas de vocês sintam o calor dos espinheiros,
Ele levará embora os ramos verdes e os em chamas, como num vendaval.
10 O justo se alegrará por ter visto a vingança;
Seus pés serão banhados no sangue dos maus.
11 Então os homens dirão: “Certamente há uma recompensa para o justo.
Há realmente um Deus que faz justiça na terra”” (Salmos 58:6–11).
SALMO 59 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Davi compôs este Salmo no início de sua fuga do Rei Saul, que queria assassiná-lo, de acordo com a narrativa do primeiro livro de Samuel (19:9–17).
“Que eles sejam enlaçados no seu orgulho,
Por causa dos pecados da sua boca, das palavras dos seus lábios,
Por causa das maldições e das mentiras que proferem” (Salmos 59:12):
Jesus Cristo ensinou que no julgamento final, os humanos serão julgados de acordo com as palavras de suas bocas: “Pois a boca fala do que o coração está cheio. O homem bom, do seu bom tesouro, faz sair coisas boas, ao passo que o homem mau, do seu mau tesouro, faz sair coisas más. Eu lhes digo que os homens prestarão contas no Dia do Julgamento por toda declaração sem valor que fizerem; pois pelas suas palavras você será declarado justo e pelas suas palavras será condenado” (Mateus 12:34–37).
Jesus Cristo disse que, na maioria dos casos, as palavras que saem da boca revelam o estado interior da nossa personalidade (o coração), seja bom ou mau. Além disso, ele mostrou que é apropriado ter cuidado, pois com a língua pode-se pecar contra o Espírito Santo, ou seja, um pecado que condena à morte sem possibilidade de ressurreição: “Por essa razão, eu lhes digo: Todo tipo de pecados e blasfêmias será perdoado aos homens, mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada. Por exemplo, quem falar uma palavra contra o Filho do Homem será perdoado; mas quem falar contra o espírito santo não será perdoado, não, nem neste sistema de coisas, nem no que virá” (Mateus 12:31,32).
SALMO 60 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ajuda-nos na nossa aflição,
Pois a salvação pelos humanos não vale nada (Salmos 60:11)
O contexto do Salmo 60 é uma retrospectiva das conquistas militares do Rei Davi (versículos 6–9). O título do salmo menciona um feito militar, a captura de Edom (2 Samuel 8:13). Edom era uma nação irmã de Israel, que desde então desapareceu, e estava localizada no extremo sul da atual Palestina, entre o Deserto de Negeb (a oeste) e o Deserto da Arábia (a leste). Era uma nação muito difícil de acessar, cujas montanhas forneciam uma defesa natural, a ponto de se tornar arrogante. Isto é o que lemos na profecia de Jeremias sobre a arrogância desta nação:
“O medo que você causava
E a arrogância do seu coração o enganaram,
Ó você, que reside nos refúgios do rochedo,
Que ocupa o monte mais alto.
Mesmo que você construa o seu ninho no alto, como a águia,
Eu o farei descer de lá”, diz Jeová” (Jeremias 49:16):
A conclusão deste Salmo nos mostra que somente com a ajuda de Deus podemos alcançar o sucesso em nossas ações, mesmo quando elas parecem impossíveis (como no contexto do Salmo 60, a conquista militar de Edom):
“Ajuda-nos na nossa aflição,
Pois a salvação pelos humanos não vale nada.
Por meio de Deus teremos força,
E ele pisoteará os nossos adversários” (Salmos 60:11,12).
SALMO 61 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
“Dos confins da terra clamarei a ti, quando meu coração tiver desfalecido” (Salmos 61:2):
O coração, em sentido figurado, refere-se aos sentimentos e motivos duma pessoa. Um coração desfalecido significa estar fisicamente, mentalmente até mesmo espiritualmente cansado, o que pode levar ao desânimo ou uma depressão temporária ou crônica. O salmista escreveu que é nesses momentos que ele pedirá ajuda a Deus, por meio da oração, para que Ele possa compensar sua falta de energia física, mental e espiritual. O apóstolo Paulo escreveu isso sobre essa situação:
“Assim, tenho prazer em fraquezas, em insultos, em privações, em perseguições e dificuldades, por Cristo. Pois, quando estou fraco, então é que sou poderoso” (2 Coríntios 12:10). Um homem (ou mulher) enfraquecido se sentirá menos confiante e terá mais probabilidade de confiar na ajuda suplementar de Deus para ser resiliente ou ter resistência nas provações.
Quando ele escreveu que é poderoso nos momentos em que está fraco, está descrevendo o efeito do Espírito Santo de Deus em capacitar alguém a ser resiliente e perseverante diante a oposição, demonstrando um tipo de força interior divina, dada por Deus: “Para todas as coisas tenho forças graças àquele que me dá poder” (Filipenses 4:13).
SALMO 62 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Somente em Deus espero silenciosamente.
Dele vem a minha salvação (Salmos 62)
Este Salmo explica simplesmente por que, quando confrontados com dificuldades criadas por oponentes, é geralmente aconselhável permanecer em silêncio:
“Só ele é minha rocha e minha salvação, meu refúgio seguro;
Nunca serei completamente abalado.
Até quando vocês atacarão um homem para o matar?
Todos vocês são tão perigosos como uma parede que está caindo, como uma parede de pedras prestes a desmoronar” (Salmos 62:3,4).
Este Salmo explica por que devemos permanecer em silêncio. Ao rotular os oponentes como muros inclinados, não confiáveis e recorrer a mentiras e enganos, é impossível ter uma comunicação razoável com eles para acalmar a situação. Nesses casos, é muito mais sensato permanecer em silêncio para evitar perder nossa dignidade. Devemos colocar as coisas nas mãos de Deus:
“Somente em Deus espero silenciosamente,
Porque dele vem a minha esperança.
6 Só ele é minha rocha e minha salvação, meu refúgio seguro;
Nunca serei abalado” (Salmos 62:5,6).
SALMO 63 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Eu me lembro de ti quando estou deitado;
Medito em ti durante as vigílias da noite (Salmos 63:6)
Este salmo expressa o deleite dum bom relacionamento com Deus. Está escrito que podemos usar as vigílias noturnas, os momentos de insônia, para meditar sobre nosso relacionamento com Deus. Durante a noite, tudo está calmo, o corpo e a mente estão em repouso, e isso permite maior clareza. Este tempo nos permite lembrar dos princípios divinos para tomar boas decisões para o dia que se inicia. Eles são como ajuda de Deus, mas também de seu Filho Jesus Cristo, como por exemplo seu conselho no Sermão do Monte (Mateus 5–7):
“Pois tu és o meu ajudador,
E eu grito de alegria na sombra das tuas asas.
Eu me apego a ti;
Tua mão direita me segura com firmeza” (Salmos 63:7,8).
Seguir a orientação de Deus e de Cristo, da qual um momento de insônia pode nos lembrar, é como uma criança agarrando a mão dum pai de confiança e não soltando. Claro, por meio da meditação, podemos orar a Deus para nos ajudar a tomar boas decisões, ou para superar preocupações ou dores emocionais…
SALMO 64 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ouve a minha voz, ó Deus, quando eu suplico.
Protege a minha vida dos terríveis ataques do inimigo (Salmos 64:1)
Este salmo descreve a sofisticação e engenhosidade na criação do mal, através do marketing e engenharia social que tornam mentiras e atos criminosos invisíveis aos olhos da lei humana, tanto do poder político quanto de organizações religiosas bilionárias com seus exércitos de advogados. No entanto, Jeová Deus, o Pai Celestial, e seu Filho Jesus Cristo, os veem claramente (Romanos 14:12)… Alguns podem ficar impacientes. No entanto, o apóstolo Pedro explicou por que devemos aprender a ser pacientes:
“Jeová não é vagaroso com relação a sua promessa, como alguns pensam, mas ele é paciente com vocês, porque não deseja que ninguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento” (2 Pedro 3:9).
Assim, entre aqueles que atualmente cometem maldades, alguns deles têm a oportunidade de mudar de atitude e se arrepender de suas ações, obtendo assim a vida eterna. Para aqueles que estão numa situação de espera, é importante não desistir, mas continuar avançando, estando sempre vigilantes (2 Pedro 3:10).
SALMO 65 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Os pastos estão cobertos de rebanhos,
E os vales se revestem de cereais.
Eles gritam triunfantemente, sim, cantam (Salmos 65:13)
É verdade que está escrito na Bíblia que um pequeno número de humanos viverá no céu, com Cristo e os anjos (Apocalipse 5:9,10; 7:4–9; 14:1–5). Também é verdade que na Bíblia está escrito que haverá uma restauração do paraíso terrestre que existia no Éden, onde um grande número de humanos, homens, mulheres e crianças, viverão (Gênesis 2). O Salmo 65 fornece uma descrição linda e reconfortante disso. Neste futuro paraíso terrestre viverão os membros da grande multidão, mencionados em Apocalipse 7:9–17, e os ressuscitados terrestres, mencionados em Apocalipse capítulo 20: “Vi um novo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não existia. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para o seu marido. Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor. As coisas anteriores já passaram”” (Apocalipse 21:1–4).
SALMOS 66 e 67 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Deus pode refinar um povo, assim como pode refinar uma pessoa em particular, homem ou mulher, a quem Ele considera desejável. Por exemplo, aqui está o que está escrito em Deuteronômio: “Lembre-se do longo caminho pelo qual Jeová, seu Deus, o fez andar estes 40 anos no deserto, para torná-lo humilde e pô-lo à prova, a fim de saber o que havia no seu coração, se você guardaria ou não os seus mandamentos” (Deuteronômio 8:2).
O processo de refinamento provocado por Deus é um teste que revela o que está no coração de cada pessoa. A narrativa histórica nos livros bíblicos de Êxodo e Números nos permite ver como algumas pessoas se comportaram bem e outras foram infiéis a Deus. No caso do teimoso Faraó do Egito, Deus se certificou de que não se exaltaria:
“Ele governa para sempre com o seu poder.
Seus olhos vigiam as nações.
Que os obstinados não exaltem a si mesmos” (Salmos 66:7).
Quanto àqueles que Deus considera desejáveis, Ele também os coloca num processo de refinamento, um processo de teste que ensina humildade e modéstia e pode trazer à tona aspectos indesejáveis da personalidade, que devem ser eliminados se desejam continuar a ter a aprovação divina:
“Se eu tivesse guardado alguma maldade no coração,
Jeová não me teria ouvido.
Mas Deus realmente ouviu,
Prestou atenção à minha oração.
Louvado seja Deus, que não rejeitou a minha oração
Nem me negou o seu amor leal” (Salmos 66:18–20).
Este texto mostra que Deus leva em conta as limitações associadas à nossa condição pecaminosa, que nos faz ter “coisas nocivas em nossos corações”, Ele usa paciência e misericórdia para que sejamos aperfeiçoados como vasos escolhidos:
“Você me dirá, então: “Por que ele ainda acusa as pessoas? Pois quem pode ir contra a vontade dele?” Mas quem é você, ó homem, para discutir com Deus? Será que a coisa moldada diz àquele que a moldou: “Por que você me fez assim?” O quê? Será que o oleiro não tem autoridade sobre o barro, para fazer da mesma massa um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? Que diremos então se Deus, mesmo querendo demonstrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, tolerou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E que dizer se ele fez isso a fim de dar a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que ele preparou antecipadamente para glória” (Romanos 9:19–23).
SALMO 68 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Jeová dá a ordem: as mulheres que proclamam as boas novas são um grande exército (Salmos 68:11)
Este salmo celebra as vitórias de Jeová Deus sobre os ímpios e como ele cuida dos mais vulneráveis, viúvas e órfãos:
As mulheres que proclamam as boas novas são um grande exército (Salmos 68:11): Algumas congregações cristãs aplicam este texto a discípulas de Cristo que pregam as “boas novas” (Mateus 24:14 “boas novas”). O contexto do Salmo 68 descreve vitórias militares celebradas por mulheres que lideravam cânticos e danças após o retorno dos soldados. O exemplo mais conhecido, para os leitores da Bíblia, é o de Miriã, irmã de Moisés, que organizou danças para celebrar a vitória de Jeová sobre o Faraó do Egito: “Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, pegou um pandeiro, e todas as mulheres a acompanharam, tocando pandeiros e dançando. Miriã cantava, respondendo aos homens: “Cantem a Jeová, pois ele foi grandemente enaltecido.
Lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro”” (Êxodo 15:20,21; os exemplos de Débora (Juízes 5:1) e da filha de Jefté (Juízes 11:34)).
SALMO 69 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Eu me tornei um estranho para os meus irmãos, um estrangeiro para os filhos da minha mãe (Salmos 69:8)
Por meio deste salmo, o Rei Davi expressou a Deus seu sofrimento e angústia pelas situações perigosas que estava vivendo. Em linhas gerais, este salmo descreve o sofrimento que Cristo suportou durante todo o seu ministério terrestre até a sua morte:
Alguns detalhes da vida de Cristo são descritos neste salmo:
“Eu me tornei um estranho para os meus irmãos, um estrangeiro para os filhos da minha mãe” (Salmos 69:8): “Na verdade, seus irmãos não exerciam fé nele” (João 7:5). “Mas, quando os seus parentes souberam do que estava acontecendo, saíram para pegá-lo, pois diziam: “Ele perdeu o juízo”” (Marcos 3:21). Jesus tinha quatro irmãos, Tiago, José, Simão e Judas, e pelo menos duas irmãs (Mateus 13:55, 56). Durante seu ministério terrestre, nenhum deles exerciam fé nele; pelo contrário, pensavam que ele havia perdido o juízo.
“O zelo pela tua casa me consome” (Salmos 69:9): “Seus discípulos se lembraram de que está escrito: “O zelo pela tua casa me consumirá”” (João 2:17; Marcos 11:15; Mateus 21:12).
“Como alimento, deram-me veneno e, para matar a minha sede, ofereceram-me vinagre para beber” (Salmos 69:21): “Deram-lhe vinho misturado com fel para beber; mas, depois de prová-lo, ele se recusou a beber. (…) E um deles correu imediatamente, pegou uma esponja, ensopou-a em vinho acre, colocou-a numa cana e deu a ele para beber” (Mateus 27:34,48).
Os sofrimentos que Cristo suportou ao longo de seu ministério terrestre são resumidos pelas palavras do apóstolo Paulo: “Durante sua vida na terra, Cristo fez pedidos e súplicas, com fortes clamores e lágrimas, Àquele que era capaz de salvá-lo da morte, e ele foi ouvido por causa do seu temor de Deus. Embora fosse filho, aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu. E, depois de ter sido aperfeiçoado, tornou-se responsável pela salvação eterna de todos os que lhe obedecem, porque ele foi designado por Deus como sumo sacerdote à maneira de Melquisedeque” (Hebreus 5:7–10).
SALMOS 70 e 71 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
“Não me rejeites na minha velhice, não me abandones quando me faltarem as forças. (…) Mesmo quando eu estiver velho e de cabelos brancos, ó Deus, não me abandones” (Salmos 71:9,18). Por duas vezes, o salmista pediu a Deus que não o abandonasse na velhice, quando os humanos, em geral, perdem gradualmente sua independência. Essa situação claramente o angustiava, como continua a angustiar milhões de idosos que estão sozinhos. Como Deus pode cuidar de idosos que estão sozinhos? Na raiz disso, está toda a família, os filhos ou a comunidade onde o idoso vive. No entanto, Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos lembrou do mandamento de honrar pai e mãe, isto é, cuidar deles na velhice e fazer-lhes companhia (Lucas 18:20). O apóstolo Paulo também lembrou aos cristãos de Éfeso este mandamento: “Honre seu pai e sua mãe” — esse é o primeiro mandamento com uma promessa: “Para que tudo vá bem com você, e você permaneça por muito tempo na terra” (Efésios 6:2,3).
Jesus Cristo demonstrou claramente que a prática do cristianismo não deve impedir a implementação deste mandamento, denunciando com razão o comportamento abjeto dos fariseus a este respeito: “Ele lhes disse ainda: “Vocês sabem muito bem como pôr de lado o mandamento de Deus, a fim de manter a sua tradição. Por exemplo, Moisés disse: ‘Honre seu pai e sua mãe’ e ‘Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe seja morto’. Mas vocês dizem: ‘Se um homem diz ao seu pai ou à sua mãe: “Tudo o que eu tenho que poderia beneficiá-lo é corbã (isto é, uma dádiva dedicada a Deus)”’, vocês não o deixam mais fazer nem uma única coisa para seu pai ou para sua mãe. Assim vocês invalidam a palavra de Deus pela tradição que transmitiram. E fazem muitas coisas como essa”” (Marcos 7:9–13). Algumas organizações religiosas (que operam como empresas comerciais) fazem o mesmo, recrutando jovens para servir a Deus (na opinião deles, mas na verdade atendendo a seus próprios interesses financeiros) e, ao mesmo tempo, privando muitos parentes idosos de seu único sustento necessário durante a velhice.
Como Cristo tão claramente enfatizou, o que importa não é apenas a dimensão espiritual da prática do cristianismo, mas também sua dimensão humanitária baseada no amor ao próximo (João 13:34,35; Mateus 25:31–46).
SALMO 72 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Ó Deus, concede ao rei as tuas decisões judiciais, e ao filho do rei a tua retidão (Salmos 72:1)
Este salmo descreve as bênçãos futuras do Reino de Deus, mencionadas por Jesus Cristo, particularmente na oração modelo: “Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra” (Mateus 6:10).
Como mencionado no início do salmo, o reinado do Rei Salomão foi um dos primeiros exemplos desse reinado justo, acompanhado de muitas bênçãos para o povo de Israel, desde que fizessem a vontade de Jeová Deus, o Pai Celestial (1 Crônicas 22:12 e 29:19). No entanto, no futuro paraíso terrestre, é o Rei Jesus Cristo, com os 144.000 reis e sacerdotes celestiais, que exercerá essa realeza na Terra, em cumprimento da oração mencionada em Mateus 6:9,10 (Apocalipse 5:9,10; 7:4–8; 14:1–5). O Salmo 72 descreve as bênçãos de Deus na Terra decorrentes dessa realeza. No versículo 1, o filho do rei é mencionado (que era, naquela época, o futuro rei Salomão), isto é, o príncipe, e de fato está escrito na Bíblia que haverá príncipes terrestres justos que representarão a realeza celestial de Cristo e dos 144.000 reis e sacerdotes: “Vejam! Um rei reinará com retidão, e príncipes governarão com justiça” (Isaías 32:1).
SALMO 73 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Quanto a mim, meus pés quase se desviaram; por pouco, não escorregaram (Salmos 73:2)
SALMO 73:
Asafe, o autor inspirado deste salmo, expressou sua indignação com a maldade e a injustiça. Ele explicou honestamente que quase se desviou espiritualmente ao invejar os ímpios que parecem ter sucesso em seu comportamento, ao zombar de Deus. Asafe se deixou dominar por uma amargura destrutiva diante dessa situação absurda.
Após essa observação, Asafe expressou sua consternação:
“Certamente foi em vão que mantive puro meu coração
E lavei minhas mãos na inocência.
Estive em dificuldades o dia inteiro;
Era castigado toda manhã” (Salmos 73:13,14).
No entanto, vemos que Asafe conseguiu se recompor, recuperar o bom senso, um discernimento que lhe permitiu compreender melhor a situação da perspectiva de Deus:
“De fato, tu os colocas em terreno escorregadio.
Tu os fazes cair na ruína.
Num instante são destruídos!
São eliminados repentinamente, num terrível fim!” (Salmos 73:18,19).
O Salmo 73 pode ser uma ajuda para aqueles que sofrem injustiça pessoalmente. Jesus Cristo disse que aqueles que têm fome e sede de justiça serão saciados (Mateus 5:6). Este salmo mostra que, enquanto isso, devemos nos refugiar em nosso relacionamento com Deus, confiando que Ele encontrará uma solução para nossa situação difícil:
“Meu corpo e meu coração podem enfraquecer,
Mas Deus é a rocha do meu coração e a minha porção, para sempre.
Certamente, os que se mantêm longe de ti morrerão.
Trarás um fim a todos os que de modo imoral te abandonam.
Mas, para mim, é bom me achegar a Deus.
Fiz do Soberano Senhor Jeová o meu refúgio,
Para declarar todos os teus feitos” (Salmos 73:26–28).
SALMO 74 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Por que, ó Deus, nos rejeitaste para sempre? Por que a tua ira arde contra o rebanho do teu pasto? (Salmos 74:1)
O Salmo 74 refere-se à destruição do templo de Salomão pelos babilônios em 607 Antes da Era Comum (ou 20 anos antes, para outros). A menção de Asafe é evidente (neste e nos outros salmos) como descendentes dos filhos de Asafe (como acontece com os filhos de Corá, do Salmo 42 em diante), pois ele foi contemporâneo do Rei Davi (vários séculos antes) (2 Crônicas 35:15).
“Por que, ó Deus, nos rejeitaste para sempre? Por que a tua ira arde contra o rebanho do teu pasto?” (Salmos 74:1). Essas duas perguntas aludem à rejeição de Deus ao seu povo Israel, porque essa nação havia caído em apostasia ao adorar outros deuses e deusas. Essa rejeição levou à destruição de Jerusalém e de seu templo, e à deportação de sua população para a Babilônia por 70 anos (versículos 3–8; compare com o relato histórico em 2 Reis, capítulo 25).
Este salmo é um apelo a Deus para que não rejeite seu povo permanentemente (versículos 2, 11). Ele relembra os atos milagrosos de Deus para salvar seu povo, que contrastam com essa rejeição (versículos 11–17). Este salmo mostra que essa situação não será permanente devido à atitude ultrajante dos inimigos de seu povo nessas circunstâncias (versículos 18–23).
Em geral, este salmo mostra que a disciplina de Deus, para corrigir seu povo (mesmo em nível individual), pode ser particularmente dolorosa. No entanto, permanece temporária para aqueles que o aceitam a fim de melhorar seu comportamento:
“Na sua luta contra esse pecado, vocês ainda não resistiram até o ponto de ter seu sangue derramado. E esqueceram-se totalmente da exortação dirigida a vocês como a filhos: “Meu filho, não menospreze a disciplina da parte de Jeová nem desanime quando é corrigido por ele. Pois Jeová disciplina aqueles a quem ama; de fato, açoita a cada um a quem recebe como filho.”
Como parte da sua disciplina, vocês precisam perseverar. Deus os trata como a filhos. Pois qual é o filho que não é disciplinado pelo pai? Mas, se todos vocês não receberam essa disciplina, são realmente filhos ilegítimos, e não filhos verdadeiros. Além disso, nossos pais humanos nos disciplinavam, e nós os respeitávamos. Não deveríamos nos sujeitar com mais prontidão ao Pai da nossa vida espiritual para vivermos? Pois eles nos disciplinaram por pouco tempo, segundo o que lhes parecia bom, mas ele o faz para o nosso benefício, para participarmos de sua santidade. É verdade que nenhuma disciplina parece no momento ser motivo de alegria, mas causa dor; depois, porém, aos que têm sido treinados por ela, a disciplina dá o fruto pacífico da justiça” (Hebreus 12:4–11).
SALMOS 75 e 76 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Pois Deus é Juiz. A um ele rebaixa, a outro enaltece (Salmos 75:7)
“Pois ele diz: “Acabarei com todos os chifres dos maus,
Mas os chifres dos justos aumentará”’” (Salmos 75:10).
Os chifres, neste contexto, simboliza a glória, que é ouvida por meio dum som assustador, e a majestade e a autoridade a ela associadas. Por exemplo, no Monte Sinai, a glória da presença de Deus foi ouvida por meio do som da trombeta: “Na manhã do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos, uma pesada nuvem cobriu o monte, e ouviu-se um som muito alto de buzina. E todo o povo no acampamento começou a tremer” (Êxodo 19:16). O poder dos ímpios pode ser percebido por uma atitude arrogante que não escapa a ninguém, como o som imponente da trombeta. Jesus Cristo alertou contra tal atitude, que consiste em atrair deliberadamente a atenção dos outros vangloriando-se dos atos de misericórdia realizados: “Tomem cuidado para não praticar sua justiça diante dos homens a fim de ser vistos por eles; se fizerem isso, vocês não terão recompensa de seu Pai, que está nos céus. Portanto, quando você der algo a um pobre, não toque a trombeta diante de si, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para serem glorificados pelos homens. Digo a vocês a verdade: Eles já têm plenamente a sua recompensa. Mas, quando você der algo a um pobre, não deixe a sua mão esquerda saber o que a direita está fazendo, para que suas dádivas fiquem em segredo. Então o seu Pai, que observa em secreto, o recompensará” (Mateus 6:1–4). Jesus Cristo disse sobre o som da trombeta ou da buzina, destinado a chamar a atenção para si mesmo e trabalhar para a própria glória por meio da vanglória. Portanto, devemos deixar que Deus decida quem Ele exaltará e quem Ele humilhará, pois Ele é o único juiz (por meio de Cristo (Mateus 25:21–46)):
“Pois Deus é Juiz.
A um ele rebaixa, a outro enaltece.
Porque na mão de Jeová há um cálice;
O vinho está espumando e é forte.
Ele certamente o derramará,
E todos os maus da terra o beberão até a última gota” (Salmos 75:7,8).
SALMO 77 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Meditarei em todos os teus atos e refletirei nas tuas ações (Salmos 77:12)
O Salmo 77 é a expressão melancólica do salmista sobre a espera pela ação de Deus e a expectativa da realização da esperança. Sem perder a fé, ele expressa sua perplexidade, que provoca sua melancolia, por meio de algumas perguntas retóricas:
“Será que Jeová nos rejeitará eternamente?
Será que ele nunca mais nos mostrará favor?
8 Acabou para sempre o seu amor leal?
Será que a sua promessa ficará sem se cumprir por todas as gerações?
9 Esqueceu-se Deus de mostrar favor,
Ou será que sua ira fez a sua misericórdia cessar? (Selá)
10 Será que continuarei dizendo: “O que me causa aflição
É que o Altíssimo mudou seus tratos conosco”?” (Salmos 77:7–10).
No entanto, ao meditar nos poderosos atos passados de Jeová Deus, em seus momentos de melancolia e perplexidade, ele fortalece sua fé e confiança:
“Eu me lembrarei das obras de Jah;
Eu me lembrarei dos teus feitos maravilhosos de muito tempo atrás.
12 Meditarei em todos os teus atos
E refletirei nas tuas ações” (Salmos 77:11, 12).
Em seguida, ele descreve poeticamente esta meditação sobre as ações milagrosas de Deus para libertar seu povo durante o êxodo do Egito (Salmos 77:13–20).
Este texto poético mostra que é normal sentir, as vezes, melancolia e perplexidade durante os momentos de espera que Deus, por meio de suas ações, nos livre de situações difíceis. Enquanto isso, devemos fazer como o salmista, relembrando as ações milagrosas de Deus e de seu Cristo enquanto ele esteve na Terra. Ao ler, por exemplo, os quatro Evangelhos, podemos recordar seus milagres de cura e ressurreição, que fortalecerão nossa fé no cumprimento futuro da promessa de Deus: “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor. As coisas anteriores já passaram” (Apocalipse 21:4).
SALMO 78 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Escute a minha lei, ó meu povo, preste atenção às palavras da minha boca (Salmos 78:1)
Este salmo fornece um relato histórico do Êxodo do povo de Israel da terra do Egito, culminando no reinado do Rei Davi. O Salmo 78 enfatiza particularmente o comportamento rebelde e a falta de fé do povo de Israel em relação a Deus, entristecendo-O e testando-O. Alguns destaques do Salmo 78, com comentários concisos:
“Escute a minha lei, ó meu povo;
Preste atenção às palavras da minha boca.
2 Abrirei a minha boca para dizer um provérbio.
Proferirei enigmas dos tempos antigos.
3 As coisas que ouvimos e conhecemos,
Que os nossos pais nos contaram,
4 Não esconderemos dos descendentes deles;
Nós contaremos à próxima geração
Os atos louváveis de Jeová e a sua força,
As coisas maravilhosas que ele tem feito” (Salmos 78:1–4).
A Bíblia contém muitos ditados proverbiais e enigmas. Algumas passagens da Bíblia requerem a ajuda de Deus para entendê-las. Para isso, devemos pedir a Ele em oração para termos discernimento. Jesus Cristo disse que esse entendimento é dado aos humildes: “Em vista disso, naquela ocasião Jesus disse: “Eu te louvo publicamente, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas dos sábios e dos intelectuais, e as revelaste aos pequeninos’” (Mateus 11:25).
“Desse modo, não seriam como os seus antepassados,
Uma geração obstinada e rebelde,
Uma geração de coração inconstante,
E cujo espírito não foi fiel a Deus” (Salmos 78:8).
Um coração firme está disposto a obedecer a Deus; o oposto é um coração obstinado: “Agora circuncidem o prepúcio do seu coração e deixem de ser tão obstinados” (Deuteronômio 10:16).
“Porque não tiveram fé em Deus;
Não confiaram na sua capacidade de salvá-los” (Salmos 78:22).
A falta de fé é um pecado grave diante de Deus que pode privar da realização da esperança cristã: “Além disso, sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem se aproxima de Deus tem de crer que ele existe e que se torna o recompensador dos que o buscam seriamente” (Hebreus 11:6).
“O coração deles não era firme para com ele;
Eles não eram fiéis ao Seu pacto” (Salmos 78:37).
Um coração que não é firme é um coração que não cumpre seus compromissos. Jesus Cristo disse que devemos ter apenas uma palavra: “Deixem simplesmente que a sua palavra “sim” signifique sim, e o seu “não”, não; pois tudo o que for além disso é do Maligno” (Mateus 5:37).
“Vez após vez puseram Deus à prova
E entristeceram o Santo de Israel” (Salmos 78:41).
Pôr Deus à prova é decepcioná-Lo com uma atitude que persiste na prática do pecado, enquanto, ao mesmo tempo, Ele é paciente com aquela pessoa ou grupo de pessoas: “Jeová não é vagaroso com relação a sua promessa, como alguns pensam, mas ele é paciente com vocês, porque não deseja que ninguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento” (2 Pedro 3:9).
SALMO 79 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Mostra-nos depressa a tua misericórdia, Pois fomos muito humilhados (Salmos 79:8)
O Salmo 79 faz alusão ao contexto histórico do Salmo 74. Aqui vai um lembrete: este salmo refere-se à destruição do templo de Salomão pelos babilônios em 607 Antes da Era Comum (ou 20 anos antes, para outros). Ele faz alusão à rejeição de Deus ao seu povo Israel, porque essa nação havia caído em apostasia ao adorar outros deuses e deusas. Essa rejeição levou à destruição de Jerusalém e de seu templo, e à deportação de sua população para a Babilônia por 70 anos (versículos 3–8; compare com o relato histórico em 2 Reis, capítulo 25).
No entanto, o Salmo 79 é diferente em relação à petição feita a Deus. É um chamado à vingança contra as nações que, naquela época, destruíram a nação que representava o povo de Deus:
É ilógico pensar que Deus vingará o sangue inocente derramado ao longo da história humana, especialmente o de seus servos? Não. No entanto, é importante lembrar que essa vingança não pertence aos humanos, mas sim somente a Deus:
“Não retribuam a ninguém mal com mal. Preocupem-se com o que é bom aos olhos de todas as pessoas. Se possível, no que depender de vocês, sejam pacíficos com todos. Não se vinguem, amados, mas deem lugar à ira; pois está escrito: “‘A vingança é minha; eu retribuirei’, diz Jeová.” Mas, “se o seu inimigo estiver com fome, dê-lhe algo para comer; se ele estiver com sede, dê-lhe algo para beber; pois, fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele”. Não se deixe vencer pelo mal, mas continue vencendo o mal com o bem” (Romanos 12:17–21).
SALMO 80 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
E olha para o filho que fortaleceste para ti (Salmos 80:15)
O Salmo 80 é um clamor por socorro ao Pastor de Israel, àquele que se assenta sobre os querubins na Arca do Pacto, no Santíssimo do Tabernáculo e, posteriormente, do Templo. Israel é designado por José e, por seus dois filhos, Efraim e Manassés, sendo Benjamim seu irmão por meio de sua mãe, Raquel. Benjamim foi a primeira tribo real, por meio de Saul. Essa realeza foi transferida para o Rei Davi e sua dinastia, da tribo de Judá. Neste salmo, Israel é simbolizado por uma vinha. Este salmo evoca a mesma situação poeticamente descrita nos Salmos 74 e 79. O salmista implora a Deus que os livre dessa situação dolorosa e angustiante.
Jesus Cristo tomou esta ilustração, referindo-se a si mesmo como a videira e aos seus discípulos como os seus ramos: “Eu sou a verdadeira videira, e o meu Pai é o lavrador. 2 Ele tira todo ramo em mim que não dá fruto, e limpa todo ramo que dá fruto, para que dê mais fruto. 3 Vocês já estão limpos, por causa da palavra que lhes falei. 4 Permaneçam em união comigo, e eu permanecerei em união com vocês. Assim como um ramo não pode dar fruto por si mesmo a menos que permaneça na videira, vocês também não podem dar fruto a menos que permaneçam em união comigo. 5 Eu sou a videira; vocês são os ramos. Quem permanece em união comigo, e eu em união com ele, esse dá muito fruto, pois separados de mim vocês não podem fazer nada. 6 Se alguém não permanece em união comigo, ele é lançado fora como um ramo, e seca. Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados. 7 Se vocês permanecerem em união comigo e as minhas declarações permanecerem em vocês, peçam o que quiserem e assim lhes acontecerá. 8 Isto glorifica o meu Pai: que vocês persistam em dar muito fruto e mostrem que são meus discípulos. 9 Assim como o Pai me ama, eu amo vocês; permaneçam no meu amor. 10 Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como eu obedeço aos mandamentos do Pai e permaneço no amor dele” (João 15:1–10).
A partir de agora, esta vinha de Deus com seus ramos constitui o Israel de Deus, a congregação cristã (Gálatas 6:16; Atos 11:26). Esta congregação ou igreja é composta tanto de judeus na carne quanto de pessoas de todas as nações, com a circuncisão espiritual do coração (que representa a obediência a Deus e a Cristo (Deuteronômio 10:16)): “Pois nem todos os que são descendentes de Israel são realmente “Israel”” (Leia Romanos capítulo 9 e 11:17–24; João 10:16).
SALMO 81 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Gritem de alegria a Deus, nossa força. Aclamem triunfantemente ao Deus de Jacó (Salmos 81:1)
O Salmo 81 evoca poeticamente a Festividade das Barracas (Tabernáculos) ou Recolhimento, que era celebrada no dia 15 de Etanim (Tisri) do calendário hebraico (entre setembro e outubro). A particularidade desta festividade é que era particularmente alegre; Deus queria que cada israelita se alegrasse: “Jeová, seu Deus, abençoará todas as suas colheitas e tudo que você fizer, e você ficará cheio de alegria” (Deuteronômio 16:15). O Salmo 81 é a expressão poética desta alegria:
Esta alegria será expressa no futuro paraíso terrestre. Segundo a profecia de Zacarias, nesta Festividade dos Tabernáculos e do Recolhimento, será celebrada, a realeza de Deus Jeová com alegria: “Todos os que restarem de todas as nações que vierem contra Jerusalém subirão de ano em ano para se curvar diante do Rei, Jeová dos exércitos, e para celebrar a Festividade das Barracas” (Zacarias 14:16). “A Lei tem uma sombra das coisas boas que viriam” (Hebreus 10:1).
SALMO 82 (ler na sua Bíblia ou numa Bíblia Online)
Defendam o humilde e o órfão.
Façam justiça ao desamparado e ao necessitado (Salmos 82:3)
O Salmo 82 se refere metaforicamente aos juízes humanos como deuses, e Deus lhes pede que julguem com justiça:
Jesus Cristo citou uma passagem do Salmo 82 para explicar à sua audiência que sua afirmação de ser o Filho de Deus não era blasfema, pois este salmo se refere aos humanos no papel de juiz como deuses: “Jesus lhes respondeu: “Não está escrito na sua Lei: ‘Eu disse: “Vocês são deuses”’? Se aqueles contra quem se dirigiu a palavra de Deus foram chamados de ‘deuses’ — e as Escrituras não podem ser anuladas — , vocês dizem a mim, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo: ‘Você blasfema’, porque eu disse: ‘Sou Filho de Deus’? Se não faço as obras do meu Pai, não acreditem em mim” (João 10:34–37).
É óbvio que Jesus Cristo é o Filho de Deus e não o próprio Deus. O apóstolo Pedro disse isso e Jesus o elogiou por dar uma resposta tão correta: “Ele lhes perguntou: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivente.” Jesus lhe disse então: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas, porque isso não lhe foi revelado por homens, mas pelo meu Pai, que está nos céus’” (Mateus 16:15–17).
***
Ler e Entender a Bíblia (Salmos 1:2, 3)
Índice do site http://yomelias.fr/ (42 artigos de estudos bíblicos)
Ao ler a Bíblia diariamente, este índice contém artigos bíblicos informativos (clique no link acima para visualizá-lo)…
Lista (em inglês) de mais de setenta idiomas, com seis artigos bíblicos importantes, escritos em cada um desses idiomas…
***
Laisser un commentaire