Meditação nas duas cartas de Pedro levando à madureza cristã

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Pierre6

A primeira carta do apóstolo Pedro

O redator desta carta é um dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Nos Evangelhos, também tem o nome de Simão Pedro (Mateus 4:18) e Jesus Cristo lhe deu outro nome, Cefas (João 1:42). Dos doze, ele foi um dos três apóstolos mais achegados de Jesus Cristo: Pedro, Tiago e João, seu irmão. Esses três homens assistiram à transfiguração de Cristo (Marcos 9:1-10). Ler as duas cartas de Pedro não apresenta nenhum problema de compreensão. No entanto, às vezes Pedro usa expressões ou imagens que estão ligadas à Lei Mosaica e, particularmente, ao antigo sistema sacerdotal, que será explicado sem necessariamente entrar em detalhes. O objetivo desta meditação é entender como os conselhos dessas cartas podem nos guiar em direção à madureza cristã e poder expandir a reflexão e a compreensão, em relação ao ensino apresentado pelo apóstolo Pedro.

Capítulo 1:

« Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos residentes temporários espalhados por Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, aos escolhidos 2 segundo a presciência de Deus, o Pai, santificados pelo espírito, com o objetivo de serem obedientes e receberem a aspersão do sangue de Jesus Cristo. Que vocês tenham cada vez mais bondade imerecida e paz » (versículos 1 e 2).

A expressão « dos residentes temporários espalhados », é uma metáfora para designar os cristãos com a esperança celestial da vida eterna. Os vários lugares geográficos indicados são os territórios onde o apóstolo Pedro exerceu seu ministério da palavra. São lugares perto do Mar Negro, na Ásia Menor, na atual Turquia. Além disso, na conclusão da sua carta, há as saudações da congregação que está na Babilônia, o atual Iraque (1 Pedro 5:13). Na carta endereçada à congregação da Galácia, pelo apóstolo Paulo, ele menciona ter visto o apóstolo Pedro em Antioquia, ao sul da atual Turquia (Gálatas 2:11). Todas essas informações, para observar que é muito improvável que Pedro tenha ido a Roma, conforme o relato da Bíblia (Novo Testamento) porque desenvolveu seu ministério da palavra, na Ásia Menor (a atual Turquia), até a Babilônia, o Iraque atual. Foi o apóstolo Paulo (e não o apóstolo Pedro) que pregou muito ao oeste, para Roma, segundo o relato dos Atos dos apóstolos.

A menção da aspersão do sangue de Jesus Cristo sobre esses cristãos, residentes temporários, é outra metáfora relacionada à instalação do sacerdócio, neste caso celestial, no contexto desta carta. A mesma imagem simbólica duma roupa manchada de sangue é a de Jesus Cristo no livro do Apocalipse, descrito na sua função de Sumo Sacerdote, durante a Grande Tribulação: « Está vestido com uma roupa manchada de sangue; ele é chamado de A Palavra de Deus » (Apocalipse 19:13; Êxodo 29:21). De fato, esses cristãos, que têm a esperança celestial da vida eterna, constituirão um reino de sacerdotes nos céus ao lado do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo (Apocalipse 1:5.6; 5:9,10). Nesta carta, o apóstolo Pedro menciona esse sacerdócio celestial.

O apóstolo Pedro mostra que a esperança (celestial ou terrestre) tem um preço, o da provação que refina a fé: « Louvado seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, pois, segundo a sua grande misericórdia, ele nos deu um novo nascimento para uma esperança viva por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, 4 para uma herança imperecível, sem mancha e que não se apaga. Ela está reservada nos céus para vocês, 5 que estão sendo resguardados pelo poder de Deus, por meio da fé, para uma salvação pronta para ser revelada no tempo do fim. 6 Por causa disso vocês se alegram muito, embora seja necessário, por algum tempo, que fiquem aflitos por causa de várias provações, 7 a fim de que a qualidade provada da sua fé, que tem muito mais valor do que o ouro que perece, apesar de ter sido provado por fogo, seja considerada razão para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo. 8 Embora nunca o tenham visto, vocês o amam. Embora não o vejam agora, exercem fé nele e se alegram muito com uma alegria indescritível e gloriosa, 9 à medida que alcançam o alvo da sua fé: a sua salvação » (versículos 3-9).

Em relação ao « novo nascimento », Jesus Cristo, durante sua conversa com Nicodemos, falou sobre isso: « Em resposta, Jesus lhe disse: »Em resposta, Jesus lhe disse: “Digo-lhe com toda a certeza: A menos que alguém nasça de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Nicodemos lhe perguntou: “Como um homem pode nascer quando já é velho? Será que pode entrar no ventre da sua mãe e nascer outra vez?” Jesus respondeu: “Digo-lhe com toda a certeza: A menos que alguém nasça da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do espírito é espírito. Não se espante porque eu lhe disse: Vocês têm de nascer de novo. O vento sopra para onde quer, e ouve-se o som dele, mas não se sabe de onde ele vem nem para onde vai. Assim é com todo aquele que nasce do espírito” » (João 3:3-8).

Concretamente, é durante o batismo do cristão que tem esperança celestial, que esse simbolismo da morte ocorre, levando a um novo nascimento (sua futura ressurreição celestial) (Mateus 28:19). Durante o batismo, quando o corpo humano do cristão está completamente imerso na água, simboliza a morte de sua antiga condição, até a morte futura de seu corpo físico. Quando emerge da água, que nas circunstâncias atua como uma matriz simbólica, há um novo nascimento da água e também do espírito, antes ou depois do batismo. Jesus Cristo diz que devemos nascer da água e do Espírito (João 3:5). O nascimento do espírito é um fenômeno divino que escapa à compreensão humana, pois é Deus quem designa aquele que nascerá do espírito para a vida celestial (João 3:8). O apóstolo Paulo descreveu este novo nascimento que será feito de maneira tangível, durante a morte efetiva do cristão fiel e, em seguida, de sua ressurreição celestial: « Semeado corpo físico, é levantado corpo espiritual » (1 Coríntios 15:44a).

Esse processo de novo nascimento que se aplica aos cristãos que vivem no céu, pode ser aplicado a todos os seres humanos que viverão para sempre na terra? Sim, mas duma maneira diferente. Em vez da expressão de novo nascimento, Jesus Cristo usou a expressão « recriação », que é como um novo nascimento, com um novo corpo físico sem pecado: « Jesus lhes disse: “Eu lhes garanto: Na recriação, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, vocês que me seguiram se sentarão em 12 tronos e julgarão as 12 tribos de Israel » » (Mateus 19:28). Ainda na mesma carta do apóstolo Paulo, sobre as diferentes formas de ressurreições, na segunda parte do versículo 44, está escrito: « Se há corpo físico, há também um espiritual » (1 Coríntios 15:44b). Isso é verdade em ambas as direções: se houver uma ressurreição com um corpo espiritual, também haverá uma ressurreição com um corpo físico. O primeiro nascerá novamente de água e do espírito, e o segundo nascerá novamente da água (simbolizando a imersão na morte) e a ascensão da água pela ressurreição com a recriação de um novo corpo humano. Podemos até dizer que o futuro ressuscito terrestre nascerá pelo efeito do Espírito Santo de Deus que lhe vai dar a vida (Atos 24:15).

Até os anjos nos céus procuraram entender o processo que leva à salvação eterna, por meio do sacrifício de Cristo: « Sobre essa salvação, os profetas que profetizaram a respeito da bondade imerecida destinada a vocês fizeram diligente investigação e cuidadosa pesquisa. 11 Eles procuravam saber o tempo específico e as circunstâncias que o espírito neles indicava a respeito de Cristo, quando o espírito dava testemunho antecipado sobre os sofrimentos que Cristo teria de suportar e sobre a glória que se seguiria. 12 Foi-lhes revelado que estavam servindo não a si mesmos, mas a vocês, no que diz respeito às coisas que agora foram anunciadas a vocês por aqueles que lhes declararam as boas novas com espírito santo enviado do céu. São essas coisas que os anjos têm grande desejo de entender » (versículos 10-12).

Cada cristão deve melhorar seu comportamento diante de Deus e seu filho Jesus Cristo, a fim de ter o cumprimento da esperança da vida eterna (celestial ou terrestre): « Por isso, preparem a mente para atividade; mantenham inteiramente os sentidos; fixem a esperança na bondade imerecida que lhes será trazida na revelação de Jesus Cristo. 14 Como filhos obedientes, parem de se amoldar aos desejos que tinham antes na sua ignorância, 15 mas, assim como o Santo que os chamou, tornem-se santos em toda a sua conduta, 16 pois está escrito: “Sejam santos, porque eu sou santo.”

17 E se vocês invocam o Pai, que julga imparcialmente segundo a obra de cada um, comportem-se com temor durante o tempo em que são residentes temporários. 18 Pois vocês sabem que não foi com coisas perecíveis, com prata ou ouro, que foram libertados do seu modo de vida fútil, transmitido a vocês pelos seus antepassados. 19 Mas foi com sangue precioso, como o de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o de Cristo. 20 É verdade que ele foi conhecido antes da fundação do mundo, mas foi manifestado no fim dos tempos por causa de vocês. 21 Por meio dele vocês creem em Deus, aquele que o levantou dentre os mortos e lhe deu glória, para que a fé e a esperança de vocês estejam em Deus.

22 Agora que vocês se purificaram pela sua obediência à verdade, tendo como resultado o amor fraternal sem hipocrisia, amem uns aos outros intensamente, de coração. 23 Pois foi dado a vocês um novo nascimento, não por semente perecível, mas por semente imperecível, por meio da palavra do Deus vivente, o qual permanece para sempre. 24 Pois “todos os homens são como a relva, e toda a sua glória é como a flor do campo; a relva seca e a flor cai, 25 mas a declaração de Jeová permanece para sempre”. E essa “declaração” são as boas novas que foram anunciadas a vocês » (versículos 13-25).

Capítulo 2:

Pedro refere-se novamente ao reino celestial dos sacerdotes, desta vez na forma dum edifício feito de pedras vivas (os cristãos com a esperança celestial), com a pedra escolhida quem é Jesus Cristo, rejeitada pelos construtores: « Assim, livrem-se de toda maldade, do engano, da hipocrisia, da inveja e de toda calúnia. 2 Como bebês recém-nascidos, desenvolvam forte desejo pelo leite não adulterado da palavra, para que, por meio dele, cresçam para a salvação, 3 já que tiveram provas de que o Senhor é bondoso.

4 À medida que se aproximam dele, uma pedra vivente rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa para Deus, 5 vocês mesmos, como pedras viventes, estão sendo edificados como casa espiritual para ser um sacerdócio santo, a fim de oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. 6 Pois certa passagem das Escrituras diz: “Vejam! Eu ponho em Sião uma pedra escolhida, uma preciosa pedra angular de alicerce, e ninguém que nela exercer fé ficará decepcionado, jamais.”

7 Portanto, é para vocês que ele é precioso, porque vocês são crentes; mas, para os que não creem, “a pedra que os construtores rejeitaram, essa se tornou a principal pedra angular”, 8 e “uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair”. Eles tropeçam porque são desobedientes à palavra. Foram designados para esse fim. 9 Mas vocês são “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulguem as qualidades excelentes” Daquele que os chamou da escuridão para a Sua maravilhosa luz. 10 Porque antes vocês não eram povo, mas agora são povo de Deus; antes vocês não haviam sido tratados com misericórdia, mas agora receberam misericórdia » (Versículos 1-10).

O apóstolo Pedro não se designa como a pedra angular na qual a Igreja Cristã é construída (num nível espiritual), mas mostra claramente que é de fato Jesus Cristo: « Vocês mesmos, como pedras viventes, estão sendo edificados como casa espiritual para ser um sacerdócio santo, a fim de oferecer sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. Pois certa passagem das Escrituras diz: “Vejam! Eu ponho em Sião uma pedra escolhida, uma preciosa pedra angular de alicerce, e ninguém que nela exercer fé ficará decepcionado, jamais” » (1 Pedro 2:5,6; Isaías 28:16; Salmos 118:22: a pedra angular da profecia de Isaías e dos Salmos, mencionada pelo apóstolo Pedro, é Jesus Cristo).

Há uma série de recomendações para ter um bom comportamento nas situações da vida cristã: « Amados, eu os exorto como a estrangeiros e residentes temporários que continuem se abstendo dos desejos carnais, que guerreiam contra vocês. 12 Mantenham uma boa conduta entre as pessoas das nações, para que, quando os acusarem de ser malfeitores, elas sejam testemunhas oculares das boas obras de vocês e, em resultado disso, glorifiquem a Deus no dia da Sua inspeção.

13 Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda criação humana, quer a um rei, como superior, 14 quer a governadores, como enviados por ele para punir malfeitores e louvar os que fazem o bem. 15 Pois é da vontade de Deus que, por fazer o bem, vocês silenciem a conversa ignorante de homens insensatos. 16 Sejam como pessoas livres, usando a sua liberdade não como disfarce para fazer o que é errado, mas para serem escravos de Deus. 17 Honrem a homens de todo tipo, tenham amor pela inteira fraternidade, tenham temor de Deus, honrem o rei.

18 Que os servos estejam sujeitos aos seus senhores com todo o temor que lhes é devido, não somente aos bons e razoáveis, mas também aos que são difíceis de agradar. 19 Pois, quando alguém suporta dificuldades e sofre injustamente por causa da sua consciência diante de Deus, isso é agradável. 20 Pois que mérito vocês têm se são espancados por pecarem e suportam isso? Mas, se vocês suportam sofrimento porque estão fazendo o bem, isso é agradável a Deus.

21 De fato, para isso vocês foram chamados, porque o próprio Cristo sofreu por vocês, deixando um modelo para seguirem fielmente os seus passos. 22 Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade na sua boca. 23 Quando estava sendo insultado, não respondia com insultos. Quando estava sofrendo, não ameaçava, mas confiava-se Àquele que julga com justiça. 24 Ele mesmo levou os nossos pecados no seu próprio corpo, no madeiro, para que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça. E “pelos ferimentos dele vocês foram curados”. 25 Porque vocês eram como ovelhas desgarradas, mas agora voltaram para o pastor e superintendente das suas almas » (versículos 11-25).

Esses conselhos são particularmente endereçados àqueles que sofrem por causa duma situação injusta. Esse tipo de sofrimento e a perseverança que produz, é agradável aos olhos de Deus, porque faz com que a pessoa que o suporta, alguém melhor, como um ouro refinado pelo fogo da provação: « Pois, quando alguém suporta dificuldades e sofre injustamente por causa da sua consciência diante de Deus, isso é agradável. Pois que mérito vocês têm se são espancados por pecarem e suportam isso? Mas, se vocês suportam sofrimento porque estão fazendo o bem, isso é agradável a Deus » (versículos 19,20).

Esses sofrimentos devido à injustiça foram suportados por Cristo, que é um modelo de perseverança para aqueles que sofrem por causa da sua consciência diante de Deus: « De fato, para isso vocês foram chamados, porque o próprio Cristo sofreu por vocês, deixando um modelo para seguirem fielmente os seus passos. Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade na sua boca. Quando estava sendo insultado, não respondia com insultos. Quando estava sofrendo, não ameaçava, mas confiava-se Àquele que julga com justiça » (versículos 21-23).

Capítulo 3:

As mulheres casadas da congregação, devem continuar a garantir sua beleza interior, feita de qualidades cristãs que podem permitir, para ganhar um marido incrédulo: « Da mesma maneira, você, esposa, esteja sujeita ao seu marido, de modo que, se ele não for obediente à palavra, seja ganho sem palavras, por meio da conduta de sua esposa, 2 por ter sido testemunha ocular de sua conduta casta junto com profundo respeito. 3 Que o seu adorno não sejam as coisas externas — cabelos trançados, o uso de enfeites de ouro ou de roupas finas — 4 mas seja a pessoa secreta do coração com o adorno imperecível do espírito calmo e brando, que é de grande valor aos olhos de Deus. 5 Pois era assim que as santas mulheres do passado que esperavam em Deus se adornavam, sujeitando-se ao marido, 6 como Sara, que obedecia a Abraão, chamando-o de senhor. Você será filha dela, desde que continue a fazer o bem e não se deixe dominar pelo medo » (versículos 1-6).

Pedro dá conselhos aos maridos: « Da mesma maneira, você, marido, continue a morar com a sua esposa segundo o conhecimento. Dê-lhe honra como a um vaso mais frágil, o feminino, visto que ela também é herdeira com você do favor imerecido da vida, a fim de que as suas orações não sejam impedidas » (versículo 7). Encontramos os mesmos conselhos nas cartas do apóstolo Paulo, para os maridos, as esposas e seus filhos (Efésios 5:21-33; 6:1-4). O marido deve morar com a sua esposa « segundo o conhecimento ». Dependendo do contexto, esse « conhecimento », não parece ser um conhecimento bíblico ou que se possa ler num livro, mas um discernimento do que é a feminilidade no casal. O que permite que os maridos levem em consideração o seu limite físico e emocionai e, portanto, lhe « dar honra como a um vaso mais frágil ». Obviamente, esse « conhecimento » é igualmente importante na outra direção, a respeito das mulheres relativamente aos maridos. É assim que haverá um entendimento mútuo no casal (e não somente num sentido).

Os discípulos de Cristo devem manifestar um amor fraterno com o carinho: « Por fim, sejam todos unidos na mente, tenham empatia, amor fraternal, terna compaixão e humildade. 9 Não paguem mal com mal, nem insulto com insulto. Em vez disso, retribuam com uma bênção, pois vocês foram chamados para esse proceder, a fim de herdar uma bênção. 10 Pois “aquele que ama a vida e quer ver dias felizes deve resguardar a sua língua do mal e os seus lábios de falar mentiras. 11 Que ele se desvie do mal e faça o bem; que ele busque a paz e se empenhe por ela. 12 Porque os olhos de Jeová estão sobre os justos, e os seus ouvidos escutam as súplicas deles, mas a face de Jeová se volta contra os que fazem coisas más” » (versículos 8-12).

Temos que lembrar o que Jesus Cristo disse sobre o que identificaria os verdadeiros discípulos: « Eu lhes dou um novo mandamento: Amem uns aos outros; assim como eu amei vocês, amem também uns aos outros. Por meio disto todos saberão que vocês são meus discípulos: se tiverem amor entre si » (João 13:34,35). Em algumas congregações, os ouvintes se sentam e recebem o ensino, depois saem para vir a casa, distribuindo saudações superficiais. Nessa situação, as congregações são simples campi universitários ou salas de aula onde o professor presenta seu ensino e, em seguida, cada um sai para vir a casa. Nesse caso, onde está a manifestação de simpatia e afeto fraterno? Esses dois textos bíblicos mostram claramente que deve haver uma vida social dentro duma congregação cristã. Uma vida social composta de amizades, convites para compartilhar uma refeição, com momentos simples de felicidade passados ​​juntos numa caminhada ou num piquenique. O convívio cristão não esquece as viúvas e os órfãos, os divorciados, os separados e outras pessoas em solidão prolongada.

Também é importante lembrar a declaração da lista das boas ações cristãs de misericórdia, segundo o rei Jesus Cristo, durante o futuro julgamento mundial: « O Rei dirá então aos à sua direita: ‘Venham vocês, abençoados por meu Pai, herdem o Reino preparado para vocês desde a fundação do mundo. 35 Pois fiquei com fome, e vocês me deram algo para comer; fiquei com sede, e vocês me deram algo para beber. Eu era um estranho, e vocês me receberam hospitaleiramente; 36 estava nu, e vocês me vestiram. Fiquei doente, e vocês cuidaram de mim. Eu estava na prisão, e vocês me visitaram’ » (Mateus 25:31-46). Podemos ver que, na lista dessas boas ações cristãs, não há nenhuma boa ação « religiosa », como ouvir os sermões bíblicos ou pregar e ensinar as boas novas. Obviamente, também devemos fazer essas coisas, sem perder o essencial, de acordo com Jesus Cristo: tendo empatia, amor fraternal, terna compaixão e humildade. Durante essa vida social entre os irmãos e irmãs cristãos, é importante « resguardar a sua língua do mal e os seus lábios de falar mentiras » (versículos 10 a 12; ler também a carta de Tiago 3:1-12 (Conselhos para domar a língua)).

Devemos santificar o Cristo como Senhor no nosso coração, sempre prontos para fazer uma defesa perante qualquer homem: « Realmente, quem prejudicará vocês, se forem zelosos do que é bom? 14 Porém, mesmo que sofram por causa da justiça, vocês serão felizes. No entanto, não temam o que eles temem nem fiquem perturbados. 15 Mas santifiquem o Cristo como Senhor no seu coração, sempre prontos para fazer uma defesa perante todo aquele que lhes exigir uma razão para a esperança que vocês têm, fazendo isso, porém, com brandura e profundo respeito. 16 Mantenham uma boa consciência, de modo que, sempre que falarem contra vocês, aqueles que falam contra vocês fiquem envergonhados por causa da sua boa conduta como seguidores de Cristo. 17 Pois é melhor vocês sofrerem por fazer o bem, se for da vontade de Deus permitir isso, do que por fazer o mal. 18 Pois Cristo morreu de uma vez para sempre pelos pecados, um justo pelos injustos, a fim de conduzir vocês a Deus. Ele foi morto na carne, mas recebeu vida no espírito. 19 E assim ele foi e pregou aos espíritos em prisão, 20 que tinham sido desobedientes quando Deus esperava pacientemente nos dias de Noé, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito, foram levadas a salvo através da água » (versículos 13-20).

Quando Pedro escreve « mesmo que sofram por causa da justiça, vocês serão felizes », como podemos ser felizes quando sofremos? Jesus Cristo mostrou no Sermão do Monte, que podemos ser felizes na perspetiva duma esperança: « Felizes são vocês quando as pessoas os insultam e perseguem, e, mentindo, dizem todo tipo de coisas más contra vocês, por minha causa. Alegrem-se e fiquem cheios de alegria, porque a sua recompensa é grande nos céus; pois assim perseguiram os profetas antes de vocês » (Mateus 5:3-12). O cristão pode ser objeto de falsas acusações e, portanto, às vezes, deve comparecer perante as autoridades judiciais ou falar perante um representante da polícia, um juiz… Como escrito, o cristão deve domar seus sentimentos e garantir se expressar com profundo respeito. Ao fazer isso, se ele mostrar paciência, é muito provável que a situação se volte contra os falsos acusadores, que terão vergonha do seu mau comportamento relativamente aos cristãos perseguidos. Obviamente, quando um cristão sofre por causa duma injustiça, ele deve se lembrar do seu modelo Jesus Cristo, quem também sofreu devido à injustiça, até a morte (versículos 18-20).

Se o sangue de Cristo salva, o batismo cristão também:  « O batismo, que corresponde a isso, também salva vocês agora (não pela remoção da sujeira da carne, mas pela solicitação de uma boa consciência a Deus), por meio da ressurreição de Jesus Cristo. 22 Ele está à direita de Deus, pois foi para o céu; e anjos, autoridades e poderes foram sujeitos a ele » (versículos 21,22). Desde o momento em que uma pessoa exerce fé em Jeová Deus o Pai, em seu Filho, Jesus Cristo, e também no efeito benéfico do Espírito Santo, pode ser batizado conformando-se nos princípios bíblicos cristãos: « Portanto, vão e façam discípulos de pessoas de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do espírito santo, ensinando-as a obedecer a todas as coisas que lhes ordenei. E saibam que eu estou com vocês todos os dias, até o final do sistema de coisas » (Mateus 28:19,20). Deve-se notar no mandamento de Cristo, a respeito do batismo, que um ensino mais aprofundado do cristianismo vem depois. O treinamento particularmente do novo discípulo cristão levará algum tempo após seu batismo.

Capítulo 4:

O discípulo de Cristo deveria viver não mais para os desejos dos homens, mas para a vontade de Deus: « Visto que Cristo sofreu na carne, armem-se também da mesma disposição; porque a pessoa que sofre na carne abandonou os pecados, 2 a fim de viver o resto do seu tempo na carne não mais para os desejos dos homens, mas para a vontade de Deus. 3 Pois no passado vocês gastaram tempo suficiente fazendo a vontade das nações, quando vocês viviam em conduta insolente, em paixões desenfreadas, em embriaguez, em festas descontroladas, em bebedeiras e em idolatrias ilícitas. 4 Eles ficam intrigados porque vocês não continuam a correr com eles no mesmo proceder decadente de devassidão, e por isso falam mal de vocês. 5 Mas essas pessoas prestarão contas àquele que está pronto para julgar os vivos e os mortos. 6 De fato, é por isso que as boas novas foram declaradas também aos mortos, para que, embora sejam julgados na carne do ponto de vista dos homens, eles vivam em harmonia com o espírito do ponto de vista de Deus » (versículos 4-6).

Os desejos dos homens representam, dependendo do contexto, as paixões desenfreadas, a embriaguez, as festas descontroladas, as bebedeiras e as idolatrias ilícitas. No entanto, também podem representar nossas más tendências de fazer o que é má devido a nosso estado pecaminoso. O apóstolo Paulo aludiu a essa luta interna contra as tendências más: « Percebo assim a seguinte lei no meu caso: quando quero fazer o que é certo, está presente em mim o que é mau. Eu realmente tenho prazer na lei de Deus segundo o homem que sou no íntimo, mas vejo em meu corpo outra lei guerreando contra a lei da minha mente e me levando cativo à lei do pecado que está no meu corpo. Homem miserável que eu sou! Quem me livrará do corpo que é submetido a essa morte? Dou graças a Deus, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor! Assim, com a minha mente, eu mesmo sou escravo da lei de Deus, mas, com a minha carne, escravo da lei do pecado » (Romanos 7:21-25).

Essa mudança de comportamento atrairá inevitavelmente a atenção da comitiva do cristão. É possível que ele esteja a passar por uma pressão muito forte do grupo na forma de maledicências e mofas: « Eles ficam intrigados porque vocês não continuam a correr com eles no mesmo proceder decadente de devassidão, e por isso falam mal de vocês » (versículo 4). A pregação aos mortos significa uma proclamação das boas novas a toda a humanidade condenada pela morte herdada de Adão (Mateus 8:22; Efésios 2:1; Romanos 5:12). Essa proclamação das boas novas significa que os cristãos são criticados ou « julgados na carne do ponto de vista dos homens, eles vivam em harmonia com o espírito do ponto de vista de Deus » (versículo 6).

O discípulo de Cristo deve ter um comportamento virtuoso e colocar seus dons espirituais ao serviço dos seus irmãos e irmãs na fé: « Mas está próximo o fim de todas as coisas. Portanto, sejam sensatos e sejam vigilantes no que se refere às orações. 8 Acima de tudo, tenham intenso amor uns pelos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. 9 Sejam hospitaleiros uns com os outros, sem resmungar. 10 Conforme cada um recebeu um dom, use-o ao servir os outros como bom administrador da bondade imerecida de Deus, que é expressa de vários modos. 11 Se alguém fala, faça isso como quem fala as proclamações de Deus; se alguém serve, faça isso na força que Deus fornece; para que, em todas as coisas, Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo. A glória e o poder são dele para todo o sempre. Amém » (versículos 7-11).

Os cristãos que têm vários dons concedidos por Deus são administradores deles. Esses dons espirituais são manifestos de vários modos (versículo 10). O apóstolo Paulo os descreve com mais precisão: « Há diferentes dons, mas há o mesmo espírito; e há diferentes maneiras de servir, contudo há o mesmo Senhor; e há diferentes atividades, contudo é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Mas a manifestação do espírito é dada a cada um com um objetivo benéfico. Pois a um é dada a palavra de sabedoria por meio do espírito; a outro, a palavra de conhecimento, segundo o mesmo espírito; a outro, a fé, pelo mesmo espírito; a outro, dons de curar, por esse único espírito; a ainda outro, a realização de obras poderosas; a outro, o profetizar; a outro, o discernimento de expressões inspiradas; a outro, diversas línguas; e a outro, a interpretação de línguas. Mas todas essas coisas são realizadas pelo mesmo e único espírito, que distribui a cada um, individualmente, assim como quer » (1 Coríntios 12:4-11). Aqueles que têm um dom espiritual na congregação devem ser modestos usando-os « na força que Deus fornece ».

Às vezes, o discípulo de Cristo pode estar numa situação que parece « estranha » para ele, num fogo da provação que ele não esperava: « Amados, não se surpreendam com as duras provações que vocês estão passando, como se algo estranho estivesse lhes acontecendo. 13 Ao contrário, continuem a se alegrar na medida em que participam dos sofrimentos do Cristo, para que vocês também se alegrem e fiquem cheios de alegria durante a revelação da glória dele. 14 Se estão sendo desonrados por causa do nome de Cristo, vocês são felizes, porque o espírito de glória, sim, o espírito de Deus, está repousando sobre vocês » (versículos 12-14). Essas situações estranhas podem ser provações dentro da congregação pela infiltração de lobos espirituais que maltratam os discípulos fiéis de Cristo (Mateus 7:15,16).

Os sofrimentos do discípulo de Cristo não devem ser as consequências de más ações. O discípulo de Cristo deve sofrer como cristão e não como criminoso: « No entanto, que nenhum de vocês sofra como assassino, ladrão, malfeitor ou intrometido nos assuntos dos outros. 16 Mas, se alguém sofre como cristão, não se envergonhe, mas continue glorificando a Deus ao levar esse nome. 17 Pois este é o tempo determinado para o julgamento começar com a casa de Deus. Ora, se começa primeiro conosco, qual será o fim daqueles que não são obedientes às boas novas de Deus? 18 “E, se o justo está sendo salvo com dificuldade, o que acontecerá com o ímpio e com o pecador?” 19 Assim, que aqueles que estão sofrendo em harmonia com a vontade de Deus se entreguem aos cuidados de um Criador fiel, ao passo que praticam o bem » (versículos 15-19).

Capítulo 5:

Os ançiões ou os superintendentes das congregações cristãs devem pastorear o rebanho de Deus: « Portanto eu, que também sou ancião, testemunha dos sofrimentos do Cristo e participante na glória que será revelada, faço este apelo aos anciãos entre vocês: 2 pastoreiem o rebanho de Deus, que está aos seus cuidados, servindo como superintendentes não por obrigação, mas de boa vontade perante Deus; não por amor ao ganho desonesto, mas com entusiasmo; 3 não dominando sobre os que são a herança de Deus, mas tornando-se exemplos para o rebanho. 4 E, quando o pastor principal tiver sido manifestado, vocês receberão a imperecível coroa de glória » (versículos 1-4).

Os anciões da congregação cristã são pastores espirituais ao serviço das ovelhas que pertencem a Deus e a Cristo. O apóstolo Pedro escreve que é um ancião. Antes de subir para aos céus, Jesus Cristo ressuscitado pediu que ele pastoreasse o rebanho de Deus, a congregação cristã (João 21:15-17). O trabalho pastoral espiritual deles é ensinar, como feito pelo Pedro, pelo discípulo Tiago e Juda, e pelos apóstolos João e Paulo. Suas cartas são exemplos do tipo de ensino bíblico de alta qualidade que cada ancião deve fornecer à congregação. A obra pastoral dos anciões também é criar vínculos fraternos com os irmãos e irmãs da congregação, fazendo visitas para incentivar as ovelhas de Deus, sob seus cuidados.

O apóstolo Paulo escreveu, sob inspiração, as qualificações bíblicas necessárias dos anciões ou os superintendentes das congregações cristãs: « Esta declaração é digna de confiança: Se um homem está se esforçando para ser superintendente, deseja uma obra excelente. O superintendente, portanto, deve ser irrepreensível, marido de uma só esposa, moderado nos hábitos, sensato, ordeiro, hospitaleiro, qualificado para ensinar. Não deve ser beberrão nem violento, mas deve ser razoável, não briguento. Não deve amar o dinheiro. Deve presidir bem à sua própria família, tendo os filhos em sujeição com toda a seriedade. (Pois, se um homem não souber presidir à sua própria família, como cuidará da congregação de Deus?) Não deve ser recém-convertido, para que não se encha de orgulho e caia no julgamento aplicado ao Diabo. Além disso, deve ter também um bom testemunho de pessoas de fora, a fim de que não caia em desonra e num laço do Diabo » (1 Timóteo 3:1-7).

« Eu deixei você em Creta para que corrigisse as coisas que precisavam ser endireitadas e fizesse designações de anciãos em cada cidade, conforme as instruções que lhe dei: o ancião deve estar livre de acusação, ser marido de uma só esposa e ter filhos crentes que não sejam acusados de devassidão nem de rebeldia. Porque, como administrador designado por Deus, o superintendente tem de estar livre de acusação, não deve ser obstinado, nem alguém que se ire com facilidade, nem beberrão, nem violento, nem ávido de ganho desonesto, mas deve ser hospitaleiro, amar o que é bom, ser sensato, justo, leal, ter autodomínio, apegar-se firmemente à palavra fiel com respeito à sua arte de ensino, para que possa tanto encorajar por meio do ensinamento sadio como repreender os que o contradizem » (Tito 1:5-9).

Aqui estão também as qualificações bíblicas necessárias dos servos ministeriais, escritos pelo apóstolo Paulo, sob inspiração: « Os servos ministeriais devem igualmente ser sérios e homens de uma só palavra; não devem beber muito vinho, nem ser ávidos de ganho desonesto. Devem se apegar ao segredo sagrado da fé com a consciência limpa. Também, que esses sejam primeiro examinados quanto à aptidão; depois sirvam como ministros, se estiverem livres de acusação » (1 Timóteo 3:8-10). Os servos ministeriais ajudam os anciões no trabalho pastoral na congregação cristã.

Há um exemplo concreto, mostrando como os servos ministeriais podem ajudar os anciões, no relato do livro de Atos: « Naqueles dias, ao aumentar o número de discípulos, os judeus que falavam grego começaram a reclamar dos judeus que falavam hebraico, porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição diária. De modo que os Doze reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não é correto que deixemos a palavra de Deus para servir alimento às mesas. Portanto, irmãos, escolham entre vocês sete homens de boa reputação, cheios de espírito e de sabedoria, e nós os designaremos para essa tarefa necessária. Mas nós mesmos nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra.” O que eles disseram agradou a toda a multidão, e escolheram Estêvão, homem cheio de fé e de espírito santo, e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Eles os levaram aos apóstolos, que, depois de orar, lhes impuseram as mãos » (Atos 6:1-6). Nessa situação, os servos ministeriais ajudaram os apóstolos, que também eram anciões, para poderem estar mais disponíveis para a oração e o ministério da palavra.

Entre esses sete homens que tinham a função de servos ministeriais, há dois muito conhecidos, segundo o relato dos Atos: Estêvão e Filipe (Atos Capítulos 6 e 7 (Estêvão); Atos Capítulo 8 (Filipe conhecido como evangelizador, como o ‘apóstolo Paulo)). Dada a sua sabedoria, é provável que eles fossem anciões, no momento da sua nomeação para a distribuição de alimentos. Isso significa que um ancião pode ocasionalmente ter a função do servo ministerial.

Temos que nos humilhar sob a mão poderosa de Deus: « Da mesma maneira, vocês, homens mais jovens, sujeitem-se aos homens mais velhos. Todos vocês, porém, revistam-se de humildade uns para com os outros, porque Deus se opõe aos arrogantes, mas concede bondade imerecida aos humildes.

6 Portanto, humilhem-se sob a mão poderosa de Deus, para que ele os enalteça no tempo devido, 7 ao passo que lançam sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele cuida de vocês. 8 Mantenham os sentidos, sejam vigilantes! Seu adversário, o Diabo, anda em volta como um leão que ruge, procurando a quem devorar. 9 Mas tomem posição contra ele, firmes na fé, sabendo que a inteira fraternidade dos seus irmãos no mundo está passando pelos mesmos sofrimentos. 10 Porém, depois de vocês terem sofrido por um pouco, o próprio Deus de toda a bondade imerecida, que os chamou à Sua eterna glória em união com Cristo, completará o treinamento de vocês. Ele os fará firmes, ele os fará fortes, ele os porá sobre firmes alicerces. 11 Dele seja o poder para sempre. Amém.

12 Por meio de Silvano, que considero um irmão fiel, eu lhes escrevi em poucas palavras para os encorajar e lhes assegurar de que essa é a verdadeira bondade imerecida de Deus. Mantenham-se firmes nela. 13 Aquela que está em Babilônia, e que foi escolhida como vocês, lhes manda saudações, e também Marcos, meu filho. 14 Cumprimentem uns aos outros com beijo fraterno. Que todos vocês, que estão em união com Cristo, tenham paz » (versículos 5-14).

A segunda carta do apóstolo Pedro

Capítulo 1:

A primeira parte deste capítulo é um incentivo a cultivar as qualidades cristãs que evitarão ser inativos quer infrutíferos no que se refere ao conhecimento exato do nosso Senhor Jesus Cristo: « Simão Pedro, escravo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que adquiriram uma fé tão preciosa como a nossa por meio da justiça do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo:

2 Que vocês tenham cada vez mais bondade imerecida e paz por meio do conhecimento exato de Deus e de Jesus, nosso Senhor, 3 pois o seu poder divino nos concedeu tudo que contribui para a vida e a devoção a Deus por meio do conhecimento exato Daquele que nos chamou pela sua própria glória e virtude. 4 Por meio dessas coisas ele nos concedeu as promessas preciosas e muito grandiosas, para que, por meio delas, vocês participassem da natureza divina, tendo escapado da corrupção do mundo causada pelos desejos errados.

5 Por essa razão, façam todo o esforço possível para acrescentar à sua fé a virtude; à sua virtude, o conhecimento; 6 ao seu conhecimento, o autodomínio; ao seu autodomínio, a perseverança; à sua perseverança, a devoção a Deus; 7 à sua devoção a Deus, o amor fraternal; ao seu amor fraternal, o amor a todos. 8 Pois, se essas coisas existirem em vocês e transbordarem, impedirão que sejam quer inativos quer infrutíferos no que se refere ao conhecimento exato do nosso Senhor Jesus Cristo.

9 Pois quem não tem essas coisas é cego, fecha os olhos à luz, e se esqueceu da purificação dos seus pecados antigos. 10 Portanto, irmãos, sejam ainda mais diligentes em se assegurar da sua chamada e escolha, pois, se vocês persistirem em fazer essas coisas, não falharão jamais. 11 De fato, dessa forma lhes será concedida uma entrada gloriosa no Reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo » (versículos 1-11).

Devemos estar bem estabelecidos na verdade: « Por essa razão, pretendo sempre lembrar-lhes essas coisas, embora vocês as saibam e estejam bem estabelecidos na verdade que está presente em vocês. 13 Mas, enquanto estou nesta tenda, acho certo despertá-los por meio de lembretes, 14 sabendo que em breve minha tenda será removida, como o nosso Senhor Jesus Cristo deixou claro para mim. 15 Sempre farei o máximo para que, depois da minha partida, vocês possam por si mesmos relembrar essas coisas.

16 Não, não foi por seguirmos histórias falsas, engenhosamente inventadas, que nós lhes demos a conhecer o poder e a presença do nosso Senhor Jesus Cristo; em vez disso, nós nos tornamos testemunhas oculares do seu esplendor. 17 Pois ele recebeu honra e glória da parte de Deus, o Pai, quando estas palavras lhe foram transmitidas pela glória magnífica: “Este é meu Filho, meu amado, a quem eu aprovo.” 18 Sim, nós ouvimos essas palavras vindas do céu enquanto estávamos com ele no monte santo.

19 Assim, temos a palavra profética ainda mais confirmada, e vocês fazem bem em prestar atenção a ela, como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro (até que amanheça o dia e se levante a estrela da alva), no coração de vocês. 20 Pois, acima de tudo, vocês sabem que nenhuma profecia das Escrituras se origina de interpretação pessoal. 21 Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo » (versículos 12-21).

Nos versículos 13 e 14, está escrito: « Mas, enquanto estou nesta tenda, acho certo despertá-los por meio de lembretes, sabendo que em breve minha tenda será removida, como o nosso Senhor Jesus Cristo deixou claro para mim ». A « tenda » refere-se ao « Tabernáculo », mencionado pelo apóstolo Pedro, sendo a metáfora aludindo ao seu corpo humano. Estar na tenda ou no tabernáculo, significa viver com o corpo humano. A tenda removida significa morrer deixando de viver neste corpo. Isso também pode significar, uma morte, seguida, mais tarde, da ressurreição celestial com um corpo espiritual, não exigindo mais um corpo humano, deixando a “tenda” na terra.

No contexto bíblico, essa tenda (ou Tabernáculo) representa um templo (Êxodo 39:32,40). O templo é construído para adorar a Deus. Isso significa que o corpo humano tem o valor sagrado dum templo, originalmente feito para adorar a Deus, em reconhecimento ao fato de que Ele nos deu a vida (Apocalipse 4:11). O templo feito de pedras não pode ser movido como uma tenda ou um Tabernáculo. No entanto, o corpo humano é um templo que pode se mover, daí a expressão de tenda ou tabernáculo. Mostra o quão sagrados são o corpo humano e a vida, aos olhos de Deus.

No versículo 15, está escrito: « Sempre farei o máximo para que, depois da minha partida, vocês possam por si mesmos relembrar essas coisas ». O apóstolo Pedro queria dar um bom treinamento aos anciões para que eles pudessem agir da mesma maneira que ele, pastoreando o rebanho de Deus. Especialmente porque ele sabia que sua morte estava se aproximando (versículo 14). Ele estava ansioso para torná-los autónomos no nível espiritual, sem que os anciões tiveram que depender do apóstolo Pedro que iria morrer.

Os versículos 17 e 18, mencionam o relato da transfiguração de Jesus Cristo, da qual presenciaram os apóstolos Pedro, João e Tiago « Pois ele recebeu honra e glória da parte de Deus, o Pai, quando estas palavras lhe foram transmitidas pela glória magnífica: “Este é meu Filho, meu amado, a quem eu aprovo.” Sim, nós ouvimos essas palavras vindas do céu enquanto estávamos com ele no monte santo ».

Aqui está o relato da transfiguração de Cristo: « Seis dias depois, Jesus chamou Pedro e os irmãos Tiago e João, e os levou a sós a um alto monte. E ele foi transfigurado diante deles; seu rosto brilhava como o sol, e suas roupas se tornaram brilhantes como a luz. Nisto, apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com ele. Então Pedro disse a Jesus: “Senhor, é bom que estejamos aqui. Se desejar, armarei aqui três tendas: uma para o senhor, uma para Moisés e uma para Elias.” Ele ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os encobriu, e de repente uma voz vinda da nuvem disse: “Este é meu Filho, o amado, a quem eu aprovo. Escutem-no.” Ao ouvirem isso, os discípulos se prostraram com o rosto por terra e ficaram com muito medo. Jesus se aproximou, então, tocou neles e disse: “Levantem-se. Não tenham medo.” Ao levantarem os olhos, não viram mais ninguém, mas apenas Jesus. Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: “Não contem essa visão a ninguém, até que o Filho do Homem seja levantado dentre os mortos.” » (Mateus 17:1-9). No versículo 19, o apóstolo Pedro explica que o objetivo da transfiguração era dar uma garantia por parte de Jeová Deus, o Pai Celestial, do cumprimento das profecias bíblicas sobre a pessoa de Jesus Cristo, seu Filho.

Os versículos 20 e 21 mostram que as palavras proféticas da Bíblia são inspiradas por Deus. Eles são uma garantia de verdade: « Pois, acima de tudo, vocês sabem que nenhuma profecia das Escrituras se origina de interpretação pessoal. Porque a profecia nunca foi produzida pela vontade do homem, mas os homens falaram da parte de Deus conforme eram movidos por espírito santo ». A Bíblia é um depósito escritural do Espírito Santo, a força ativa de Deus.

Capítulo 2:

O apóstolo Pedro menciona a infiltração na congregação cristã, de indivíduos maliciosos proferindo palavras difamatórias e com um comportamento iníquo. Para indicação, este capítulo, que será citado abaixo, é muito semelhante à carta de Judas, com o mesmo tema e certos exemplos que são semelhantes:

« No entanto, houve também falsos profetas entre o povo, assim como haverá falsos instrutores entre vocês. Esses introduzirão sutilmente seitas destrutivas e negarão até mesmo o dono que os comprou, trazendo sobre si mesmos uma destruição rápida. 2 Além disso, muitos seguirão sua conduta insolente, e, por causa deles, as pessoas falarão mal do caminho da verdade. 3 Também, movidos por ganância, eles explorarão vocês com palavras enganosas. Mas a condenação deles, decretada há muito tempo, não tardará, e a destruição deles não está dormindo.

4 De fato, Deus não se refreou de punir os anjos que pecaram, mas ele os lançou no Tártaro, acorrentando-os em densa escuridão e reservando-os para o julgamento. 5 Ele também não se refreou de punir um mundo antigo, mas preservou Noé, pregador da justiça, junto com mais sete, quando trouxe um dilúvio sobre um mundo de pessoas ímpias. 6 E ele condenou as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, estabelecendo para as pessoas ímpias um modelo das coisas que virão. 7 Mas ele livrou o justo Ló, que ficava muito aflito por causa da conduta insolente dos transgressores. 8 (Porque, enquanto morava entre eles, dia após dia esse homem justo sentia sua alma justa atormentada por ver e ouvir aquelas ações contra a lei.) 9 Portanto, Jeová sabe livrar da provação os que têm devoção a ele, mas reservar os injustos para serem destruídos no dia do julgamento, 10 especialmente os que procuram aviltar a carne de outros e desprezam a autoridade.

Atrevidos e obstinados, não têm medo de falar mal dos gloriosos, 11 ao passo que os anjos, embora sejam maiores em força e poder, não os acusam com insultos, por respeito a Jeová. 12 Mas esses homens, como animais irracionais que agem por instinto e nascem para ser apanhados e destruídos, falam mal das coisas que desconhecem. Eles sofrerão a destruição trazida pelo seu próprio proceder destrutivo, 13 sofrendo o mal como retribuição pelo mal que fizeram.

Sentem prazer em se entregar a uma vida de excessos, em pleno dia. Eles são manchas e defeitos, e se deleitam em seus ensinamentos enganosos enquanto se banqueteiam com vocês. 14 Os olhos deles estão cheios de adultério e são incapazes de parar de pecar, e eles seduzem os que são instáveis. Seu coração foi treinado na ganância. São filhos amaldiçoados. 15 Abandonaram o caminho reto e se desviaram. Seguiram o caminho do filho de Beor, Balaão, que amou a recompensa de fazer injustiça, 16 mas foi repreendido por violar aquilo que era certo. Um animal de carga, mudo, falando com voz humana, refreou o proceder louco do profeta.

17 Esses homens são fontes sem água e neblinas impelidas por uma violenta tempestade, e a mais profunda escuridão foi reservada para eles. 18 Eles fazem declarações pomposas e vazias. Apelando aos desejos da carne e com conduta insolente, seduzem os que acabaram de escapar dos que vivem no erro. 19 Embora prometam liberdade a essas pessoas, eles mesmos são escravos da corrupção; pois todo aquele que é vencido por alguém se torna seu escravo. 20 Certamente, se eles, depois de escapar das contaminações do mundo pelo conhecimento exato do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam novamente envolvidos nessas mesmas coisas e são vencidos, seu estado no final é pior do que no início. 21 Teria sido melhor para eles que não tivessem conhecido de modo exato o caminho da justiça, do que, depois de o terem conhecido, se desviarem do mandamento santo que receberam. 22 Com eles aconteceu o que diz o provérbio verdadeiro: “O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca, depois de lavada, voltou a rolar na lama” » (Versículos 1-22).

Há um ponto de ensino mencionado tanto pelo apóstolo Pedro como pelo discípulo Judas, que está escrito nos versículos 10b e 11: « Atrevidos e obstinados, não têm medo de falar mal dos gloriosos, ao passo que os anjos, embora sejam maiores em força e poder, não os acusam com insultos, por respeito a Jeová ». Aqui está a idéia semelhante ensinada pelo discípulo Judas: « Apesar disso, esses homens também estão se entregando a sonhos, aviltando a carne, desprezando a autoridade e falando mal dos gloriosos. Mas, quando Miguel, o arcanjo, teve um desacordo com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir um julgamento contra ele com insultos, mas disse: “Jeová o censure.” No entanto, esses homens falam mal de tudo que na verdade não entendem. E, em todas as coisas que eles entendem por instinto como animais irracionais, eles continuam se corrompendo » (versículos 8-10).

A substância do ensino deste exemplo dado pelo apóstolo Pedro e pelo discípulo Judas, é que, se o arcanjo Miguel e os anjos não se atreveram a proferir palavras de julgamento, da mesma forma, é aconselhável não murmurar contra os membros da congregação cristã, particularmente contra os administradores, os anciões ou os superintendentes das congregações, mesmo que pudesse ser justificado (como foi o caso contra Satanás, o diabo). Se um cristão tivesse que ser vítima duma injustiça (segundo ele (comprovado ou não)) e que isso não pôde ser resolvido com uma comunicação saudável, é aconselhável confiar na justiça de Deus e seu Filho Jesus Cristo, que será exercido com certeza, mas mais tarde. Enquanto isso, o mais sábio é suportar o mal, ficar calado, esperando por Jeová Deus: « É bom que se espere em silêncio a salvação da parte de Jeová » (Lamentações 3:26). « Mas, quanto a mim, ficarei à espreita de Jeová. Mostrarei uma atitude de espera pelo Deus da minha salvação. Meu Deus me ouvirá » (Miquéias 7:7; Isaías 66:5). Aqueles que persistiriam nesses murmúrios contínuos dentro da congregação manifestariam uma sabedoria terrena, animal e demoníaca (Tiago 3:14-18). O apóstolo Pedro descreve esses murmuradores duma maneira muito severa, nos versículos 12-22.

Capítulo 3:

O apóstolo Pedro escreve sobre a presença de zombadores que insistiriam que as coisas não mudaram e que nada indica que as profecias bíblicas serão realizadas. Todo o capítulo 3 é uma resposta detalhada a esses zombadores com exemplos específicos, da história bíblica, sobre o cumprimento das profecias bíblicas:

« Amados, esta é agora a segunda carta que lhes escrevo, e nela, como na minha primeira, estou despertando, por meio de um lembrete, a sua habilidade de pensar de modo claro, 2 para que vocês se lembrem das declarações feitas anteriormente pelos santos profetas e do mandamento do Senhor e Salvador, transmitido por meio dos apóstolos de vocês. 3 Antes de mais nada, saibam que nos últimos dias surgirão zombadores com as suas zombarias, agindo segundo os seus próprios desejos; 4 eles dirão: “Onde está essa prometida presença dele? Ora, desde o tempo em que os nossos antepassados adormeceram na morte, todas as coisas continuam exatamente como eram desde o princípio da criação.”

5 Pois eles propositalmente ignoram este fato: há muito tempo havia céus e uma terra situada firmemente fora da água e no meio da água pela palavra de Deus; 6 e, por meio dessas coisas, o mundo daquele tempo sofreu destruição ao ser inundado pela água. 7 Mas, pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem estão reservados para o fogo e estão sendo guardados até o dia do julgamento e da destruição das pessoas ímpias.

8 No entanto, não despercebam o seguinte, amados: para Jeová um dia é como mil anos, e mil anos como um dia. 9 Jeová não é vagaroso com relação a sua promessa, como alguns pensam, mas ele é paciente com vocês, porque não deseja que ninguém seja destruído, mas deseja que todos alcancem o arrependimento. 10 Mas o dia de Jeová virá como ladrão, e nesse dia os céus passarão com um estrondo, e os elementos, estando intensamente quentes, serão dissolvidos, e a terra e as obras nela serão expostas.

11 Visto que todas essas coisas serão dissolvidas dessa forma, pensem em que tipo de pessoas vocês devem ser. Devem ser pessoas de conduta santa e praticar atos de devoção a Deus, 12 ao passo que aguardam e têm bem em mente a presença do dia de Jeová, pelo qual os céus serão destruídos em chamas, e os elementos se derreterão com o calor intenso. 13 Mas há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a promessa dele, e nesses morará a justiça.

14 Portanto, amados, visto que vocês aguardam essas coisas, façam o máximo para que ele finalmente os encontre sem mancha e sem defeito, e em paz. 15 Além disso, considerem a paciência do nosso Senhor como salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 16 falando dessas coisas como faz em todas as suas cartas. No entanto, algumas coisas nelas são difíceis de entender, e essas coisas os ignorantes e instáveis estão distorcendo, assim como fazem também com o restante das Escrituras, para a sua própria destruição.

17 Portanto, amados, sabendo disso com antecedência, tomem cuidado para não ser desviados pelo erro dos transgressores e para não cair de sua posição firme. 18 Pelo contrário, continuem crescendo na bondade imerecida e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória tanto agora como até o dia da eternidade. Amém » (versículos 1-18).

É interessante notar que a presença de zombadores, segundo o apóstolo Pedro, está dentro da congregação cristã. Dependendo do contexto deste capítulo 3, esses zombadores conhecem a Bíblia, segundo a observação do versículo 4. e Pedro os responde com exemplos bíblicos.

Relativamente à esperança cristã, está escrito: « Mas há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a promessa dele, e nesses morará a justiça » (versículo 13). Os novos céus representam o reino de Deus, representado pelo Rei Jesus Cristo e os 144000, a Nova Jerusalém que descerá dos céus, na terra. A nova terra será a humanidade que sobreviverá à grande tribulação e todas as pessoas ressuscitadas na terra: « Vi um novo céu e uma nova terra, pois o céu anterior e a terra anterior tinham passado, e o mar já não existia. Vi também a cidade santa, a Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para o seu marido. Então ouvi uma voz alta do trono dizer: “Veja! A tenda de Deus está com a humanidade; ele residirá com eles, e eles serão o seu povo. O próprio Deus estará com eles. Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais tristeza, nem choro, nem dor. As coisas anteriores já passaram” » (Apocalipse 7:9-17 (a grande multidão); 21:1-4 (o Reino de Deus e o conjunto da humanidade no paraíso terrestre)).

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Alcançando a Madureza Espiritual (Hebreus 6:1)

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