A vida, a morte, a segunda morte, o lago ardente e a Geena

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A vida

Jeová Deus é o Criador da vida, Ele é a sua fonte: « Contigo está a fonte da vida; Graças à tua luz podemos ver a luz » (Salmo 36:9; Hebreus 3:4; Apocalipse 4:11).

Jeová Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher: « E Jeová Deus formou o homem do pó do solo e soprou nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente (alma vivente) » (Gênesis 2:7, 22 (criação da primeira mulher)).

A palavra « alma » aplicada ao homem e aos animais vem do termo hebraico « נפש (néfesh) », do grego « ψυχή (psykhé) » e do latim « anima » (Gênesis 1:20,21,24 (Versículos bíblicos onde a palavra « alma » é aplicada a animais)). É fácil entender, dado o contexto bíblico, que a alma se refere ao próprio ser vivente, tanto para o homem como para o animal. Portanto, a alma se refere ao que é físico, corporal e visível.

Ainda no contexto bíblico, a palavra alma pode ser poeticamente aplicada ao ego ou ao « eu »: « Até quando minha alma terá ansiedades e preocupações, Tristeza no meu coração todo dia? (…) Minha alma não dorme, de tanta tristeza. Fortalece-me, de acordo com a tua palavra » (Salmos 13:2; 119:28).

Finalmente, a alma pode aludir à própria vida: « Enquanto sua alma partia ​(pois estava morrendo) » (Gênesis 35:18) (o texto se refere à morte de Raquel, dando à luz seu filho Benjamim). “Quem achar a sua alma a perderá, e quem perder a sua alma por minha causa a achará. (…) Pois quem quiser salvar a sua alma a perderá, mas quem perder a sua alma por minha causa a achará. Realmente, de que adianta o homem ganhar o mundo inteiro, se ele perder a sua alma? Ou o que o homem dará em troca da sua alma? » (Mateus 10:39; 16:25,26). O Novo Testamento foi escrito em grego, o que significa que a palavra « alma » é traduzida do grego « ψυχή (psykhé) ».

A expressão “alma vivente” mostra por si mesma que a alma pode morrer ou ser destruída (o contrário seria um pleonasmo no caso do conceito de “alma imortal”): “Entregando à morte as almas que não deviam morrer e preservando vivas as almas que não deviam viver. (…) A alma que pecar é a que morrerá” (Ezequiel 13:19; 18:4,20). Muitos outros textos mostram que, biblicamente falando, a alma pode morrer e, claro, não pode sobreviver (invisivelmente) à sua própria morte…

Segundo a Bíblia, a alma difere do espírito (« rúahh » em hebraico e « pneúma » em grego). O espírito (em relação à alma) se refere ao « fôlego de vida ». Portanto, a respiração, o ar, o vento evoca uma energia impessoal que anima a alma humana e a do animal. Em Gênesis 2:7 está escrito: « soprou nas suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente ». A palavra hebraica para « fôlego de vida » é « neshamah », que é sinônimo da palavra « ruah » ou da grega « pneuma ». De fato, na Septuaginta (texto bíblico grego, traduzido do hebraico), a expressão « neshamah » de Gênesis 2:7 foi traduzida como « pnoé » (espírito, respiração).

A palavra « espírito » pode se referir a seres espirituais como Deus (João 4:24), criaturas espirituais (1 Reis 2: 21,22) e o ressuscitado Jesus Cristo (1 Coríntios 15:45). Em Gênesis 6:3, « Meu espírito » é uma forma de se referir a si mesmo, como « Eu ».

É importante não confundir os diferentes significados da palavra « espírito »; o fôlego de vida que anima a alma é uma energia impessoal. Enquanto a palavra « espírito » que se aplica a Deus, a Jesus Cristo ressuscitado e aos anjos, são seres animados por uma energia pessoal, dotados de consciência e inteligência.

A morte

É o próprio Deus quem a define. Comparando Gênesis 2:17 com 3:19, onde está escrito que se Adão desobedecesse ao mandamento do fruto proibido, ele certamente morreria. Finalmente, Adão desobedeceu. Está escrito no julgamento de Deus contra Adão e sua esposa: “No suor do seu rosto comerá pão, até que você volte ao solo, pois dele foi tirado. Porque você é pó e ao pó voltará » (Gênesis 3:19). Portanto, a morte é o oposto da vida e o retorno à inexistência (Salmo 146:3,4; Eclesiastes 3:19,20; 9:5,10). Jeová Deus, em seu julgamento, evoca o retorno ao pó que é mais geralmente designado na Bíblia por uma expressão de lugar simbólico como Seol (hebraico) ou Hades (grego), ou mesmo o « mar » onde muitos humanos morreram (Apocalipse 20:13). Portanto, não é difícil entender e admitir este simples ponto de ensino bíblico, a morte é a inexistência absoluta. A alma morre e o espírito ou a energia vital desaparece: “Não confiem nos príncipes Nem nos filhos dos homens, que não podem trazer salvação. Seu espírito sai, e eles voltam ao solo; Nesse mesmo dia os seus pensamentos se acabam » (Salmo 146:3,4).

A segunda morte, o lago ardente e Geena

No entanto, devemos considerar a expressão bíblica « segunda morte », que tem sido mal interpretada e que levou ao desenvolvimento de dogmas humanos assustadores e antibíblicos, como o inferno de fogo e o purgatório… Esta expressão « segunda morte », a encontramos no livro de Apocalipse: « Àquele que vencer, a segunda morte de modo algum fará dano » (Apocalipse 2:11; 20:6,14; 21:8). Apocalipse 20:14, faz a conexão entre a segunda morte e o lago de fogo: « A morte e a Sepultura foram lançadas no lago de fogo. O lago de fogo representa a segunda morte ». Deve-se notar que este lugar é tão simbólico (genericamente), como a morte (cessação da vida) e o Hades (lugar para onde os mortos vão). A qual episódio bíblico este famoso lago de fogo alude? O livro do Apocalipse menciona às Dez Pragas do Egito e a destruição de Sodoma e Gomorra, a ponto de usar uma expressão de referência cruzada como « Sodoma e Egito » (Apocalipse 11:8). A destruição de Sodoma e Gomorra está biblicamente associada ao fogo e ao julgamento eterno (Hebreus 6: 2; 2 Pedro 3:7).

Portanto, este famoso lago de fogo mencionado no Apocalipse, provavelmente alude à visão panorâmica que Abraão teve do Mar Morto, após a destruição de todas as cidades como Sodoma e Gomorra, em seu perímetro (a cidade de Zoar foi poupada por Deus devido a Ló (Gênesis 19:23)). Aqui está o relato da terrível visão do mar morto logo após a destruição: « E Abraão se levantou de manhã cedo e foi para o lugar onde havia estado perante Jeová. Quando ele olhou para baixo, para Sodoma e Gomorra, e para toda a terra do distrito, viu algo espantoso. Subia da terra uma fumaça densa, como a densa fumaça de uma fornalha! Assim, quando Deus destruiu as cidades do distrito, Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló das cidades que ele destruiu, as cidades onde Ló morava » (Gênesis 19:27-29). Portanto, a frase « lago de fogo » se refere à visão da destruição em quase todo o perímetro do Mar Morto (um mar interior servindo como um grande lago). Essa destruição simboliza a morte, resultado do julgamento eterno, ou seja, sem possibilidade de ressurreição.

A expressão Geena de fogo, usada por Jesus Cristo, tem o mesmo significado de destruição ou morte sem a possibilidade de ressurreição. Onde estava a Geena? Estava localizado ao sul de Jerusalém, fora das muralhas da cidade. Era simplesmente a lixeira da cidade de Jerusalém, que existia na época de Jesus Cristo e era chamada de Vale de Hinom (Geh Hin·nóm) ou Geena. O lixo da cidade era jogado e queimado ali, assim como os cadáveres de animais e criminosos após sua execução, indignos de um sepultamento (até mesmo, no imaginário coletivo bíblico, indigno de uma ressurreição (« Seu enterro será como o enterro de um jumento: Ele será arrastado e lançado para longe, Fora dos portões de Jerusalém » (Jeremias 22:19)).

É importante diferenciar entre a palavra hebraica Seol e a grega Hades, de um lado, e Geena, do outro. Em algumas traduções da Bíblia, essas três palavras foram traduzidas como a palavra latina original inferno (infernus). Ao fazer isso, criou confusão na compreensão da palavra geena, tornando-se um ensino antibíblico da existência de um inferno de fogo.

Jesus Cristo usou a palavra « Geena » ou « Geena de fogo », como um lugar real conhecido por todos os seus contemporâneos, para ilustrar o julgamento eterno e a ideia de destruição sem a possibilidade de ressurreição, a famosa segunda morte. Em seu Sermão do Monte, Jesus Cristo mencionou este lugar três vezes, sem necessariamente especificar o seu significado. Por quê? Muito simplesmente, até mesmo na Galiléia, a 100 km ao norte de Jerusalém, esse lugar de destruição era muito conhecido e não exigia nenhuma descrição ou explicação (Mateus 5:22,29,30). A Geena estava associada a um lugar de fogo que não se apagava, por quê? Pela óbvia razão de que tal lugarl, próximo duma cidade, teria representado um perigo para a saúde da maioria dos habitantes, se não tivesse sido alimentado por um fogo permanente ou constante, à base de enxofre, para decompor todos os resíduos da cidade, mais rapidamente (Marcos 9:47,48).

O lago de fogo mencionado no Apocalipse representa o lugar da Geena? Sim, quanto ao seu simbolismo de destruição eterna. Não, quanto à alusão geográfica ao seu lugar; Geena não era um lugar como um lago ou um mar interior. Além disso, essa expressão não aparece diretamente, nem mesmo de forma enigmática, no livro do Apocalipse.

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O Homem Espiritual e o Homem Físico (1 Coríntios 2:14-16)

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